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O Projeto de Monografia

Por:   •  5/12/2023  •  Projeto de pesquisa  •  1.459 Palavras (6 Páginas)  •  40 Visualizações

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Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Instituto Multidisciplinar

Departamento de Geografia

Licenciatura Plena em Geografia

GEOGRAFIA DA SAÚDE EM JARDIM GRAMACHO

Luane Silva de Azevedo

Orientadora Dra° Sarah Lawall

Nova Iguaçu, RJ

2022


                                                   

                                                     

                                                       Sumário

INTRODUÇÃO

LOCALIZAÇÃO DA ÁREA

JUSTIFICATIVA

REFERÊNCIAL TEÓRICO

OBJETIVOS GERAIS

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

METODOLOGIA DA PESQUISA

CRONOGRAMA

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

APÊNDICE


INTRODUÇÃO

A presente pesquisa, tem como objetivo apresentar sobre a importância da geografia da saúde no Bairro de Jardim Gramacho, esse bairro do município de Duque de Caxias, onde existiu o maior Lixão da América Latina, a menos de 30 km do Centro do Rio de Janeiro.

O despejo de materiais sólidos atraiu a população que, construiu moradias no entorno do aterro e com isso formaram-se vários bolsões de miséria. Aos poucos, a quantidade de habitantes se tornou altamente numerosa e era constituída principalmente de famílias de catadores de materiais recicláveis que trabalhavam no local. De acordo com o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE), cerca de 60% dos moradores da região dependia direta ou indiretamente da atividade econômica advinda do aterro metropolitano. Estima-se que no ano de 2008 cerca de 1700 catadores faziam o papel de catação e separação dos resíduos sólidos que eram despejados em Jardim Gramacho. No local circulavam em torno de 600 caminhões de lixo por dia que despejavam cerca de 8.000 toneladas, perfazendo aproximadamente 240.000 toneladas de lixo por mês (BASTOS, 2014).

O Aterro Sanitário, funcionou por mais de 30 anos, desde quando foi fechado, ficou carente de políticas públicas que desenvolvessem a região, como prometido pela Prefeitura do Rio, ao anunciar o fim das atividades.

A população vive em extrema pobreza, com cerca de 11 reais diários, segundo a ONG TETO, sob condições de sobrevivência desumanas e degradantes e que foram ainda mais amplificadas pela pandemia da COVID-19.

A maioria da população apresenta queixas de saúde que, muitas vezes, têm relação com a convivência próxima do lixo e também com o trabalho de muitos moradores que trabalhavam como catadores de materiais recicláveis. Entre alguns relatos que despertaram a minha atenção, estão os acidentes de trabalho desses catadores, o fato de algumas famílias utilizarem restos alimentares encontrados no local para suas refeições, o contato com o solo e águas contaminadas pela falta de saneamento básico.

A Geografia da Saúde hoje, trata fundamentalmente, questões relativas a desigualdades em saúde e no acesso aos cuidados de saúde, a reemergência das doenças infeciosas, às consequências da pobreza e da exclusão na saúde e as políticas de saúde pública.

Portanto, esse cenário despertou meu interesse em aprofundar os meus estudos sobre os fatores que interferem na situação da saúde e em específico os residentes dos arredores do lixão, que hoje funciona clandestinamente. Como também, me trouxeram indagações sobre como a dinâmica dos territórios produz perfis de saúde e doença e quais teorias e métodos podemos lançar mão para compreendê-la.


LOCALIZAÇÃO DA ÁREA

 O bairro Jardim Gramacho, está localizado no Município de Duque de Caxias, região Metropolitana do Rio de Janeiro, conhecida com baixada fluminense.

Bairro Jardim Gramacho, Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho, BR 040, Baía de Guanabara e Rio Iguaçu.

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JUSTIFICATIVA

Essa pesquisa é justificada pela grande vulnerabilidade socioambiental da comunidade em questão, considerando a mudança que ocorreu naquele território com a saída do aterro sanitário, que trouxe consequências negativas para a situação de saúde daquela população. Sendo importante investigar a situação de saúde daquele bairro, considerando o ponto de vista dos que vivenciam o cotidiano desse território, suas percepções e respostas frente às necessidades de saúde e ambiente para pensar políticas de saúde capazes de melhorar a situação de vulnerabilidade das famílias.

Pretende contribuir, do ponto de vista teórico, com a discussão sobre o estudo da Geografia da Saúde, que hoje se torna cada vez mais importante e fundamental para proporcionar conhecimentos que sirvam para entender as relações que se estabelecem entre as condicionantes da saúde.


REFERENCIAL TEÓRICO

INVESTIGAÇÃO DA SAÚDE NO TERRITÓRIO

O território é um local privilegiado para observar os processos que interferem na situação de saúde das populações, por isso tornou-se uma importante estratégia de análise para compreender as desigualdades em saúde e os fatores que determinam um maior ou menor grau de adoecimento das comunidades e como eles se relacionam.

A formação socioespacial exerce um papel de mediação entre o mundo e o território, entre o mundo e o lugar. O território utilizado supõe, de um lado, a existência material de formas geográficas, naturais ou transformadas pelo homem, e de outro lado, a existência de normas de uso, jurídicas ou meramente costumeiras, formais ou simplesmente informais. Formas e normas trabalham num conjunto indissociável, tornando o território local, em si mesmo, uma norma, função da sua estrutura e de seu funcionamento (SANTOS, 1996).

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