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Geomorfologia do Quaternário

Por:   •  28/9/2015  •  Dissertação  •  2.415 Palavras (10 Páginas)  •  559 Visualizações

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[pic 1]Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Faculdade de Formação de Professores

Graduando em Geografia

Fichamento 1

Docente: Heloísa Coe

Discente: Dayllan de Souza Alho

Disciplina: Geomorfologia do Quaternário

O PERÍODO DO QUATERNÁRIO

  1. Introdução

A Era Paleozóica se caracterizou pela presença de um só continente, Pangea. A Era Mesozóica se caracterizou pela fragmentação de Pangea em subcontinentes e pela criação de novas plataformas continentais possibilitando a expansão da fauna e flora marinhas. O Terciário se caracterizou pelo movimento independente de cada fragmento e por mudanças climáticas drásticas em alguns deles resultantes de deriva para latitudes muito diferentes e/ou elevação de montanhas.

Ao iniciar-se o período Quaternário os continentes já ocupavam a posição moderna e já tem forma atual. O Quaternário se divide em duas épocas de duração muito desigual: o Pleistoceno, com cera de 1.6 milhões de anos e o Holoceno, que inclui somente os últimos 10 mil anos. Os últimos 15 mil anos que incluem todo o Holoceno e o final do Pleistoceno constituem o intervalo de tempo com o maior número de informações paleoecológicas e por isto é o mais bem conhecido.

Desde o inicio do Quaternário, toda a flora moderna já existia. Os megafósseis de plantas, os grãos de pólen, os esporos de pteridófitas, os foraminíferos e as diatomáceas achadas em sedimentos quaternários são os mesmos dos atuais e podem ser relacionados com gêneros modernos. Desta forma, é possível reconstruir os ecossistemas, estudar a sucessão da vegetação de uma região e observar o seu comportamento frente às mudanças e oscilações climáticas. Como as plantas são muitos sensíveis aos fatores ambientais, a análise de pólen e esporos é talvez a melhor maneira de se saber como foi o clima no passado.Com os animais superiores não se passou o mesmo que com as plantas. Durante o Quaternário desenvolveram-se novos grupos, porém muitos deles não chegaram até o presente. Uma boa parte dos grandes mamíferos terrestres extinguiu-se.

A época Pleistocênica que compreende a grande parte do Quaternário, foi proposta por Lyell em 1839 com base na estratigrafia de moluscos. Esta estratigrafia baseada em moluscos não pode ser aplicada a todos os continentes e então procurou-se definir o inicio do Pleistoceno por microfósseis, pelas glaciações ou por datações com radioisótopos. Mas nenhum destes métodos é universal e geralmente se aplicam exclusivamente a certas regiões.

O quaternário foi um período de grandes pulsações climáticas, com longos intervalos de tempo com temperaturas muito baixas intercalados com tempos mais quentes, como o atual, As glaciações do Quaternário representam a característica mais importante do período e por isto tem chamado a atenção dos cientistas. Ainda que tenham havido grandes glaciações no passado, o Quaternário é conhecido como “ A Grande Idade do Gelo”.

  1. As Glaciações do Quaternário

Durante o Quaternário as glaciações, com cerca de 100 mil anos de duração, se alternaram com fases de temperaturas mais quentes e de menor duração, os interglaciais. O estudo de sedimentos do fundo dos oceanos e de isótopos de oxigênio, mostraram a existência de pelo menos 16 ciclos nos quais a temperatura da superfície do mar baixou em relação à atual, o que sugere que a existência de, no mínimo, 16 glaciações de tamanho variável. Destas, somente 4 a 5 foram identificadas geologicamente nos continentes. É possível que as glaciações mais fortes e/ou de maior duração tenham destruído as evidencias das outras.

As cincos glaciações marcadas por evidencias geomorfológica já são conhecidas há muito tempo e tem nomes diferentes de acordo com a região onde foram descritas. A mais antiga, Danúbio (Donau), não foi encontrada em muitas regiões. A mais recente (Würm – Wisconsiana) começou há cerca de 100.000 anos e terminou a uns 12.000 anos atrás. Seus efeitos sobre a superfície dos continentes e sobre o nível do mar estão claramente marcados e tem sido estudados em detalhe. A fase em que estamos agora, e que começou com o retrocesso do gelo glacial em todo o planeta, constitue um interglacial que já dura uns 12 mil anos. Se o ciclo continua, deve tender no futuro a outra idade do gelo.

  1. Causas das Glaciações
  • Fatores que podem iniciar ou terminar um glaciação
  • Mudanças do relevo topográfico

As grandes Idades do Gelo muito antigas foram acompanhadas por formação intensa de montanhas e elevação geral dos continentes. O levantamento de grandes cadeias de montanhas no final do Terciário indicaria a glaciação por mudança no padrão dos ventos e das regiões anticiclônicas. Mais gelo se formaria nos polos o que resultaria numa baixa do nível dos oceanos porque parte da agua de circulação da Terra estaria retida sob forma de gelo.

Este mecanismo poderia explicar uma Idade do Gelo, mas não o ciclo glaciação-interglaciação dentro desta idade do Gelo.

  • Mudanças de radiação por efeito de meteoros

Foi demonstrado que existe uma camada de pó muito fino em volta da Terra, esta camada poderia ter sido espessa no passado (causada por queda de meteoros e cometas) e causaria, ao inicio, uma alta temperatura por efeito estufa. A seguir, se a capa de pó fosse tão espessa que a energia solar não pudesse penetrar na atmosfera, a temperatura baixaria definitivamente e começaria uma glaciação.

  • Mudanças de radiação por efeito de vulcanismo

Durante o Pleistoceno, segundo esta teoria, houve fases de grande atividade vulcânica e fases de relativa tranquilidade. As primeiras resultariam na formação de grande quantidade de cinza vulcânica que seria lançada na estratosfera e aí formaria uma camada espessa. Da mesma forma que a poeira dos meteoros, uma atividade vulcânica grande não pode ser a única explicação para o inicio de uma glaciação a não ser que sua intensidade tivesse sido descomunal.

  • Mudanças na inclinação do eixo de rotação

Acredita-se que durante todo o Quaternário o eixo de rotação da Terra permaneceu o mesmo de 23.5º. Quanto maior for o ângulo de inclinação, maior será a diferença entre inverno e verão. O resultado seriam invernos muito mais frios, com tempestades de maior frequência e intensidade, pelo contraste com um verão mais quente. Milankovitch calculou que a inclinação do eixo da Terra muda de mínima a máxima a cada 41.000 anos aproximadamente. Esta e outras variações cíclicas orbitais do planeta resultariam em mudanças na quantidade de energia solar recebida pela Terra. Seriam estas as razões pelas quais existiriam glaciações.

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