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A Geografia Quantitativa – Adição ao Pensamento Geográfico

Por:   •  28/1/2018  •  Abstract  •  1.726 Palavras (7 Páginas)  •  484 Visualizações

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Resumo: A Geografia Quantitativa – Adição ao Pensamento Geográfico

por: Joao de Jesus   Silva Melo        

MSc em Ecologia e Manejo de RRNN

A Geografia Quantitativa – Adição ao Pensamento Geográfico

  • Avanços tecnológicos
  • Leitura marxista/neopositivista
  • Paradigma da geografia –=) transição

                            Determinismo

Correntes tradicionais -=) Possibilismo –=) Correntes contemporâneas Método regional –=) Nova geografia -=) Geografia Teorética Quantitativa-=) -=) Geografia crítica

  • Geografia crítica-=) Neutralidade científica; linguagem matemática; abordagem espacial; desenvolvimento de aporte técnica e metodologias de ciências exatas;  
  • Nova Geografia x Geografia crítica - =) Europa Contradições
  • Geografia Quantitativa Brasileira
  • Influência dos EUA
  • IBGE e AGETEO
  • O papel da geografia do planejamento global
  • Compreensão objetiva espaço brasileiro
  • Crescimento urbano e fluxos migratórios
  • Identificar e solucionar problemas de gestão
  • Com a geografia física pode–se trabalhar com causa-efeito;
  • A geografia quantitativa serve para criar modelagem consolidada e depois replicar.
  • A ciência trata da busca da verdade por meio de modelagem;

        A Geografia que surge em meados da década de 50, conhecida como nova Geografia, tem papel ideológico a ser cumprido. É preciso justificar a expansão capitalista, escamotear as transformações que afetam os gêneros de vida e paisagens solidamente estabelecidas, assim como dar esperanças aos ‘deserdados da terra’, acenando com a perspectiva de desenvolvimento a curto e médio prazo. (...) a nova (Geografia) procura leis ou regularidades empíricas sob a forma de padrões espaciais. (...) a nova Geografia considera a região um caso particular de classificação, tal como se procede nas ciências naturais. (...) A divisão regional assim concebida pressupõe uma objetividade máxima, implicando ausência de subjetividade por parte do pesquisador. (Roberto Lobato CORREA, 2007)

A Geografia Pragmática é um instrumento da dominação burguesa(...) Seus autores (da Geografia Pragmática) empobrecem a Geografia, ao conceber múltiplas relações entre os elementos da paisagem, como relações matemáticas, meramente quantitativas. Empobrecem a Geografia ao conceber a superfície da Terra como um espaço abstrato de fluxos, ou uma superfície isotrópica, sob a qual se inclina o planejador, e assim a desistoricizam e a desumanizam. (Antonio Carlos Robert de MORAES, 1986: 100,101,102,108,110)

A quantificação representa apenas um instrumento ou, no máximo, o instrumento. (...) É da maior ou menor capacidade de separar as variáveis de uma dada situação que depende o sucesso da análise qualitativa e das tentativas de uma análise quantitativa. (...)O maior pecado, entretanto, da intitulada Geografia quantitativa é que ela desconhece totalmente a existência do tempo e suas qualidades essenciais. (...) Em outras palavras trabalha-se com resultados, mas os processos são omitidos, o que equivale a dizer que os resultados podem ser objeto não propriamente de interpretação, mas de mistificação.(...) O espaço que a Geografia matemática pretende reproduzir não é o espaço das sociedades em movimento e sim a fotografia de alguns de seus momentos. (...) Esta tendência (da ‘New Geography’) representa nem mais nem menos que a exaltação da tendência positivista que sempre influenciou a Geografia, desde que esta foi criada como ciência moderna. (...) Sob a máscara de teoremas ou modelos, levavam a uma subestimação da realidade(...) O resultado, no entanto, não foi a adoção de um método de análise rigoroso, mas apenas a venda por atacado de processos estatísticos(...) a ‘New Geography’ representa uma involução. Baseada na economia neoclássica, terminou por suprimir o homem, despersonalizando o homo sapiens, substituindo-o pelo homo economicus, que nada mais é do que uma média: e o homem médio não existe.(...) A chamada ‘nova Geografia’ também excluiu o movimento social e dessa forma eliminou de suas preocupações o espaço das sociedades em movimento permanente. A Geografia tornou-se viúva do espaço. (Milton SANTOS, 1990)

Sob a perspectiva do século XXI, apontam-se argumentos favoráveis em relação a uma prática geográfica com suporte do “processamento numérico”. Assim, considera-se válido, e mesmo imprescindível que o trabalho do geógrafo como cientista social, em algum momento apresente algum tipo de processamento numérico (mesmo quando as variáveis levantadas sejam qualitativas). A seguir é apresentada uma argumentação a favor do uso de quantificação em Geografia.

Parte-se do ponto de vista neopositivista de que “ciência significa compreensão do mundo e não intuição dele”. Para todo organismo vivo, a realidade imediata é o mundo físico. É o mundo físico que irá moldar os padrões comportamentais dos organismos vivos. É certo que esta é uma visão determinista, e vale para todos os seres não racionais. Mas, e o homem? O mundo físico também é sua experiência imediata de contato com a vida. Mas, o homem apresenta uma evolução mais significativa na escala psicogenética em comparação com outras formas de vida. A abstração é uma característica exclusiva da raça humana. O homem pode, sim, ir “além do mundo físico”. Seu conhecimento imediato do mundo físico pode ser mediatizado, conduzindo-o a um mundo mais abstrato. Mas seu ponto de partida, como todos os demais seres vivos é o mundo físico. (Ercília Torres STEINKE, 2014: 14)

        

Dessa forma, concorda-se em parte com a visão positivista de que “só tem sentido o que é fisicamente verificável”. O conhecimento imediato advém do conhecimento do mundo físico. Mas, a raça humana apresenta estrutura psicogenética capaz de ir além e, através da abstração, mediatizar um conhecimento que vai além do que “só tem sentido o que é fisicamente verificável”. Diante destas considerações, ao analisar a Figura 1 novamente pode-se considerar que as fechaduras da realidade são de imediato abertas pelo conhecimento do mundo físico, mas também, são abertas com um refinamento posterior pelo exercício da abstração. (Ercília Torres STEINKE, 2014: 14)

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