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Uma Visão de síntese da perspectiva geográfica

Por:   •  30/11/2017  •  Resenha  •  1.062 Palavras (5 Páginas)  •  207 Visualizações

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Universidade Federal de Santa Catarina

Centro de Ciências da Educação

Disciplina Metodologia do Ensino de Geografia

Professo Orlando Ferretti

Acadêmico(a): Lucas Pellegrino
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA : PONTCHUSKA, Nidia Nacib. Para ensinar e aprender Geografia §- / PAGANELLI, Tomoko Iyda, CACETE Núria Hanglei - 3ª Ed. - São Paulo: Cortez, 2009. - (Coleção docência em formação. Série Ensino Fundamental)

Uma visão de síntese da perspectiva geográfica.

          O texto "Para ensinar e aprender Geografia" de Nidia, Tomoko e Núria trás uma concepção da geografia e sua evolução e aplicação ao longo do tempo, e como ela busca entender as múltiplas dimensões da nossa realidade social, natural e histórica.
         As autoras apontam uma analise possível no cenário do ensino e aprendizagem de como a geografia se aplica em contextos socioculturais distintos, as autoras seguem dizendo que conteúdo e método mesmo não se tratando da mesma coisa, são essenciais para educação. O professor de geografia devera fazer a escolha de qual método melhor lhe encaixa, seja ele participativo ou passivo-reflexivo. A abordagem do desenvolvimento feita pelo professor deverá ser fundamental para a coerência da opção teorico-metodologica para a educação geográfica dos alunos, visto que esse debate sobre que tipo de linguagem será usado em sala de aula é muito pertinente hoje em dia.
Na formação e aprendizado do aluno é essencial o domínio da leitura do espaço por meio da observação espontânea para a compreensão das cidades e bairros e tudo aquilo que é circunscrito na realidade do estudante.
        As autoras atestam uma problemática em que geografia uma vez que consolida-se como ciência no final do sec XIX, surge então um axioma de natureza divergente. O primeiro problema se dizia respeito a sua ligação estreita com a Historia da qual era servidora, o outro problema se dizia respeito a relação entre homem e natureza. Marx, ja nessa época analisava o sistema em ascensão, o capitalismo, em que segundo ele o homem acabava transformando o meio ambiente em uma matriz de acumulação de capitais, isso sem levar em conta os danos sociais e ecológicos por esse processo decorrente. Porém as autoras ressaltam que essa analise de Marx não teve muita influencia sobre os geógrafos alemães tal como Ratzel que afirmava que o progresso da humanidade só seria obtido com o maior uso dos recursos naturais, ao passo que uma sociedade só poderia crescer com a ampliação do seu território. Ratzel erroneamente defendia também o darwinismo social que se fundamentava na idéia de que o individuo mais forte prevaleceria sobre os mais fracos. Esses ideiais defendidos pelas empresas na época levaram seu patrono a fazer escola e propagar pela Alemanha e EUA.
           As autoras criticam Ratzel por ele diminuir o homem ao "nivel animal" considerando então que o homem agiria por um suposto instinto predatório,  pois ele não considerou as qualidades especificas do individuo. Ratzel ainda propõe um metodo de trabalho que concebe o estado como protetor e responsável pelo território nacional, assim foi fundada a escola determinista de geografia, a qual considera que as condições naturais determinam a historia,  e que o homem é produto do meio.

No cenário de pesquisa e desenvolvimento da geografia no Brasil, as autoras citam a fundação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo em 1934 e o departamento de Geografia em 1946, que teve sem duvida um papel essencial na formação de licenciados para o ensino da disciplina ja que antes da criação da mesma, os professores de geografia eram em sua maioria advogados, engenheiros e seminaristas. Isso foi essencial pra difusão de uma geografia cientifica pois até então o conteúdo ministrado no ginásio era apenas nomenclatural, na qual os alunos aprendiam apenas a nomeação de montanhas, rios serras, totais demográficos e etc.
         Nesse cenario, as autoras citam Delgado e Carvalho ele que vem a criticar de maneira incisiva aquela geografia que era ensinada aos alunos de maneira robótica e sistêmica, de apenas memorizar divisões políticas sem fazer uma reflexão teórica sobre a geografia como ciência.
         Por isso a FFCL teve um papel fundamental nesse cenário pois possibilitou uma melhor formação acadêmica para os licenciados, tendo esses uma importante função de transformar o espaço cultural na educação de base brasileira.

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