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Resenha do livro Por uma Geografia do Poder - A População e o Poder

Por:   •  19/10/2016  •  Resenha  •  1.317 Palavras (6 Páginas)  •  2.903 Visualizações

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Instituto Federal de educação, ciência e tecnologia de Pernambuco - IFPE                                Departamento Acadêmico de Ambiente de Segurança e Saúde - DASS                                                                                                         Curso de licenciatura em Geografia

                                                Natália Karoline Cândido Salvador

Referências Bibliográficas

RAFFESTIN, Claude. Segunda Parte - A População e o Poder. In: ______. Por uma Geografia do Poder. Tradução de Maria Cecília França. São Paulo: Ática, 1993. p. 65-139 p., il. (Série Temas - Geografia e Política v. 29).

O autor aborda no capítulo 1 sobre o recenseamento e poder, onde a população é enumerada e é a partir desse recenseamento que tem uma representação da população, onde essa representação não é real. O recenseamento permite que o Estado conheça a informação sobre o povo. A população é fundamental para as organizações existentes, ela é considerada um recurso, mas também pode ser um obstáculo. Segundo Raffestin (1993, p.68) “O recenseamento é um saber, portanto um poder”. A população é considerada como um objeto de poder. Com o Estado moderno a contagem da população se tornou algo importante, antes disso os métodos aplicados eram indiretos. Com recenseamento o Estado tinha o conhecimento da extensão, a partir desse conhecimento ele poderá se organizar, resistir ou até mesmo lutar. O fichário demográfico é considerado um instrumento para as organizações, não só o Estado, mas também as empresas, igrejas até mesmo partidos. O autor ressalta que a primeira fonte de energia é a população, onde é natural que a população se desloque e cresça, modificando e mudando a distribuição. Além de quantitativa, a população também é qualitativa. O recenseamento poder ser representado através de um gráfico hierárquico, existem 5 níveis e a quantidade de níveis variam dependendo do país. O nível 1 é o Estado; o 2 é inferior ao 1, um departamento; o 3, subdivisão comunal; o 4, os agentes recenseadores e por último o 5, que é a população. Em relação aos níveis inferiores e superiores, há uma oposição entre eles. Os atores e suas finalidades, o autor analisa a segunda forma do domínio de poder, onde há presença da preocupação de números da população. O objetivo da preocupação é analisar e tentar solucionar o problema em relação à sociedade, porém o poder do Estado tem que está atuando para haver uma organização, e os atores vão ficar observando a relação, onde esses atores são as taxas e impostos, esses são inventados pelo Estado. Os atores observadores têm o objetivo de gerar as finalidades que ajudam na organização do poder de domínio do Estado, ou seja, a organização manipula a população, tanto na vida quanto na morte. O autor analisa sobre o controle e gestão dos fluxos naturais, procura entender a taxa de natalidade e mortalidade, quando o país é uma superpopulação, o equilíbrio se dá pelo maior índice de mortalidade e menor índice de fecundidade, e quando há pouco número de pessoas, a mortalidade cai e a natalidade é retomada. O autor também aborda no livro que o Estado tem o objetivo de organizar a política para atender aos requisitos necessários, como exemplo: educação, saúde e outros. Sendo assim, o Estado de alguma maneira utiliza o poder para tentar controlar a população. Já em relação ao controle e gestão dos fluxos migratórios, analisa-se que controlar a mobilidade não é uma tarefa fácil para o Estado, pois aquelas pessoas que saem de seu país para morar em outro, sai por motivos diversos. Esse fluxo migratório gera interesse para os capitalistas, pois as empresas estão em busca de mão-de-obra barata e também gerando riquezas. No capítulo 2, língua e poder, nas funções da linguagem, o autor apresenta que a língua é uma identidade da população, pois é através dela que é identificado de qual grupo o indivíduo é de origem. O autor deixa claro que a língua também faz parte de um poder, o autor também ressalta que a linguagem é considerada um trabalho humano e a língua é o objetivo necessário. A língua como recurso, na atualidade é utilizado pelo capitalismo, com isso, chamando atenção da população. Ela é fundamental no mundo capitalista, pois ela tem o poder de facilitar para os interessados. Na língua e as relações de poder, o autor expressa que a linguagem é um instrumento de poder, tanto global, quanto local. Além disso, quando uma cultura é obrigada a utilizar outra linguagem sem seu consentimento, faz com que aquela sociedade perca aos poucos sua cultura. No capítulo 3, religião e poder, o autor começa falando sobre o sagrado e o profano, ressaltando que a religião também é uma forma de poder, pois nos séculos passados a religião tinha um caráter dominante, mas a religião de maneira psicológica, atualmente, não consegue conquistar muitos objetivos como antes. Algo que não está de acordo com a religião, é um ato profano, ou seja, desrespeitando coisas sagradas. O autor aborda também, que a religião tem várias funções, igual à língua, pois ele precisa de pessoas fieis seguidoras. Sendo assim, quanto mais seguidores ele conquistar, mas poder ele terá. Já as relações Estado-Igreja, o autor ressalta que há formação de laços políticos-religosos, ou seja, esses dois poderes juntos conseguem transmitir seu objetivo de maneira rápida. Devido a essa ligação, o Estado tinha maior vantagem, pois a igreja seria o informante. Isso é considerado uma estratégia do Estado para alcançar seu objetivo. Na parte do despertar do Islã, o autor busca explicar que o poder religioso tem um lado bom, mas também existe lado ruim, pois existe o fanatismo religioso, como consequência, provocando até mesmo guerras. O território do Islã está rodeado por petróleo, que é uma fonte de riqueza, muito visada pelas superpotências mundiais. O autor analisa sobre o poder de uma etnia sobre a outra no passado. Por exemplo, com a escravidão, onde existia raça superior e inferior, onde essa raça superior se achava dominante da inferior. Ele ressalta também sobre a perseguição dos judeus na segunda guerra mundial. Na parte das formas de descriminação, o autor aborda que a descriminação tem dois grupos, um majoritário e outro minoritário, no século 21, ainda é encontrado tipos de descriminação a alguns povos e etnias. Também é abordado sobre a descriminação de natureza espacial, onde um grupo tem o poder de impor para outro grupo uma determinada localização. O livro, por uma geografia do poder, na segunda parte, apresenta uma linguagem de difícil compreensão, no recenseamento e poder ele utiliza gráficos para explicar melhor ao leitor, porém a explicação é de maneira confusa de se entender. No decorrer do livro, na parte de língua e poder, ele começa explicando a importância da linguagem em um grupo, mas ao longo do texto fica difícil de entender a proposta que ele quer transmitir. Ao fim da segunda parte, com religião e poder e raças, etnias e poder, o texto fica mais fácil de compreender, ainda utilizando gráficos, mas citando exemplos mais simples.

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