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A Exploração Mineral

Por:   •  2/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.854 Palavras (8 Páginas)  •  287 Visualizações

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Introdução 

É o setor básico da economia do País, no qual contribui para o bem estar e melhoria da qualidade de vida. 

A exploração mineral é fundamental para o desenvolvimento da sociedade, desde que seja operada com responsabilidade social, sempre respeitando os preceitos sustentáveis. 

Impactos Ambientais 

A extração de minérios afeta diretamente a natureza, bem como a qualidade de vida da população. Provoca também impacto no meio ambiente, quando sua exploração é feita em áreas naturais, ou quando se trata de geração de resíduos. 

Na ordem social, o grande impacto da extração mineral é na desapropriação de moradias, onde muitas famílias são obrigadas a mudar de suas casas para que uma determinada região seja explorada.  

Tendo como outro aspecto negativo da extração  o ambiente de trabalho dos mineiros, que ficam expostos aos resíduos oriundos da mineração (pó do carvão, poeira do monóxido de ferro, amianto, mercúrio, etc), causando assim problemas respiratórios, tais como, asma, bronquite, entre outros. 

São os principais problemas ocasionados pela extração, que atingem diretamente a natureza: 

  1. A abertura de imensas crateras para a extração de mineral, onde o relevo é alterado e sua cobertura vegetal retirada, podendo assim causar algumas erosões. 
  1. Poluição da água. 
  1. Poluição do ar. 
  1. Poluição sonora. 
  1. Subsidência do terreno. 
  1. Incêndios causados pelo carvão e rejeitos radioativos. 
  1. Consumo de água, onde se é consumido um volume muito grande para fins de pesquisas, lavra, beneficiamento, infraestrutura e etc. 

 

A solução dos impactos solucionados pela extração de minérios é ter uma fiscalização mais eficiente nas minas, proporcionando desenvolvimento econômico com menos impactos ambientais, além de melhores condições de trabalho para as pessoas que desenvolvem atividades na mineração. 

 

Garimpo 

O que é o garimpo? Garimpo é toda exploração de substâncias minerais valiosas (ouro, diamantes, cassiterita, tantalita-columbita, ametista e etc.), realizadas manualmente ou no máximo semi-mecanizadas, às vezes até por animais.  

O que é lavra garimpeira ou garimpagem? O artigo 10 da lei 7.805/89 deixa bem claro que garimpagem é toda atividade de aproveitamento de substâncias minerais garimpáveis, executadas no interior de áreas estabelecidas para este fim, exercidas por brasileiro, cooperativa de garimpeiros, autorizada a funcionar como empresa de mineração, sob o regime de permissão de lavra garimpeira. 

Quais os impactos causados pela Garimpagem? A garimpagem causa impactos em todas as áreas em que ela é submetida, e seus principais impactos no meio ambiente são: 

  1. Contaminação dos recursos hídricos. 
  1. Desmatamentos e queimadas. 
  1. Alteração nos aspectos qualitativos e no regime hidrológico dos cursos de água. 
  1. Queima de mercúrio metálico ao ar livre. 
  1. Desencadeamento dos processos erosivos. 
  1. Turbidez das águas. 
  1. Mortalidade da ictiofauna (conjunto das espécies de peixes
  1. Fuga de animais silvestres. 
  1. Poluição química provocada pelo mercúrio metálico na biosfera e na atmosfera. 

Os garimpos são localizados em áreas remotas e não contam com o apoio de qualquer empresa ou órgão público, por isso se tornam ilegais. 

Lavra 

É o conjunto de operações coordenadas que objetivam o aproveitamento industrial das jazidas, desde a extração das substâncias minerais até o beneficiamento destas. Sendo observadas as condições econômicas, sociais, geológicas, geográficas e ambientais para o planejamento do método de lavra. Definição esta que está elencada no artigos 36, do Decreto-lei n° 22/67. 

Métodos de Lavra 

A viabilidade econômica é o fator mais importante para a seleção do método de lavra. Porém, aspectos de higiene, segurança, estabilidade da mina, a recuperação do minério e a produtividade máxima também são considerados. A escolha do método de lavra é o fator que possibilita o desenvolvimento da operação de extração do material. A escolha errada poderá trazer consequências negativas para a viabilidade da mina. Os métodos de lavra são limitados pelas condições de disponibilidade e o desenvolvimento de equipamentos, assim como, os aspectos tecnológicos, sociais, econômicos e políticos. Os métodos de lavra devem ser bastante flexíveis já que podem ocorrer mudanças devidas a alguns fatores inesperados que podem causar custos adicionais. Por isso, a maioria das minas utiliza mais de um método de extração. 

Além desses fatores, há outras considerações que devem ser analisadas: sobre as águas superficiais e subterrâneas, quanto a formas de drenagem e bombeamento; a permeabilidade do rochoso maciço, deformabilidade, resistência, etc. Todas devem ser aliadas as características da geologia estrutural - falhas, dobras, diques – avaliadas no início do projeto. 

