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A Analise Documental - Suetonio

Por:   •  8/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.522 Palavras (7 Páginas)  •  276 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

ANTÔNIO VINÍCIUS ROCHA SOUSA

ANÁLISE DOCUMENTAL

PICOS

2019

ANTÔNIO VINÍCIUS ROCHA SOUSA

NERO: SUETÔNIO

Trabalho de graduação apresentado à disciplina de História Antiga do Curso de Licenciatura em História pela Universidade Federal do Piauí.

Orientado pelo Prof. Dr. José Petrúcio

PICOS

2019

INTRODUÇÃO

    Esta analise documental tem como objetivo a exposição de informações sobre o autor Suetônio. Serão tratadas as características sobre sua vida e sua didática como escritor, em especial na sua obra ‘Nero’, que foi o objeto da minha análise.

    De início tratarei da vida do autor e seu modo de escrita, e também a forma com que ele se referia ao seu objeto de estudo. Logo depois explanarei a imagem que foi construída a respeito dos imperadores para uma melhor compreensão sobre o modo de vida de Nero. Com isso, farei uma pequena amostra sobre a obra de Nero, as principais características do imperador e o entendimento do autor acerca do imperador em questão. Para finalizar, tentarei explanar as consequências com que Nero teve que arcar por conta de seus atos impiedosos na visão do autor.

SUETÔNIO

    De acordo com as fontes que pesquisei sobre Caio Suetônio Tranquilo, concluí que ele nasceu na cidade de Roma por volta do ano de 69 d.C. e veio a falecer no ano de 141 d.C. Segundo as fontes, Suetônio teria iniciado sua vida adulta advogando nos tribunais de sua cidade natal, muito em razão da sua amizade com Plínio, que era bastante influente na sociedade romana. Ele teria sido influenciado por uma obra de Plínio, na qual o mesmo fala sobre Trajano, caracterizando-o como um bom governante, cujo autor influenciou bastante a Suetônio com seus textos de cunho moral, este último tendo sido além de advogado, um profundo conhecedor de retórica e também um professor de gramática. Na sociedade romana assim como na contemporânea, era de suma importância a proximidade e amizade com pessoas influentes, meio em que Suetônio se saiu muito bem se tornando tão influente que o mesmo virou o intermediador entre as cartas do imperador e a província.

    Escritor romano, Suetônio escreveu sobre a vida dos gramáticos enquanto foi diretor de bibliotecas, onde teve acesso a obras antigas. Em uma parte da sua vida, Suetônio foi nomeado como um dos secretários imperiais, nomeação essa que o concedeu o estrito acesso aos documentos imperiais que foram utilizados por ele como embasamento para seus estudos. Ele discorre sobre como era a vida dos seres vivos onde há o destaque para a sua profunda parcialidade diante dos relatos na medida em que se interessou demasiadamente pela figura dos imperadores romanos.

    A respeito de seus escritos, produzidos principalmente em seus horários livres dos deveres públicos, mostra-se um estudioso dos costumes da sociedade em que viveu, onde são detalhadas as principais personagens de seu tempo. O autor não titubeou em pôr à mostra as intimidades da nobreza de Roma, oferecendo aos leitores uma visão mais próxima dos atos dos imperadores e das inimizades que circulavam pela corte romana, tendo suas obras uma importância crucial até os dias de hoje para o entendimento da Antiguidade Clássica.

    Suetônio era de família militar, sendo um profundo defensor do exército e de seu papel na sociedade. O autor não é um testemunho ocular aos fatos sobres os quais escreve, visto estar inserido na dinastia dos Antônimos, sob o governo do imperador Adriano, cerca de 100 anos após os fatos sobre os quais discorre onde abordava sobre o poder imperial e como o mesmo era pensado.

IMPERADORES

    As imagens a respeito dos imperadores, assim como a maioria dos relatos históricos, são formadas pela elite, onde mesmo as obras de cunho moral se submetiam ao modo de pensar aristocrático que julgavam os imperadores serem bons ou ruins, sendo isso uma maneira de concentrar o poder sempre na parte rica da sociedade romana. Os maus avaliados eram os que não davam assistência ao senado e não negociavam com a aristocracia enquanto que o bom imperador era o que dialogava e se rendia ao senado.

NERO

    Na busca pela construção da imagem de um mau imperador, Suetônio usou de todos os artifícios e uniu um conjunto de elementos, onde não se sabe se as informações a seguir são de fato verdadeiras, visto que apenas esse autor afirma tais características.

    Segundo Suetônio, o imperador Nero, que pertencia à dinastia Júlio-Cláudio, já possuía antepassados de má conduta no governo e deixa transparecer que o mesmo viria a acontecer com ele como se observa no excerto: “Embora Nero tenha degenerado as virtudes de seus antepassados, contudo, reproduziu os vícios de cada um deles, como se os tivesse herdado de sangue.” (SUETÔNIO, 2009, p. 70), onde fica claro que da mesma forma dos seus ancestrais foram titulados como maus governantes, o mesmo viria a ser também.

    O autor fala sobre o avô de Nero, descrevendo-o como um homem de natureza cruel,  que foi nomeado cônsul em meio a muitas intrigas. Não obstante, seu filho (pai de Nero), herdou os mesmos traços de seu pai. Filho de Antônia, o mesmo esmagou a cabeça de uma criança e matou um de seus libertos apenas por não aceitar beber como ele mandou, comprovando ser um homem de tremenda crueldade que morreu em Pirgo, vítima de Hidropísia, deixando sua mulher grávida de Nero, que nasceu 9 meses depois da morte de Tibério. O autor destaca que desde sua jovialidade Nero já demonstrava ser arrogante e maldoso conforme observado no trecho em que o mesmo classifica como sendo de natureza feroz, que matou sua própria tia a fim de agradar sua mãe.

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