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População E Ambiente

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Por:   •  24/4/2014  •  2.675 Palavras (11 Páginas)  •  200 Visualizações

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Música 1:

Musica: O Sal da Terra – autor: Beto Guedes/Ronaldo Bastos

Anda!

Quero te dizer nenhum segredo

Falo nesse chão, da nossa casa

Vem que tá na hora de arrumar...

Tempo!

Quero viver mais duzentos anos

Quero não ferir meu semelhante

Nem por isso quero me ferir

Vamos precisar de todo mundo

Prá banir do mundo a opressão

Para construir a vida nova

Vamos precisar de muito amor

A felicidade mora ao lado

E quem não é tolo pode ver...

A paz na Terra, amor

O pé na terra

A paz na Terra, amor

O sal da...

Terra!

És o mais bonito dos planetas

Tão te maltratando por dinheiro

Tu que és a nave nossa irmã

Canta!

Leva tua vida em harmonia

E nos alimenta com seus frutos

Tu que és do homem, a maçã...

Vamos precisar de todo mundo

Um mais um é sempre mais que dois

Prá melhor juntar as nossas forças

É só repartir melhor o pão

Recriar o paraíso agora

Para merecer quem vem depois...

Deixa nascer, o amor

Deixa fluir, o amor

Deixa crescer, o amor

Deixa viver, o amor

O sal da terra

Conclusão: Essa maravilhosa canção, interpretada por Beto Guedes e escrita por ele e por Ronaldo Bastos, traduz muito bem a época de brutal repressão da ditadura militar no qual se encontravam esses artistas, e como poucas, ela torna-se atemporal. Somente um ouvinte desatento não se emocionaria ao percebê-la como essa canção está atual. Nesses dias, no qual assistimos o povo sair nas ruas para demonstrar sua indignação, e no qual todos se juntaram contra as injustiças, e também a brutal reação da polícia militar que ocorreu contra os cidadãos (seria um resquício da ditadura militar?).

Quando temos contato com uma Arte, sentimos vários tipos de emoções diferentes. Tão diferentes quanto são as pessoas. Com música, particularmente, é como conversar, um tipo de diálogo transcendental que a música nos proporciona. Quando fazemos Arte, estamos tentando exteriorizar nossos sentimentos e sentidos em nossa capacidade máxima, e quando nos identificamos com alguma arte, também nos identificamos com o sentimento de outra pessoa, geração, época, lugar, etc., e essa comunicação se torna mágica, capaz de despertar consciências, sentimentos e lembranças, podendo ser usada como arma para mudar, uma situação, um pensamento, um olhar, etc.

Dessa forma, uma canção pode nos proporcionar diversos sentimentos, entendimentos, sensações e interpretações, algo bem particular. Tentaremos explicar por que essa música tem muito a dizer e pode facilmente traduzir a época atual.

No começo do primeiro, segundo, no quinto e sexto estrofes, o autor começa chamando as pessoas para a urgência da ação. Com as palavras: “anda”, “tempo”, “Terra”, “canta”, ele faz alusão a maneira como construímos nossas relações sociais, e com o meio ambiente. Apesar de fazer alguns anos que foi criada essa canção, os problemas são os mesmos, na sua raiz eles ainda não foram eliminados.

“Anda”, não temos mais “tempo” não podemos mais ficar parados assistindo a essa monumental destruição da nossa da vida. Nossa “Terra”, não é um mero baú de recursos no qual podemos utilizá-la a nosso bel prazer. Não é mais mistério e nem “segredo”, nosso estilo de vida é insustentável, e falo desse “chão da nossa casa”, e já passou da “hora de arrumar”.

A vida é uma dádiva, e queremos viver muitos anos, como diz a música, sem ferir a nós e ao nosso semelhante. A humanidade já percebeu, que guerras não são naturais, são construídas, construções essas que beneficiam uma pequena minoria, mas a maioria das pessoas e nações da Terra, e a própria Terra, não. Pelo contrário, dessa forma só criamos uma espécie de cultura da animosidade e desperdício.

Contra isso, essa música nos diz: “vamos precisar de todo mundo”, somente assim conseguiremos “banir do mundo a opressão”, e “construir a vida nova”. “A felicidade mora ao lado”, ela existe, e está coisas e gestos mais simples dessa vida, o ser humano “não é tolo”, ele pode perceber, mas somente juntos podemos despertar esses sentimentos.

O nome da música “o sal da terra”, pode ser interpretada fazendo uma alusão ao sal de nossas refeições. Assim como utilizamos ele para deixar mais saborosa e cheia de vida nosso alimento, talvez precisamos de uma dose de amor e compaixão no mundo para melhorar nossos relações e consequentemente, o mundo. Talvez seja esse o tempero, o “sal” que falta para nossa “terra”.

Estamos todos juntos nessa barco a que chamamos de Planeta Terra, independentemente de nossa cultura, raça, credo, religião, nação, ideologia e etc., não existe outro, não podemos simplesmente sair daqui e procurar outro planeta, e disso resulta que levar a nossa “vida em harmonia”, com a Mãe Terra e com o semelhante, se torna urgente.

A música também diz: “um mais um é sempre mais que dois”. Segundo as teorias de administração, quando “juntamos nossas forças”, e nos unimos para um objetivo comum, nos tornamos maiores e mais fortes do que se ficarmos isolados. É preciso cultivar um novo sentimento e construir um novo olhar, ao contrário daquele que foi criado e vem sendo cultivado pelo homem. O olhar preconceituoso perante o diferente, o sentimento de posse, dominação e exploração da natureza e do homem pelo homem, já não cabe mais em nossos dias. “Deixa nascer, fluir, crescer, viver, o amor” como diz na música. O movimento

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