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Retrospectiva Histórica do Processo de Globalização Financeira

Por:   •  1/7/2019  •  Resenha  •  1.629 Palavras (7 Páginas)  •  129 Visualizações

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Fichamento: MATTOS, A. F. Retrospectiva histórica do processo de globalização financeira. 1998

“O quadro socioeconômico atual mostra acelerada deterioração, mesmo em países que até poucos anos atrás eram considerados países-modelo no que se refere às condições de vida de suas populações.” (p. 43)

“A chamada globalização financeira impede que as medidas de política econômica tomadas no âmbito nacional conduzam as diversas economias dos diversos países a um estágio de pleno emprego e de segurança do trabalho.” (p. 43)

“O objetivo deste texto é o de resgatar as principais modificações ocorridas no sistema econômico internacional nas décadas mais recentes.” (p. 43-44)

“No pós-guerra, a construção de instituições supranacionais destinadas a coordenar as relações comerciais e financeiras entre os países capitalistas foi fundamental para promover um crescimento econômico virtuoso.” (p. 44)

“O estudo dos determinantes daquele período de exceção da História do Capitalismo pode fornecer ensinamentos para o debate internacional que ora se trava em torno da necessidade urgente de recuperar a capacidade de realização de políticas macroeconômicas que tenham por principal objetivo a reversão do caos social que caracteriza os dias atuais.” (p.44)

Bretton Woods: Condicionantes históricos, propostas e adaptações

“As negociações de  Bretton Woods representaram o triunfo dos mecanismos de coordenação e planejamento sobre os ideais de laissez-faire, que tinham sido hegemônicos até o período da Grande Depressão do entre-guerras.” (p. 45)

“Os EUA saíram das reuniões de Bretton Woods com sua posição hegemônica fortalecida. Esta hegemonia se refletia nos mais variados campos: industrial, militar e das finaças.” (p. 45)

“O principal ponto a unir as concepções de Keynes e White era, fundamentalmente, o reconhecimento da falência das forças de livre mercado em sustentar o crescimento econômico (Belluzzo, 1995) e, portanto, a necessidade de criação de uma nova ordem financeira internacional que pudesse disciplinar os movimentos de capitais, a paridade entre moedas e os fluxos internacionais de bens (e serviço).” (p. 46)

“Os mecanismos criados deveriam evitar os dois principais efeitos disruptivos da ordem econômica mundial vigente no entre-guerras, a saber, a extrema mobilidade de capitais entre os países e a adoção de recorrentes desvalorizações cambiais competitivas entre os países como recurso desesperado de defesa contra a depressão econômica que se abatera sobre a maioria deles nas décadas de 20 e de 30.” (p. 46)

“White propôs a constituição de um Banco Internacional e de Fundo de Estabilização que deveriam ter papel destacado na concessão de crédito aos países membros e sugeriu medidas para o ajuste dos países com balanço de pagamentos deficitário pudesse ser feito de maneira gradual.” (p. 47)

“Com este mesmo objetivo, Keynes propunha, ainda, que os países superavitários e os deficitários repartissem os ônus incorridos nos ajustes de balanço de pagamentos destes últimos, para evitar que políticas deflacionárias pudessem espalhar efeitos depressivos por toda a economia mundial.” (p. 47)

“As sugestões feitas por Keynes e White foram contempladas apenas em parte, quando comparadas aos resultados finais definidos pela Conferência.” (p. 47)

“De qualquer forma as propostas de White, embora tenham sido adotadas apenas de forma atenuada, sobrepujaram as de Keynes, especialmente no que se refere aos ônus assumidos pelos países deficitários.” (p. 48)

“A predominância das sugestões de White reflete a hegemonia americana naquele momento histórico crucial.” (p. 48)

“Deve-se destacar, contudo, que o Acordo de Bretton Woods construiu um notável arcabouço institucional que, dentro das condições históricas e políticas dos anos que a ele se seguiram, permitiu desobstruir o fluxo internacional de mercadorias, através da eliminação de medidas protecionistas entre os países.” (p. 48)

“A moeda americana emergia do Acordo de Bretton Woods com a dupla função de moeda de crédito (fornecendo liquidez para a atividade econômica internacional) e de referencia de valor para as reservas monetárias mantidas pelos países.” (p. 49)

“É neste contexto que surge um importante fator de estímulo aos crescimento da economia mundial que vem “de fora” dos mecanismos concertados em Bretton Woods.” (p. 49)

“Trata-se do Plano Marshall, cuja implementação só pode ocorrer por causa dos determinantes políticos internacionais estabelecidos pela Guerra Fria.” (p. 49)

O ciclo expansivo

“O Plano Marshall, lançado em julho de 1948, reverteu a situação deficitária em que se encontravam os países europeus no imediato pós-guerra e gerou recursos para que eles pudessem superar sua carência em bens de capital, alimentos e matérias-primas através de importações junto aos EUA (Van der Wee, 1987).” (p. 50)

“O Plano Marshall representou, portanto, uma extraordinária injeção de liquidez nos países europeus ocidentais, que, impulsionada pelas desvalorizações das moedas nacionais destes países em relação ao dólar em 1949, estimulou uma intensa recuperação da produção, da renda e do emprego.” (p. 51)

“Outro ponto importante de estabelecimento de expectativas favoráveis aos investimentos no setor produtivo estava ligado ao papel assumido pelo Estado.” (p. 52)

“O keynesianismo e a nova hegemonia ideológica definida nos Anos Dourados não só tomava como legítima a atuação do Estado para o desenvolvimento econômico como colocava como fator essencial para a consecução dos objetivos de pleno emprego.” (p. 53)

“O clico expansivo recuperou a capacidade de arrecadação do Estado e permitiu que os eventuais déficits fossem sendo continuamente cobertos pelo próprio movimento de expansão econômica.”  (p. 53)

“A forma como se deu a concorrência entre as empresas no ambiente monetário-financeiro criado também teve um papel fundamental para o ciclo expansivo, fundamentalmente porque a “guerra de preços” deixou de ser um elemento de ampliação de vendas, conforme reitera BOYER (1995).” (p. 54)

“Neste contexto, teve papel importante a elevada elasticidade do crédito, ampliando a capacidade de gasto das famílias com consumo de bens duráveis e favorecendo o financiamento dos investimentos diretos.” (p. 54)

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