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Ética e Filosofia Política

Por:   •  12/9/2015  •  Resenha  •  2.079 Palavras (9 Páginas)  •  181 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITARIO CLARETIANO

FILOSOFIA

LUIZ CÉZAR DUARTE BATISTA

 

                                                                                                

FUNDAMENTOS DA ÉTICA E FILOSOFIA POLITICA

PORTO ALEGRE

2015

LUIZ CÉZAR DUARTE BATISTA

ÉTICA E FILOSOFIA POLITICA

                                                                                                 

        

Trabalho apresentado ao Centro Universitário Claretiano, Polo em Porto Alegre, Filosofia-R2, Fundamentos da Ética e Filosofia Politica.

 Professor(a) a Distância: Edson Renato Nardi

PORTO ALEGRE

2015

INTRODUÇÃO

        Nesse trabalho será apresentada uma síntese filosófica explicando sobre os conceitos de Ética e Política nos períodos históricos da Grécia Antiga, Renascentista e atual. A partir de uma reflexão sobre os conceitos abordado será elaborado um texto crítico qualificando, contextualizando e examinando a reeleição do atual governo frente aos escândalos políticos atuais, respondendo se encontramos elementos na Ética para justificar a atual Política brasileira.

Questão 1. Elabore uma síntese filosófica explicando sobre os conceitos de Ética e Política nos períodos históricos da Grécia Antiga, Renascentista e atual.

 A ética e a política surgem na antiguidade grega, diante da crescente complexidade da organização social, na qual as leis oriundas da a mitologia grega não apresentavam mais soluções satisfatórias a série de conflitos interpessoais que surgiam nas comunidades, a polis. Assim, inicia-se uma nova forma de governo, pois a partir desse momento, não detinha o poder quem tivesse mais armas, e sim quem possuísse o domínio da palavra.

Diante do relativismo dos valores vindas da ética sofista, o mapa político e social da Grécia Antiga muda drasticamente, instala-se na Grécia uma ética individualista, baseada no prazer, preocupada com a relação do homem com a natureza que, desencadeia em uma decadência religiosa, moral, ética, social e política.

Nesse contexto, sem muita relevância para Política, Sócrates lega a Platão sua forma de questionar o relativismo sofista; e Platão trata a política como componente indissociável da vida ética, que na sua concepção, alicerçava-se no Bem, e no valor supremo não conveniado. A ética deveria permitir que os indivíduos partilhassem o poder, impedindo a concentração do governo da Pólis nas mãos de um segmento da sociedade ou de um indivíduo. Para Platão, as formas de governo poderiam ser resumidas em quatro: 1) Timocracia. O poder transmitido hereditariamente, sem possibilidade de alternância ou de compartilhamento; 2) Oligarquia.  Onde o que é valorizado é a capacidade econômica e não a virtude; 3) Democracia. O governo da Pólis ao gosto de cada um, com representantes eleitos ou cidadãos participando diretamente, estabelecendo acordos para pautar leis, as quais os indivíduos devem se adaptar; e 4) Tirania. O sistema em que um homem, o tirano, assume o poder sob pretexto de beneficiar o coletivo, mas que na verdade representa seu desejo por bajulações, demonstrando total ausência de virtude e pobreza de alma.

Em Platão, a educação era a base da vida social, e sua importância era tão grande, que deveria ser assumida exclusivamente pelo Estado. Através da educação, cada homem poderia desenvolver suas aptidões, e os que chegassem a se tornar filósofos (grau de racionalidade atingível), seriam incumbidos do governo do Estado.

            Aristóteles, discípulo de Platão, foi um grande defensor da democracia, relacionando a liberdade com a responsabilidade para compartilhar o poder de forma igualitária, através da representatividade. No entanto, seria necessário preparar o indivíduo para o exercício virtuoso da política, cultivando virtudes como prudência, sabedoria e justiça. Sua ética fundamentava-se no princípio de felicidade a ser atingido pelos membros da sociedade.

Na idade Média a ética foi vinculada com a religião e dogmas cristãos, desvinculando a felicidade da racionalização do mundo, fazendo assim, uma releitura das ideias filosóficas de Platão e Aristóteles pela ótica do cristianismo. Na ética cristã, Deus é o centro de tudo, e cabe a moral servir de referencial para a conduta de cada indivíduo.

O Renascentismo faz com que o homem esqueça um pouco de Deus, afastando-se da visão teocêntrica pregada pela Igreja Católica, pois artistas e pensadores começaram a resgatar os valores estéticos da Antigüidade Clássica.

            Nicolau Maquiavel (1469-1527), considerado por muitos o "Pai da Ciência Política", foi o primeiro a dissociar a política da moral. Ao pensar e escrever sobre política, rejeitou completamente o idealismo dos clássicos e rompeu definitivamente com a velha moral católica. Para ele um governante ("príncipe", na terminologia maquiaveliana) que pretendesse comandar o Estado deveria possuir duas características imprescindíveis: força e inteligência. A força, para conquistar o poder; a inteligência, para mantê-lo. Ao contrário de todos os pensadores anteriores, Maquiavel inaugura a "moral de circunstância", isto é, não deveriam ser previstos nenhuma lei ou norma moral para manutenção da ordem do estado; ao contrário, era cada situação que determinaria o que seria certo ou errado, moral ou imoral, bom ou mal.

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