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A Cidade Antiga

Por:   •  3/5/2017  •  Resenha  •  1.515 Palavras (7 Páginas)  •  298 Visualizações

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Introdução

        Ao analisar a obra A Cidade Antiga, procuramos responder todas as questões norteadas solicitadas em sala de aula da maneira como vimos no texto. De fácil leitura, sua análise exigiu momentos de inteira concentração e contínuos debates entre os componentes do grupo, afim de chegarmos a um denominador comum em que Fustel de Coulanges tentou nos passar.

        Optamos por dividir a obra em três partes: em Fustel de Coulanges e Sua Obra colocamos pequenas informações a respeito do autor, dados de produção, público a que se destina, etc. Na segunda parte, A Trajetória de uma Civilização através do Culto Religioso, mostrando a periodização da obra, a análise das fontes, a hierarquização das idéias no contexto, etc. Na terceira parte, A Visão de História, procuramos mostrar como o autor vê e se relaciona com o tempo da narrativa, as disparidades observadas e dos aspectos desse tempo.

Fustel de Coulanges e sua obra

        Em “A Cidade Antiga”, publicada pela primeira vez em 1864, Fustel de Coulanges analisa de forma revolucionária a evolução política e social dos antigos estados da Grécia e de Roma, rompendo com a escola romântica de pesquisa histórica, Fustel propõe uma abordagem científica, valorizando o testemunho de fatos fornecidos pelos textos da época e pelas tradições. Fustel nasceu em Paris a 18 de março de 1830 e faleceu em 12 de setembro de 1889,  era um historiador reconhecido por seu trabalho sério.  

        A Cidade Antiga foi publicada no século XIX, onde estava ocorrendo a Revolução Industrial, onde a urbanização nos grandes centros como a França passava por uma transformação em seu cotidiano , pois a partir de 1860 com a 2º Revolução Industrial a França começa um processo intenso em sua economia, sociedade e cultura, onde o Marxismo estava presente no contexto dessa sociedade.  

        Essa obra foi traduzida por Jean Melville, pela editora Martin Claret, onde essa tradução foi transcrita exatamente como na sua edição original, preocupou-se em transmitir ao leitor todas as linhas de pensamento desse autor, não deixando o leitor em dúvida de fatos.

        Fustel de Coulanges, tinha uma preocupação de como comprovar os fatos que colocará em seu livro, sempre certificando-se da exatidão de datas para que o leitor não tivesse uma leitura falha, onde poderia-se tornar quase que irreparável para uma leitura dinâmica e de comprovações, fazendo com que o homem reflita sobre sua existência e sua importância perante a sociedade na qual vive.

        Essa obra foi divida em cinco livros onde divide-se em: Livro Primeiro – Crenças Antigas (onde esse subdivide-se em quatro capítulos); Livro Segundo – A Família (onde esse subdivide-se em dez capítulos); Livro Terceiro – A Cidade (onde esse subdivide-se em dezoito capítulos); Livro Quarto –  As Revoluções (onde esse subdivide-se em treze capítulos) e Livro Quinto – Desaparece o Regime Municipal (onde esse subdivide-se em três capítulos). A Cidade Antiga é uma fonte ativa.

A linguagem empregada pelo autor foi simples e de fácil acesso, onde seu público era restrito, pois era um circulo de intelectuais, por isso diz-se que essa obra foi tão pouco lida, infelizmente naquele momento de produção dessa obra o autor , transcreve essa em tempos de revoluções onde o homem só estava preocupado em trabalhar e especializar-se para conseguir algum emprego, pois instalavam-se grandes indústrias que precisavam de mão de obra,  nisso  o homem não teria tempo para leituras, apenas tempo para produzir). Essa narrtiva é em ordem cronológica, mostrando fatos e afirmando-os com comprovações onde o autor mostra sua veracidade.

A trajetóra de uma civilização através do Culto Religioso

O autor expressa nesse livro o culto aos mortos e a transformação da religião, primeiramente cultuada pela família (onde seria o culto primitivo ou culto doméstico), posteriormente cultuada pelo povo, há uma imensa transição até a chegada do cristianismo. Nesse contexto podemos dizer que o culto aos mortos, no seu princípio era extritamente feito pela família, onde essa cultuava seus antepassados (acreditavam que esses fossem deuses), também acreditavam que a alma ficaria junto ao corpo, e estando perto de entes queridos, esses iriam protegê-los. Acreditavam também no fogo sagrado, mas esse seria também seus antepassados (ou um deus, que traria prosperidade para dentro de sua casa, junto a sua família, esse jamais poderia se extinguir, do contrário traria maus agouros para esse lar). Através desses cultos, a vida em sociedade era somente a família, mas através desse mesmos esse foi se expandindo até formar as gens, depois as cúrias chegando a seu apogeu com as cidades, onde essas ainda cultuavam esses mesmos deuses, mas agora estrangeiros, ou vizinhos poderiam participar das orações e oferendas feitas a tais divindades.

“(...) A cidade havia sido fundada sobre uma religião e constituída como uma igreja. Daí a sua força; daí também a sua onipotência e domínio absoluto que exercia sobre seus membros(...)” ( Fustel de Coulanges , A Cidade Antiga, Martin Claret, 2005 , pag 248) Isso mostra como o homem era doutrinado pela religião , ele era dominado não pelo governo , mas sim por uma potência religiosa que estabelecia todas as regras que um cidadão deveria cumprir . Em uma outra passagem dessa obra “(...) Nada de mais forte existiu que essa cidade, que tinha em si mesma a sua religião, seus deuses protetores e seu sacerdócio independente , que dominava tanto a alma como sobre o corpo do homem (...)” essa passagem comprova a superioridade da religião perante o homem .

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