Bacias Hidrográficas do Mato Grosso do Sul

Bacias Hidrográficas do Mato Grosso do Sul

Os recursos hidrográficos do Estado de Mato Grosso do Sul são delimitados por duas grandes bacias: a) Bacia do Paraná a leste e: b) Bacia do Paraguai a oeste. O divisor das águas compreende a Serra das Araras, a Serra de Camapuã e parte da Serra de Maracaju.

Bacia Hidrográfica do Paraná

Esta bacia é constituída de chapadões, planaltos e vales, com altimetrias variando entre 250 e 850 metros ao nível do mar. Ao norte e nordeste, ocorrem duas áreas contrastantes, quer pela altitude ou pelas rupturas de declive, quer pelas diferenças de modelados de dissecação. Ao norte, nas proximidades de Chapadão do Sul, está o nível mais alto, tendo como representatividade, um planalto esculpido em litologias paleozóicas, com sedimentos pedogeneizados, onde são encontrados solos com estrutura argilosa. A nordeste, nos arredores das cidades de Inocência e Cassilândia, está sediada a Serra do Aporé, com altimetria variando entre 300 a 600 metros ao nível do mar, constituída de rampas e patamares, desenvolvidos sobre arenitos, com modelados planos e de dissecação e solos de textura média e arenosa.

A vegetação primitiva desta bacia era constituída basicamente de diversas formações de cerrado (savana) e de Floresta Estacional Semidecidual. As regiões fitoecológicas destas duas variantes de florestas, de modo geral, podem ser separadas tendo como limite e ponto de referência, uma linha imaginária saindo da cidade de Coronel Sapucaia, passando por Dourados, Glória de Dourados até alcançar Bataguassu. Para o norte dessa linha predominava a Savana, com fisionomias distintas de Savana Arbórea Densa (cerradão) e Savana Arbórea Aberta (cerrado e campo cerrado). Rumo sul, até o limite com a República do Paraguai, predominava a Floresta Estacional Semidecidual. Para oeste, havia o predomínio dos campos naturais representados por formações de Savana Parque e Savana Gramíneo-Lenhosa, com penetrações de Floresta Estacional Semidecidual através de vales formados por diversos rios.

Nesta bacia, as formas dos modelados, predominando relevos aplanados, são muito propícias as práticas agrícolas, não tanto em função das características do solo, mas em função da facilidade de manejo mecanizado. Principalmente os solos mais argilosos de origem de sedimentos terciários ou de rochas basálticas, possuem boas potencialidades agrícolas e já são muito utilizados para produção de grãos em geral e cana de açúcar. As demais áreas com solo de textura média arenosa são utilizadas intensamente para pastagens plantadas e reflorestamentos.

Esta bacia e dividida em 9 sub bacias: Rio Iguatemi; Rio Amambaí; Rio Ivinhema; Rio Pardo; Rio Verde; Rio Sucuriu; Rio Quitéria; Rio Santana e Rio Aporé ou do Peixe.

Bacia Hidrográfica do Rio Paraguai

Esta bacia é constituída de patamares, depressões e depressões interpatamares, esculpidos em rochas do período pré-cambriano e parte em litologias paleozóicas e mesozóicas, tendo ainda grande porção de sedimentos holocênicos e pleistocênicos, representadas pelas Regiões Chaquenha e Pantaneira, formando o Pantanal sul mato-grossense. Os contrastes naturais dessa bacia são bem visíveis e identificáveis. Em termos regionais, há um contraste muito grande

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