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Urbanização Em Áreas De Mananciais Na Cidade De Arapiraca/Al

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Por:   •  25/3/2015  •  5.688 Palavras (23 Páginas)  •  728 Visualizações

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Urbanização em Áreas de Mananciais na cidade de Arapiraca/Al

Angela Maria dos SANTOS

Angela Maria Araújo LEITE

Graduada em Geografia pela Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL –

Mestre em Geografia – angeleite@bol.com.br - UNEAL

Resumo:

O texto é fruto de um trabalho de conclusão de curso e aborda as consequências advindas da urbanização em áreas de mananciais na cidade de Arapiraca, estado de Alagoas, através do estudo de caso no Lago da Perucaba e Bosque das Arapiracas, visando analisar e mensurar as consequências advindas da urbanização, buscando refletir sobre os resultados e apresentando possíveis soluções. O processo de urbanização na cidade de Arapiraca vem seguindo os mesmos moldes das grandes cidades brasileiras, onde a população de baixa renda tende a ocupar áreas inadequadas para moradias, especialmente próximas de mananciais. Metodologicamente, utilizou-se a revisão teórica a respeito do crescimento das cidades, do processo de urbanização brasileira e do urbanismo arapiraquense, planejamento urbano, paisagens, dentre outros. Utilizou-se ainda, a análise de documentos públicos, a exemplo do IBGE e da Prefeitura Municipal de Arapiraca e entrevistas com a população residente no entorno e transeuntes. Foram analisados os efeitos positivos e negativos da urbanização em áreas de mananciais, tendo em vista o aumento progressivo de grandes projetos para a revitalização do espaço urbano arapiraquense. Conclui-se que é necessária a definição de critérios ambientais adequados, a serem estabelecidas de acordo com estudo e diagnóstico das características físicas, biológicas e antrópicas específicas de cada região a ser trabalhada.

Palavras-chave: Ocupação, Políticas públicas e Paisagem.

Introdução

Com o processo de urbanização das cidades de maneira acelerada, desordenada e não planejada provoca um elevado aumento dos problemas ambientais e sociais. Um dos problemas mais graves já verificados é a questão da mudança das paisagens nos mananciais tem provocado sérios danos à população. Nesse sentido podemos verificar várias mudanças, algumas positivas e outras negativas e que o mesmo vem afetar tanto o meio ambiente quanto a população da área, isso contribuindo numa transformação da configuração do espaço e na alteração da paisagem local.

A transformação dos mananciais traz consigo uma nova configuração espacial, novo uso do espaço apropriado e uma determinada dinamicidade que antes era inexistente, além de transformar a qualidade de vida da população residente e de transeuntes, sendo necessário fazer alterações em mananciais e mexendo na configuração geográfica.

De um modo geral, não se pode negar que foi muito favorável à construção de diversas paisagens mesmo que sejam temporárias ou não, essas paisagens contribuíram em larga escala para o aceleramento e crescimento do espaço que antes era apenas uma imagem sem utilização e que hoje é um lugar bastante habitado e explorado pelo homem de maneira tecnológica.

Por outro lado, as transformações dos recursos da natureza nos trazem novos propósitos socioculturais favoráveis ao convívio de um modo geral. É importante ressaltar que o estudo de ocupações em lugares impróprios próximos a mananciais também faz percebe com mais cautela sobre os diversos aspectos que uma simples ação por parte de qualquer que seja o indivíduo pode influenciar negativa ou positivamente no ambiente.

Segundo Carlos (2005, p. 28),

A relação cidade e natureza, com o crescimento da urbanização vai se tornando cada vez menor, e a degradação se torna comum nas grandes cidades, pois não houve nenhum tipo de planejamento que ressaltou a importância do meio ambiente, e vida urbana ficou atrelada a infra-estrutura da cidade. O desenvolvimento histórico produz um espaço a partir da unidade dialética homem-natureza. CARLOS (2005, p. 28).

De acordo com os primeiros levantamentos realizados pelo Censo Demográfico 2010 realizado pelo IBGE, o município de Arapiraca possuia uma população de 212. 216 habitantes, sendo que 82% residem na Zona Urbana e 18% na Zona Rural. Com relação à dinâmica de seu desenvolvimento, dois fatores chamam a atenção na evolução populacional do município. O primeiro diz respeito ao significativo crescimento verificado entre os anos de 1960 a 1991. Em 30 anos Arapiraca triplica o número de habitantes e atinge uma taxa média geométrica de crescimento anual, no período 1960/70, de 5.83%, superior a do Nordeste, 2.40% e a do Brasil, 2.89%. O segundo é revelado, principalmente, a partir da década de 70 e está ligada a evolução de forma ascendente de sua população urbana, concentrada na sede municipal.

Segundo o Plano Diretor do Município de Arapiraca a mesma possui 38 bairros que compõe o perímetro urbano com destaque para os bairros: Brasília (15.617), Primavera (12.625) e Canafístula (9.927) habitantes. Os bairros aqui pesquisados estão com: Senador Teotônio Vilela (3.319) e o Manoel Teles com (8.854), devido à grande concentração populacional dados esses extraídos do censo de 2000.

Logo podemos afirmar que o processo de urbanização de Arapiraca aconteceu de forma gradual e consistente, o êxodo rural teve um papel fundamental nesse contexto. Com uma ótima centralização no Estado de Alagoas recebeu e recebe pessoas advindas do Agreste, Sertão Alagoano e dos Estados circunvizinhos. Com isso a urbanização não se apresenta de forma não planejada, gerando os tradicionais problemas urbanos e a desenfreada intervenção do homem sobre a natureza urbana.

O tecido urbano da cidade hoje é bastante fragmentado, com grandes vazios urbanos contribuindo para o aumento da dívida social, ao excluir e afastar em direções periféricas, quase sempre sem infraestrutura, sem transporte e equipamentos sociais urbanos e isso faz com que as famílias de baixa renda façam apropriações indevidas.

1 . Características hidrográficas do município arapiraquense

O território municipal é drenado por mananciais de águas de superfície representados pelas bacias hidrográficas: rio Piauí, do rio Coruripe, do rio Perucaba, sendo a primeira pertencente à vertente atlântica e a segunda, vertente do rio São Francisco, e pequena parte do riacho salgado, afluente do Rio Traipu, sendo este intermitente e também contribuinte do rio São Francisco.

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