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Relatório de Campo

Por:   •  20/4/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.896 Palavras (8 Páginas)  •  216 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

GSA0217 – AMBIENTES DE SEDIMENTAÇÃO

RELATÓRIO DE CAMPO

_______________________________

BACIA SEDIMENTAR DO PARANÁ

ALUNA: Jacqueline de Cássia de Oliveira

NÚMERO USP: 7659050

Sumário

  1. Introdução3
  2. Objetivos4
  3. Descrições e Interpretações4

Parada 15

Parada 26

Parada 37

Parada 47

Parada 58

Parada 68

Parada 79

Parada 89

  1. Reflexões e Conclusões10

Bibliografia10

  1. Introdução

[pic 3]A bacia do Paraná é uma bacia sedimentar situada na porção centro-leste da América do Sul que abrange os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Além do Brasil, também abrange o nordeste da Argentina, a porção leste do Paraguai e a porção norte do Uruguai, como é possível observar na figura 1.

Desenvolveu-se durante parte das eras Paleozóica e Mesozóica, e seu registro sedimentar compreende rochas formadas do Período Neo-Ordoviciano ao Neocretáceo, abrangendo um intervalo de tempo entre 460 e 65 milhões de anos atrás. A seção de maior espessura, superior a 7000 m, está localizada na sua porção central e é constituída por rochas sedimentares e ígneas. [pic 4]

A cidade de São Paulo localiza-se próxima a bacia sedimentar do Paraná, onde existem afloramentos de algumas formações importantes, que são expostos pelo homem para construção de rodovias, como a rodovia Castelo Branco (SP-280) onde ocorreu a aula de campo deste relatório. Nesta rodovia, estão expostas as seguintes estruturas e fácies da bacia do Paraná: Embasamento São Roque, Formação Itararé, Formação Serra Alta, Formação Teresina, Formação Pirambóia e Formação Serra Geral.

A aula foi composta de 7 paradas ao longo da Rodovia Castelo Branco – SP-280, sendo que a localização dos pontos encontra-se na figura 2.

[pic 5][pic 6]

  1. Objetivos

A aula de campo teve como objetivo aplicar os conhecimentos adquiridos em aula fazendo a análise de fácies sedimentares e, através da análise, formular hipóteses sobre os prováveis sistemas deposicionais que atuaram nos locais visitados.

  1. Descrições e Interpretações

Analisando o perfil geológico do estado de São Paulo, percebe-se que a capital encontra-se em um planalto - o Planalto Atlântico - constituído principalmente por rochas cristalinas. À medida que se desloca para oeste, a topografia torna-se mais plana e baixa em relação ao planalto - trata-se da Depressão Periférica, uma bacia sedimentar cujas camadas de rochas sedimentares contidas refletem os diferentes ambientes deposicionais que existiram ao longo do tempo. A Depressão Periférica é delimitada por um segundo planalto, constituído por rochas basálticas - o Planalto Ocidental. O foco da análise foi a Depressão Periférica, pois se pode observar os afloramentos da Bacia Sedimentar do Paraná.

Parada 1 – km 68 – Subgrupo Itararé em contato com o embasamento São Roque

Neste ponto pôde ser observado três tipos de rochas (figura 3): filito, como embasamento; conglomerado estriado que encontra-se encaixado e por cima e como camada mais nova, o arenito feldspático arcosiano com minerais de caulim, sendo o caulim a alteração do feldspato.

[pic 7]O filito encontra-se estriado e está fora contexto sedimentar, pois é uma rocha metamórfica representando o embasamento com 800 milhões de anos, encaixado pela erosão.

O conglomerado também encontra-se encaixado e está no contexto sedimentar, pois os seixos presentes apresentam granodecrescência ascendente indicando um depósito fluvial (rio) que encontrava-se no vale.[pic 8]

Entre o filito e o conglomerado existe uma discordância erosiva muito distinta e apresenta uma diferença de tempo aproximadamente 400 milhões de anos. Essa diferença de tempo representa o período de atuação da erosão.

[pic 9]No arenito pôde ser observado algumas camadas de argila vermelha deformada plasticamente (figura 4) por conta do peso das camadas de areia que foram sendo depositadas em cima, formando estruturas pós-deposicionais chamadas de flames (chamas em português). A variação da deposição de areia e argila representa a perda da energia no ambiente, quando há um aumento de energia a areia é depositada e quando a energia diminui, chegando a cessar ou quase cessar, a argila é depositada.[pic 10]

A preservação da maior parte dos grãos de feldspato representa o ambiente glacial, pois não foram alterados durante o processo de deposição e de formação da rocha. A alteração ocorre apenas após a exposição da rocha na superfície.

Atravessando todo o Subgrupo Itararé muda o relevo e entra-se na depressão periférica, mudando de um ambiente glacial para um ambiente pós-glacial, o marinho.

Parada 2 – km 160 – Formação Serra Alta

O local apresenta depósitos sedimentares correspondentes à Formação Serra Alta (Permiano Superior). Observou-se a presença de duas fácies, depositadas por laminação: uma de folhelho, contendo fragmentos fossilíferos; e outra de siltito, onde não se observou a presença de fósseis. Assim como os argilitos, os folhelhos são rochas sedimentares compostas por grãos de argila. Os argilitos, no entanto, apresentam aspecto maciço, enquanto que os folhelhos constituem-se de lâminas finas e paralelas. As fácies encontravam-se intercaladas, havendo uma nítida predominância dos depósitos de siltitos (figura 5).

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