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A BICICLETA COMO MEIO DE TRANSPORTE INTEGRADO A TERMINAIS DE ÔNIBUS

Por:   •  17/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.960 Palavras (16 Páginas)  •  306 Visualizações

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PLANEJAMENTO CICLOVIÁRIO E MOBILIDADE URBANA: PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA CICLOVIÁRIO NA REGIONAL PAMPULHA EM BELO HORIZONTE.

INTRODUÇÃO

A poluição e os congestionamentos são problemas comuns nas grandes cidades em todo o mundo, tornando-se por isto um assunto de extrema importância para a sociedade nos grandes centros urbanos.

No Brasil comumente é temos notícias que demostram as grandes deficiências existentes na mobilidade urbana nas nossas principais cidades. Uma elevada concentração e circulação de automóveis, que provocam recordes de congestionamentos, movimentos pendulares que, apoiados também no aumento dos índices de motorização individual e altos níveis de poluição atmosférica, trazem prejuízos para a mobilidade urbana, trazendo reflexos para a nossa economia.

Diante desta problemática, surge a necessidade de se reduzir o tempo das viagens cotidianas, diminuir os altos índices de congestionamentos e garantir uma melhor qualidade de vida à população. Nesse contexto, apresenta-se como fundamental o estudo de soluções alternativas e complementares ao transporte urbano.  

A bicicleta como um modo de transporte sustentável tem ganhado destaque por contribuir para a redução do número de veículos motorizados nas cidades. Apesar de discreto, podemos destacar um número crescente de municípios que buscam alternativas para melhorar e incentivar a mobilidade e a acessibilidade urbana deste modo.

Este trabalho objetiva quantificar os fatores que influem no uso de bicicletas e apresentar a forma como estes fatores podem ser usados para avaliar e planejar a implantação de ciclovias e bicicletários em uma área urbana situado na cidade de Belo Horizonte. Para tanto, a fim de conhecer o perfil socioeconômico e o comportamento dos potenciais usuários da região da integração ora mencionada, foram elaborados e aplicados questionários que, também apoiados no uso da Técnica de Preferência Declarada (TPD), identificaram os fatores mais influentes para a aceitação do uso da bicicleta como meio de transporte alternativo, sendo eles relacionados à provisão de infraestrutura cicloviária na região.

Previamente ao desenvolvimento da proposta de projeto, foi realizada uma análise da demanda por este sistema no Campus, utilizando levantamentos bibliográficos e dados colhidos em campo, por meio da execução de uma pesquisa exploratória. Foram coletadas informações junto aos frequentadores do Campus, para investigar os deslocamentos realizados dentro das dependências da universidade, identificar o grupo de usuários já existentes e os potenciais usuários do sistema cicloviário projetado. Posteriormente, foi selecionado um local do Campus o qual se demonstrou mais favorável a implantação de um sistema cicloviário tendo em vista fatores geográficos e demográficos dentro do Campus. O estudo funcional visando entender as mudanças necessárias no sistema viário existente para o favorecimento dos fluxos locais, além da localização e do tipo de estruturas de apoio, tais como bicicletários, vestiários e sistema de compartilhamento de bicicletas.

Sendo assim, o objetivo desse trabalho é analisar a alternativa proporcionada pelo transporte cicloviário aplicada na região da Pampulha atendendo principalmente a UFMG, principal polo gerador de viagens da região. Por meio desse estudo foi possível identificar uma demanda pelo uso do transporte cicloviário dentro do Campus. Notou-se também que a implantação desse sistema torna-se uma opção possível e interessante considerando não apenas aspectos físicos, como também os benefícios socioambientais advindos dessa solução servindo de exemplo para as demais regiões da cidade.

REVISÃO DA LITERATURA

Para mobilidade urbana existem várias definições. Segundo Raia Junior (2008), mobilidade significa a capacidade dos indivíduos se movimentarem de um ponto a outro do espaço urbano na dependência da organização do sistema de transporte e das características sociais e econômicas do próprio indivíduo. Já sistema de transporte é um conjunto de veículos motorizados ou não, coletivos ou o poder público tem entre seus objetivos satisfazer as necessidades de transporte para a mobilidade da população.

A mobilidade nas grandes cidades tem contribuído consideravelmente com o aumento da poluição, congestionamentos, riscos de vida e de ferimentos graves, e ruídos. Os atuais níveis de congestionamentos, a dispersão cada vez maior das cidades, os impactos no meio ambiente, a ineficiência e baixa qualidade do transporte público e a adoção cada vez maior do transporte individual motorizado têm levantado questões sobre as atuais condições da mobilidade urbana e o que se espera de uma mobilidade urbana sustentável (ANFAVEA, 2014).

A redução da utilização de veículos motorizados, principalmente os automóveis, tornou-se condição necessária para garantir uma mobilidade urbana sustentável.

Nos últimos anos o uso da bicicleta tem aparecido como meio de transporte nos grandes centros. Em diversos países da Europa, a bicicleta tem grande importância como meio de transporte muito utilizado, tendo como exemplo a Alemanha, Inglaterra, França, dentre outros como destaques.

Um sistema cicloviário pode ser definido como uma rede integrada composta de elementos com características de vias, terminais, transposições, equipamentos, etc., que atendam à demanda e à conveniência do usuário da bicicleta em seus deslocamentos em áreas urbanas, especialmente em termos de segurança e conforto” Cidades (MAGAGNIN, 2011).

Nas viagens de curto percurso, a bicicleta pode substituir o automóvel com vantagens tanto para o ciclista como para a comunidade em geral, sendo útil na mobilidade urbana, na cidadania, na inclusão social, além de ser instrumento de lazer, de competição, de exercícios físicos e de saúde preventiva. Na visão ambiental a bicicleta é o símbolo mundial do transporte sustentável (BANTEL, 2005). 

Ainda segundo Bantel (2005), a inclusão da bicicleta deve ser integrada no sistema de mobilidade urbana, porém deve ser considerada no novo desenho urbano com infraestruturas adequadas para circulação. A bicicleta é um meio democrático sendo acessível a todos, que deve ser tratada como meio de transporte em promoção a diminuir os custos de mobilidade das pessoas.

Segundo IEMA (2010), “em deslocamentos de até 5km, além de muito eficiente, a bicicleta possui flexibilidade quase igual à um pedestre, mas com velocidade superior, equiparável à um automóvel”, porém possui um raio de ação limitado, principalmente quando se considera o conforto do usuário, pois dependendo das condições climáticas e da distância a percorrer, o ciclista pode ter sua viagem interrompida pela chuva ou chegar transpirando ao destino.

Um das principais desvantagens dos ciclistas é a vulnerabilidade delas perante os veículos motorizados, ainda mais em cidades onde não há uma política de conscientização para meios de transportes de diferentes tipos conviverem em harmonia. Este perigo desestimula o uso deste tipo de veículo e com um número de usuários reduzidos, em geral não há investimento para melhorar a situação que se agrava ainda mais. 

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