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Resenha sobre aula de Formação econômica e Territorial do Brasil

Por:   •  10/9/2022  •  Resenha  •  1.103 Palavras (5 Páginas)  •  130 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

INSTITUTO DE GEOGRAFIA, DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE

MIKAEL EDUARDO SILVA FERREIRA

Resenha

Joaquim Gomes-AL

2021

MIKAEL EDUARDO SILVA FERREIRA

Resenha

Trabalho apresentado a disciplina História Econômica e Territorial do Brasil, curso de Geografia, Universidade Federal de Alagoas, Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente, como requisito parcial a obtenção de nota.  

Joaquim Gomes-AL

2021

RESENHA DE AULA

No primeiro momento da aula, a professora nos apresentou a visão que Rui Moreira tinha sobre a formação espacial do país, onde ele dividiu em cinco fases, são elas: vetores fundiários, ciclo de assentamentos, maturação do rancho geoeconômico e faixas botânicas, a regulação privada e os conflitos de sociedades. O vetor fundiário, que era definido principalmente pelo bandeirantismo ou, como dito na história, o período chamado de metalismo, caracterizado pela exploração com as expedições dos bandeirantes que adentravam o interior em busca de metais preciosos, como ouro, ou à procura de tribos para escravizar ou apenas destruir suas vilas. Como essas expedições demoravam muito tempo onde eles passavam, tanto os bandeirantes quanto os jesuítas que os acompanhavam se instalavam e acabavam criando pequenos núcleos urbanos para se manter ou para descansar durante um tempo. Passando para o segundo vetor, o ciclo de assentamentos, que foi caracterizado por ter um aspecto específico, sempre serem localizados perto de rios ou planaltos, pois esses assentamentos precisavam de uma fácil locomoção, no caso os rios, e uma boa visão da área geográfica, no caso dos planaltos. Com aglomerado de pessoas indo para Minas, fez com que esses pequenos centros produtores se deslocassem de lugares específicos para favorecer os mineradores. Por exemplo, os criadores de gados do Sul subiram para o sudeste para que esses mineradores tivessem o que comer sem precisar sair de onde estavam. Com o passar dos séculos, em meados do século 18 ao século 20, esses núcleos passaram a entrar no continente em busca de novos recursos, como o ciclo da borracha e o ciclo das drogas do sertão, que ganharam grande força, fazendo com que pessoas se deslocassem das áreas para adentrar no continente, como, por exemplo, os assentamentos na bacia do Rio Amazonas, onde eles trabalham tanto a borracha quanto as especiarias.           A maturação do arranjo capitalista vem com características de arranjos geoeconômicos e faixas geobotânicas que tinham características naturais. A natureza era responsável por estabelecer o tipo de cultivo de cada área, onde, por conta disso, foi criado o DTT. O que é o DTT? DTT é a sigla para Divisão Territorial do Trabalho, que servia para estabelecer onde cada núcleo de cultivo ficaria localizado, como por exemplo a cana-de-açúcar no Nordeste, o café no Sudeste, o gado no Sul e as explorações na Amazônia. Com o avanço industrial, esse aspecto mudou e as políticas econômicas passaram a favorecer o mercado interno, ao contrário do sistema colonial, que especificava o ciclo de exportação, pois não queriam estabelecer vínculos com a terra, mas simplesmente extrair tudo que vinha dela. Essa mudança da indústria fez com que o cenário antes existente mudasse e o Brasil passou a ser um todo em questão econômica. Porém, o poder se estabeleceria entre as elites agrárias e a urbana industrial, fazendo com que o avanço tecnológico no campo favorecesse e deslocasse a centralização para o interior, redistribuindo a população na rede urbana interna. Os dois últimos apresentados são a regulação privada e os conflitos de sociedades, esses falavam sobre a privatização e como essa privatização age, regulando tudo na sociedade, que ressalta o aumento do universo dos excluídos perante a esses interesses do capital. Voltando para o período colonial, Rui Moreira explica que as colônias comandadas pela coroa portuguesa eram proibidas de qualquer intenção de avançar para o interior, pois, como dito antes, seu interesse extremo era de extrair, o pensamento nunca foi se estabelecer no continente e sim pegar tudo que fosse possível e mandar de volta para casa, fazendo com que o Brasil demorasse mais a se industrializar. Esse sistema colonial era dividido em macroformas espaciais, onde eram divididos por seis aspectos que até hoje alguns se mantêm. O primeiro deles é o espaço agrícola, que se caracteriza pela plantação de cana de açúcar na costa, com o único e exclusivo objetivo de exportação do produto final, no caso o açúcar. Depois o espaço pastoril, que vem com a função de ajudar tanto na alimentação com a carne, quanto o trabalho com a força do animal; e as relações sociais entre esses dois eram totalmente diferentes, pois, no espaço agrícola, eram divididos como escravos, senhores de engenho e produtores, no caso os fazendeiros donos de terras; e, no sistema pastoril, o peão tinha uma certa liberdade, onde futuramente ele poderia ser um dono de rebanho, pois, ao contrário do regime escravista, que o indivíduo não ganhava nada, o peão, no final de cada ano, ganhava um a cada quatro bezerros nascidos. Portanto, ao longo do tempo, ele poderia juntar seu rebanho e ter seu próprio negócio. Depois de uma série de dúvidas dos colegas, sanadas pela professora, voltamos a falar sobre os outros espaços que faltaram. Seriam eles: o espaço da policultura de subsistência autônoma, que se caracteriza por se desenvolver sobre outras macroformas, onde ganhou destaque no ciclo da mineração. Também tinha o espaço da mineração, que, por sua vez, era de total liberdade social. Você poderia trabalhar sozinho ou para outra pessoa sem depender de uma unidade maior. Essa liberdade faz com que os recursos extraídos sejam usados para bem próprio, favorecendo o mercado interno e suas vertentes. Os dois últimos espaços são o extrativismo vegetal amazônico e o espaço urbano, onde a liberdade do extrator de ir onde convém tornava a sociedade mais instável e desorganizada. Se situavam às margens de rios com influência dos assentamentos jesuítas e também para os escoamentos de suas produções. O espaço urbano, na época, vinha com cidades que serviram de apoio para as colônias e vários ciclos, e essas cidades eram, muitas vezes, deixadas de lado quando esses ciclos entravam em declínio, eram abandonadas ou tornavam-se pequenos núcleos urbanos que duraram até os dias atuais. Para finalizar a aula, a professora fala de todo esse período representado, que não foi pacificamente e sempre existiram conflitos, tanto internos quanto externos, como, por exemplo, os colonos e os indígenas ou os senhores e seus escravos e, externamente os contribuintes e os fiscos metropolitanos. Para uma conclusão, ela explica também que, mesmo com a separação dos laços coloniais, ainda haveria de ter uma estrutura espacial construída e que dificilmente mudaria. Ao final da aula a professora mostra as macroformas de transição do Brasil colonial para o Brasil independente.

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