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RESUMO DO LIVRO – GEOGRAFIA POLÍTICA E GEOPOLÍTICA: DISCURSOS SOBRE O TERRITÓRIO E O PODER DE WANDERLEY MESSIAS DA COSTA

Por:   •  6/4/2015  •  Resenha  •  3.441 Palavras (14 Páginas)  •  1.957 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – CAMPUS CAMPO MOURÃO / FECILCAM

DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA

PROFESSOR DR. VIRGILIO BERNARDINO

DISCIPLINA DE GEOPOLÍTICA

RESUMO DO LIVRO – GEOGRAFIA POLÍTICA E GEOPOLÍTICA: DISCURSOS SOBRE O TERRITÓRIO E O PODER DE WANDERLEY MESSIAS DA COSTA.

UNIVERSITÁRIA: INGRITH VALIATI RAIFUR

CAMPO MOURÃO, ABRIL DE 2013.


Resumo do livro – Geografia Política e Geopolítica: Discursos sobre o Território e o Poder (Wanderley Messias da Costa, 2008).

No seu livro Costa (2008) conceitua para a compreensão do processo evolutivo da geografia política e geopolítica deste a sua fase pioneira até os dias atuais, no qual coloca as relações entre o território e o poder, pois o território como objeto e o meio do poder de Estado. Pois, é fundamentado em um conjunto de obras de vários autores, dentre eles o F. Ratzel, Mahan, Haushofer e Mackinder, entre outros do tempo mais recente. Segundo o autor os Estados passam por grandes mudanças em seus territórios que, assim, se submetem na configuração política planetária do século XIX.

No seu primeiro capítulo (A Geografia Política Clássica), o autor utiliza-se as ideias de F. Ratzel e de Vallaux, no qual cada um faz sua analise sobre a geografia política. Ratzel em 1897 publicou uma obra que fala sobre a Geografia Política, que o qual mais tarde recebeu o nome como “Uma Geografia dos Estados, do Comércio e da Guerra”. E Vallux em 1910 cuja obra intitulada O Solo e o Estado.

Segundo Costa (2008) Ratzel, analisa de forma bem criteriosa sobre a forma do contexto social, político e intelectual que o Estado da Alemanha se encontrava desde o progresso que se iniciou sob o comando de Bismarck (p. 32). Então, Ratzel classificou como a “unificação mal concluída”, que de fato era considerada uma constituição de um Estado Forte até o inicio do século XX. Portanto, a Alemanha estava fragmentada socialmente do ponto de vista da sua organização político-territorial, cujo papel só caberia ao Estado nesse processo do país que estava atrasado politicamente sobre a situação de “inferioridade” da Alemanha em relação às demais potências europeias, como por exemplo, Inglaterra e a França, e principalmente na questão das colônias de além-mar.

Pois, cada Estado possuem a sua própria linguagem, sua cultura, sua história, sua religião e seus costumes, no qual tudo isso não se resulta o produto de seres individuais, como aponta Bereciartu de que cada povo tem sua historia particular (p. 33).

Na metade do século XIX, o ambiente cultural e politico alemão, após a guerra franco-prussiana e o processo de unificação imperial, tem na questão nacional um forte ingrediente universal que são os conjuntos de suas “leis gerais”.

Para Ratzel a concepção sobre o Território e o Estado, é de que os Estados são organismos que devem ser concebidos em sua intima conexão com o espaço, ou seja, como um “senso geográfico” ou fundamento geográfico do poder politico (p. 34). A ideia de organismo segundo Costa (2008) para Ratzel, é de que o solo condiciona as formas elementares e complexas de vida, cujo Estado é como uma forma de vida que tende a se comportar segundo as leis que regem os seres vivos na terra, isto é, nascer, avançar, recuar, estabelecer relações, declinar, etc. (p. 35).

Portanto, o Estado é o solo terrestre de todo o ser humano, cujo qual utiliza o solo para realizar suas obras em função de toda a sua humanidade ou sociedade. Por isso, Ratzel os fenômenos necessário para a política nacional de cada Estado são as raças e a línguas de cada território, como no caso, o povo alemão é a comunidade de um território (p.35).

Deste modo, a concepção de Ratzel sobre o Estado e território é, portanto, uma matriz conservadora e autoritária, no qual se sobrepõe condicionantes naturais aos processos sociais e políticos, mas justamente na ideia subjacente de um Estado forte, centralizador e “posto por cima” da sociedade, como ele próprio explica ao afirmar que a unidade do Estado depende de uma unidade territorial, esta que por sua vez depende dos seus habitantes, do solo e do Estado. Tratando-se de uma unidade nacional-territorial comandada pelo poder central (p.36).

Este poder desenvolve as desigualdade das regiões de um organismo estatal-territorial, que segundo ele (Ratzel) os sistemas econômicos tendem a organicidade, no qual estabelece pela força o desenvolvimento desigual e da diferença entre as regiões traçando uma relação centre e periferia, em que o centro esta sempre se referindo ao “centro de poder” (p. 37). Deste modo, sempre tratando de fenômenos de centralidade, no qual o comercio internacional trabalha em sentido de transformar o todo, ou seja, a terra em um “vasto organismo econômico onde povo e regiões não são mais que órgãos subordinados”, cujos fluxos principais concentrariam cada vez mais para Londres. (p. 37).

Portanto, o Estado apenas deve formular e executar políticas gerais e territoriais, no qual se tratando de políticas em que o território é tomado apenas como a priori, uma base de suporte sobre o qual elas se desenvolverão, sempre tratando de apreensão do território como elemento fundamental que exigem do Estado e do povo relações de domínio. Assim, todo o Estado e povo devem ter um projeto geopolítico próprio, no qual este projeto deve vir combinando como políticas não territoriais, como as políticas econômicas, culturais e nacionais, etc., caso contrário às políticas territoriais tornam-se unicamente as políticas de apenas expansão do território (p. 38).

Este fenômeno se encontra geralmente em situação de exploração e são submetidos aos grandes senhores que possuem terras, no qual passam a controlar o centro político do país. Esta aristocracia começa a serem utilizado por meios de ataques, conquistas, confiscações e fraudes, que se opõem aos demais cidadãos do país e aos novos ingressantes na terra.

Nesta luta entre as duas forças, a primeira torna-se um partido agrário quase feudal, enquanto a segunda parte de um partido capitalista e democrático.

Os Estados e os territórios são rigidamente delimitados pelas fronteiras que se materializam por uma complexa ocupação do seu espaço pelos seus povos, só pode ocorrer guerras quando se faz necessário estabelecer um novo espaço de circulação a um todo território por um outro país (p. 39).

As consequências desse fato na estruturação territorial dos Estados, é que todos procurarão uma articulação apenas interna de seu espaço em domínio, os riscos serão por causa de outras potências sobre as faces de disponibilidades, no qual o inimigo vai dar uma nova importância na rede de circulação (p.40).

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