A estabilidade política de um país, questões sociais e geográficas influenciam diretamente na escolha do método de lavra, pois, como por exemplo, a mineração em regiões remotas não desperta o interesse de operários qualificados e de sua permanência no local, isso influencia também os custos e a produtividade, o que afeta a escala de produção, pois esta depende do desenvolvimento tecnológico, que para uma operação grande exige uma infra-estrutura adicional. 

Os tipos de método de lavra são: 

 A metodologia adotada em determinado jazimento é aquela que apresenta menor custo. Existem mais de trezentas variações de métodos tradicionais, embora possa destacar o método de lavra a céu aberto e subterrâneo como principais. Os tipos de método de lavra mais comuns, praticados no Brasil, podem ser: 

  1. A céu aberto: método de bancos em cava ou encostas dependente das condições topográficas do terreno, a profundidade máxima da cava dependerá do teor e da relação entre estéril e minério, e as dimensões das plataformas de trabalho dependerão da produção e conveniência dos equipamentos. 
  1. Subterrânea: lavra desenvolvida no subsolo em função de dois condicionantes, um é a geometria do corpo (inclinação e espessura) e o outro são as características de resistência e estabilidade dos maciços que constituem o minério e suas encaixantes. 
  1. Realce auto-portantes: método que costuma exigir elevada continuidade e homogeneidade da qualidade do minério possuindo alta produtividade face á simplicidade das operações empregadas; 
  1. Câmaras e pilares: método que se presta bem à mecanização, desde que a espessura da camada permita a operação de equipamentos em seu interior; 
  1. Subníveis: o método permite grande variação em sua aplicação, as perfurações podem ser descendentes, ascendentes ou radial, no Brasil é bastante empregado em vários locais; 
  1. VCR – Vertical Crater Retreat (Recuo por Crateras Verticais): método de grande importância na mineração por ter permitido, pela primeira vez, a recuperação de pilares. A perfuração nesse método é sempre feita no sentido descendente. 
  1. Suporte das encaixantes: os mais comuns são o recalque (shirinkage) e o corte e enchimento (corte e aterro). Método de menor produtividade, (devido aos desmonte menores, de um maior número de operações conjugadas e da dificuldade de manuseio do minério em recalque ou enchimento), quando comparado com aberturas auto-portantes em condições similares. 
  1. Recalque: método que não se adéqua bem á mecanização, pois existe uma relação entre as dimensões dos equipamentos de perfuração e a espessura e inclinação da camada para que essa permita a operação dos equipamentos no seu interior. 
  1. Corte e enchimento: método que permite lidar com variações quanto á continuidade e homogeneidade da qualidade do minério, provendo diluição e recuperação aceitáveis. 
  1. Abatimento: os mais comuns são o abatimento em subníveis (praticado no Brasil), por blocos e longwall. 
  1. Subníveis: método de perfuração ascendente no qual o teto vai sendo abatido de acordo com o encerramento das atividades de extração das galerias; 
  1. Garimpagem Manual: lavagem do cascalho com equipamentos e ferramentas rudimentares e manuais. 
  1. Garimpagem manual com auxilio da ação de águas pluviais: as águas abrem depressões na superfície do solo revelando a topografia e os níveis de cascalho. 
  1. Garimpagem manual com auxilio da ação de águas fluviais: pequenos córregos são desviados e direcionados para áreas definidas aleatoriamente que já tenham sido trabalhadas e possibilitem a concentração do material levado até lá pelas águas, que depois é peneirado. 
  1. Garimpagem manual por catas: são abertos poços retangulares para chegar a níveis mineralizados, utilizando pás, picaretas, enxadeco, enxada e suruca (peneiras) para depois fazer a catação manual. 
  1. Garimpagem mecânica por desmonte hidráulico: O material é extraído por um forte jato de água de alta pressão na direção da base do declive provocando um desmoronamento. 
  1. Garimpagem mecânica por desmonte hidráulico em leitos submersos com auxilio de mascarita, escafandro e chupadora: Um sistema de bombeamento impulsiona a sucção da polpa formada muitas vezes com lâminas de água de 30 metros o ponto de sucção no fundo da água é atingido por tubulações nas quais a polpa é transportada. Os equipamentos utilizados são a mascarita, que é uma mascara de mergulho com oxigênio bombeado ao mergulhador , que leva junto uma pá e um saco para coletar cascalho; o escafandro, que é uma roupa especial impermeável que possui um aparelho respiratório para maior autonomia do mergulhador; e a chupadoura, que é um sistema flutuante do motor, bomba de sucção, compressor e outros equipamentos. 
  1. Dragagem: Utilização de dragas no leito dos rios, onde a lavra está contra a corrente necessita do represamento do rio. A vantagem da dragagem é combinar várias operações em um único método; a draga desmonta, carrega e transporta o material. 

 

Operações de lavra 

As operações executadas com vista à extração de um minério e até ao seu processamento são sequenciais e podem ser resumidas da seguinte forma (no caso de desmonte com explosivos): 

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