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Fatores na distribuição de população - de Jacqueline Garnier

Por:   •  25/10/2016  •  Resenha  •  1.045 Palavras (5 Páginas)  •  1.831 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA-UEFS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA

CHF 654 – GEOGRAFIA DA POPULAÇÃO

DOCENTE: MARCELO CORREIA

DISCENTES: ELIEL VISCARDIS; GEOVANE TITO

BEAUJEU, Jacqueline Garnier. Fatores na distribuição da população. In: Geografia de população. São Paulo: Nacional, 1980. 2. ed. p. 41-84

O capítulo, “Fatores na distribuição de população”, que integra o livro Geografia da População, elucida um breve apontamento referente a importância dos fatores físicos/naturais, econômicos e eventos históricos, para a compreensão acerca da distribuição populacional disposta pela superfície terrestre. Legitimando dessa forma, a influência desses fatores no que tange a concentração humana em determinadas localidades em detrimento a outras. Para a autora, apesar de elucidar a influência de fatores na concentração populacional, o mesmo, evidencia que estes não são determinantes, devido a capacidade de adaptação humana, enquanto ao meio, além das possibilidades viabilizadas pelas técnicas.

O capítulo IV tem em sua estrutura quatro subtítulos substanciais, apontando sempre para a sua temática central, “fatores na distribuição da população”: o homem e o ambiente natural; fatores econômicos na distribuição da população; a importância da história; o dinamismo da distribuição da população. Os subtítulos são explanados no decorrer de 43 páginas.

Enquanto a primeira parte que compõe o já referido capítulo, a autora aborda, essencialmente, acerca dos fatores físicos e naturais com ênfase as latitudes, o relevo, os desertos além da água em se, expondo que estes não só exercem grande influência sobre o corpo do homem como também no reino animal e vegetal, além das múltiplas atividades necessárias para a subsistência humana. O presente subtítulo, expõem as possibilidades de “elasticidade biológica” – adaptação do homem com o meio, contudo, traz também um levantamento de fatores que propícia a concentração humana, e outros de efeito inverso, zonas “anecúmenas”. A escritora, traz ainda nessa parte, a importância de analisar os referidos fatores de forma conjunta, enunciando que “destacar os elementos físicos a fim de examinar, separadamente, suas respectivas funções, é falsear a realidade geográfica” (p. 53).

Fatores econômicos na distribuição da população, que dá sequência aos subtítulos do capitulo, vai aclarar de como se dá a organização demográfica, enfatizando sempre o plano econômico como condição para a concentração demográfica. Nesse sentido, Jacqueline Beaujeu, vai explanar das sociedades primitivas desdobrando dessas para as da atualidade. Nas sociedades primitivas, como assim aponta a autora, havia um certo desequilíbrio entre os recursos e o consumo, tornando-se um bloqueio na expansão demográfica, contudo, a partir do momento que o homem vai buscando novas alternativas, para suprir suas necessidades, esse quadro vai mudando. A agricultura, como assim é enfatizado nesse subtítulo, aparece em um primeiro momento como principal viabilizador de consideráveis concentrações demográficas, juntando-se a isso, a “competência técnica” e a “especialização”, que intensificou o modo de cultivo além das possibilidades de trocas de produtos. Os meios de transportes e a tecnologia em se, também se enquadra nesse contexto, que por sinal da entrada a um segundo e último momento substancial, as indústrias (por volta do século XIX e XX): nas áreas industrializadas passou-se a se observar uma maior aglomeração populacional, esta, devido a intensa busca pela melhor qualidade de vida, onde passa notar extensas áreas urbanas, grandes cidades povoadas em contraste com as áreas não industrializadas.

O terceiro subtítulo, “A importância da história”, como o próprio nome já diz, da ênfase aos “históricos” para análise da distribuição populacional, visto que, o mesmo pode aparecer como uma possível condição nessa distribuição. A autora integra assim nesse contexto, “idade de povoamento” dando importância ao período da ocupação, onde a mesma entende que comumente os povoamentos mais antigos tendem serem mais densos do que os mais recentes, contudo aborda sobre os “ciclos na distribuição da população” considerando errônea a estabelecer generalização que os povoamentos mais antigos sejam os mais habitados na atualidade. Ainda nessa parte, a autora elucida acerca das relações estabelecidas historicamente entre as civilizações, dadas por diversas necessidades muitas das vezes estabelecidas entre confrontos de civilizações divergentes, que podem se colidir ou até mesmo se harmonizar, apontando com isso que toda civilização legítima a forma de concentração demográfica, embora segunda a mesma nenhuma civilização seja eterna.

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