AMAZONIA REVELADA

AMAZONIA REVELADA

O documentário Amazônia Revelada começa mostrando os belíssimos teatros luxuosos, abordando o período que vai desde a colonização portuguesa até os dias de hoje. A história da recente ocupação da Amazona tem como o lema de “uma terra sem povo para um povo sem terra”, frisada pelo regime militar que expõem a terra como um aperitivo para os empresários que tem coragem de arriscar em uma área do nada. Uma ação que acompanha um discurso ideológico da Reforma Agrária.

Amazônia Revelada é um documentário focado nas pessoas que moram nos arredores da estrada e na preservação ambiental, assim como no tanto falado desenvolvimento econômico. Coloca a região de forma ampla, levando em conta as dificuldades de escoamento da produção agrícola, mas indo além da visão exclusivamente mercadológica. Assim, em “A Amazônia Revelada”, entende-se que o desenvolvimento da região requer melhoria das condições de vida da população e desenvolvimento econômico sustentável. Ao longo da estrada são comuns problemas como grilagem, exploração indevida das terras indígenas por agricultores ou mineradores e, principalmente, a pobreza de milhões de pessoas.

No início dos anos 70 surge a estrada que liga Belém a Brasília, a construção dessa estrada trouxe a cultura dos imigrantes motivando grandes empresas a investir na agropecuária, no documentário trás também os impactos que surgiram com a Transamazônica e a BR163, onde mostra um misto de negatividade ligada ao longo das estradas. O cenário da pobreza e miséria, desconsiderando os camponeses como seres humanos quando comunidades inteiras eram removidas, em que conseguiam sobreviver por causa da ajuda mutua.

A BR 163 é de grande importância para a construção naval no estado, contribuindo para a redução de pelo menos quatro dias de viagem de São Paulo a Manaus, cortando ao meio da Amazônia com mais de 2.000 km em condições de transito irregular e sem asfalto. Essas estradas na Amazônia foram responsáveis pelo grande desmatamento, misérias sociais, hoje ao se falar do desmatamento, poucos associam esses fatos. Vê-se que as conseqüências como um simples “problema das arvores” e não da minuta que forma a Amazona.

O documentário mostra como, durante os séculos, foram mudando as relações de propriedade e de trabalho nos campos brasileiros. As indústrias madeireiras que atingiu grandes pólos, madeireiros irregulares que invadem propriedades publicas, abrindo estradas clandestinos, retirando arvores no valor comercial. Sabendo que quase toda a Amazônia é formada por terras publicas, arrecadadas pelo INCRA ou Instituto Estaduais.

No documentário “Amazônia Revelada” o jornalista Lúcio Flávio Pinto descreveu a construção da Transamazônica no contexto geopolítico da época, em que a mesma era ostentada como a segunda obra feita pelo ser humano a ser vista do espaço na época, se intensificava a corrida espacial. A primeira seria a Muralha da China. Diz o jornalista: “A diferença é que a Muralha da China foi feita com a ilusão de deter os bárbaros e a Transamazônica foi a estrada dos bárbaros. A penetração da barbárie na Amazônia”. Transamazônica hoje, causador de enorme desmatamento. A política do regime militar de “integrar para não entregar” materializou-se com o Plano Nacional de viação que nos