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A Bicicleta Como Meio De Transporte Na Cidade De Pato Branco-PR

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Por:   •  27/2/2015  •  3.195 Palavras (13 Páginas)  •  450 Visualizações

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Este trabalho estará estruturado em algumas abordagens específicas como o desenvolvimento sustentável, centrado na avaliação das potencialidades da bicicleta enquanto meio de transporte e na descrição de algumas medidas específicas de apoio à sua utilização em Pato Branco.

Levantamentos do uso da bicicleta em algumas pesquisas executadas em Pato Branco, considerando todos os fatores que estimulam o uso deste veículo e uma análise crítica dos motivos do não uso da bicicleta e o como poderemos desenvolver esta mecânica em nossa cidade.

O grande argumento dessa pesquisa bem como as sugestões citadas serve de estudo futuro para incentivar e melhorar a mobilidade por bicicleta em Pato Branco.

2.1 A CIDADE DE PATO BRANCO-PR

Verificamos algumas referências sobre a história e surgimento de Pato Branco, destacamos que “a Prefeitura Municipal embargou o projeto urbanístico de Villa Nova, desautorizando Dr. Duílio a promover qualquer mudança no aspecto da vila” (VOLTOLINI, 1966).

Em meados de 1932 foi sugerido visando o aumento da cidade, o Dr. Duílio Trevisani Beltrão, filho de Dr. Francisco Gutierrez Beltrão, estudou e alterou a estrutura da vila que crescia de forma descontrolada e com muitos problemas operacionais já naquela década.

“Na fase da concretização, os sonhos isolam o idealizador, na aldeia. Afugentam a colaboração. Despertam ciúmes, invejas. Os sonhos, ninguém na aldeia ajuda a realizá-los, quando não torcem para que se frustrem, argumentava Voltolini que destaca que o plano urbanístico da cidade foi ‘engavetado’. Porém 13 anos mais tarde, por volta de 1945 o prefeito Harry Valdir Graeff querendo impedir ‘invasão’ de poceiros e roçados implantou o plano de Dr. Duílio, mas, todavia, tarde demais para endireitar a Avenida Tupi, Rua Guarani e outras ruas geradas pela improvisação.” (VOLTOLINI, 1966).

Descobrimos então que a expansão de nossas vias é considerada um agravante do problema na nossa cidade de hoje. Grandes investimentos foram realizados para a melhora de vias, construção de viadutos e alguns estacionamentos, mas sempre em forma de detrimento da melhora do transporte coletivo ou de formas alternativas de transporte. Tal política incentiva o uso do carro e em consequência seu aumento, o que demanda contínuas expansões. Como consequência, ocorrem problemas urbanísticos como congestionamentos, acidentes, diminuição e segregação do espaço público e ainda as consequências ambientais como poluição atmosférica e sonora e a impermeabilização do solo.

Conforme Gomide (2003), os impactos do transporte urbano sobre a pobreza podem ser compreendidos de duas formas, indireta e direta. Os impactos indiretos referem-se às externalidades do transporte urbano sobre a competitividade das cidades e seus efeitos sobre a atividade econômica. Os impactos diretos envolvem o acesso aos serviços e às atividades sociais básicas e às oportunidades de trabalho. “A inexistência ou a precariedade na oferta dos serviços e altas tarifas do transporte público, por exemplo, restringem as oportunidades de trabalho das camadas de menor poder aquisitivo - na procura de emprego ou no deslocamento ao local de trabalho - condicionam as escolhas de local de moradia, e dificultam o acesso aos serviços de saúde, educação e lazer” (Gomide, 2003).

Observando o mapa geográfico de Pato Branco observamos nitidamente os territórios poli nucleados que além de a segregação não ter sido planejada em relação ao destino dado à cidade e aos mecanismos de seu trajeto, a forma pela qual está estruturada mostra a distribuição dos empregos em um modelo concentrador o que gera uma grande segregação espacial. No plano central estão a maioria e os melhores postos de trabalho, enquanto a renda bruta familiar anual decresce, no geral, quanto maior a distância de uma localidade em relação ao centro ou o local de trabalho. Segundo Paviani (1991), os bairros, considerados zonas estão em sua grande maioria na periferia da cidade e são caracterizados por serem “núcleos-dormitórios de reserva de mão-de-obra”, ocasionando movimentos pendulares diários de grande monta, o que exige centenas de ônibus que permanecem ocioso grande parte do dia.

Avaliando a estrutura da cidade de Pato Branco chegamos à conclusão que a cidade encontra-se num estágio desenhado para carros ou pedestres. As diferentes escalas de ruas e avenidas mostram-se mais adequadas a um ou a outro, mas a monumental é claramente para veículos automotivos.

Os equipamentos públicos e os comércios para as necessidades diárias deveriam ser acessíveis a uma distância confortável para o deslocamento a pé dentro do bairro. Mas a realidade é que as funções diárias para a maior parte da população estão espalhadas em distâncias maiores que as alcançáveis a pé então as pessoas escolhem a igreja que irão frequentar, em que escola as crianças estudarão, por exemplo, nas rotas que a população possa ir de carro, então observamos que a maior parte da população depende mais do carro do que o planejado e comportado pela cidade.

Verificamos que o desenho de Pato Branco atua como variável dependente dos veículos automotivos na forma como as pessoas se locomovem na cidade, mas especificamente, na sua escolha pelo carro.

2.2 Mobilidade Urbana

A mobilidade urbana é o resultado da interação dos deslocamentos de pessoas e bens nas cidades. Isso significa que o conceito de mobilidade urbana vai além do deslocamento de veículos ou do conjunto de serviços implantados para esses deslocamentos (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2005).

A mobilidade é quase universalmente reconhecida como um dos mais importantes pré-requisitos para um melhor padrão de vida. Uma melhor mobilidade pessoal aumenta o acesso a serviços essenciais e também àqueles serviços que tornam a vida mais agradável, expandindo as escolhas sobre onde queremos viver e o estilo de vida que queremos ter (WBCSD).

Atualmente, a mobilidade nas cidades tem acarretado mais poluição, emissões de gases de efeito estufa, congestionamentos, riscos de vida e de ferimentos graves, ruídos e rupturas em comunidades e nos ecossistemas (WBCSD).

As cidades crescem, em geral, de forma acelerada, espontânea e de modo não planejado. Com isso passam a conviver com uma série de problemas, dentre eles a falta de infra-estrutura urbana, sobretudo para a população de menor renda, e a degradação ambiental. A forma de ocupação do solo urbano, associada às políticas setoriais pouco integradas, acaba por influenciar negativamente o sistema de mobilidade das cidades (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2005).

Para os fins do campo de ação da Secretaria

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