A Colonização Dos Estados Unidos

A colonização dos Estados Unidos

A história da colonização dos Estados Unidos da América começa quando os exploradores europeus desembarcam no lado norte do continente americano. Com a chegada dos europeus os Estados Unidos passam a serem colônias da Inglaterra. Os colonos ingleses, fugindo de perseguições religiosas, levaram a cultura britânica para o continente americano, criando as colônias de povoamento. As primeiras expedições, comandadas por Walter Releigh em 1584, 1585 e 1587, fundaram uma pequena colônia, denominada Virgínia, mas não deu certo devido à reação dos indígenas. À medida que as perseguições se intensificavam na Inglaterra, o fluxo migratório em direção a América do norte aumentava. A ocupação territorial se fez da costa atlântica até os Montes Apalaches. No final do século XVIII, quando ocorreu a independência, eram treze as colônias inglesas que podem ser agrupadas em colônias do norte: New Hampshire, Massachusetts, Rhode Island e Connecticut. Colônias do centro: Nova York, Nova Jersey, Pensilvânia e Delaware e as colônias do sul: Maryland, Virgínia, Carolina do norte, Carolina do sul e Geórgia. As primeiras colônias que a Inglaterra tentou estabelecer, não tiveram sucesso. Entre as razões que provocaram esse resultado, destacam-se o rigoroso inverno, as constantes batalhas com os índios e a falta de suprimentos. Com a independência das treze colônias surgiu um novo país, os Estados Unidos, isso se deve a exploração das colônias feitas pelos ingleses. A burguesia começou a ver a América como uma fonte de matéria prima e um bom mercado consumidor. A coroa inglesa queria controle total e o direito da manutenção dos indígenas nessas áreas.

A economia das colônias era feita de matérias-primas produzidas no centro-norte com os trabalhadores especializados, muitos foragidos da metrópole onde propiciaram um desenvolvimento artesanal e manufatureiro. A economia voltada para a exportação fez predominarem os latifúndios de produtos tropicais e ditou a opção pela mão de obra escrava e trabalhadores livres. As colônias eram administradas por um governador escolhido pelo parlamento inglês e por uma assembleia local, com representantes escolhidos pelos colonos. A guerra dos sete anos causara um enorme déficit nas contas do governo inglês, que decidiu que os colonos deveriam contribuir para a sua solução. O parlamento britânico aprovou a Lei do Açúcar em 1764, pela qual o produto pagaria taxas elevadas caso não viesse das possessões britânicas do caribe, prejudicando por isso os comerciantes das treze colônias que o compravam de outras regiões antilhanas. A lei do Selo em 1765, determinou que todos os documentos e publicações coloniais tinham de ser selados, o que implicava elevações de preços. Em reação os americanos negaram-se a pagar esses impostos, alegando que sem representação dos colonos não haveria pagamento de tributos. Representantes dos colonos reuniram-se no primeiro congresso continental da Filadélfia, em 1774, exigindo a revogação das medidas coercitivas e boicotando o comercio com a Inglaterra. O congresso não tinha conotação separatista os colonos lutavam por igualdade de direitos, pois se consideravam cidadãos britânicos residentes fora da Inglaterra.

Diante da repressão inglesa e das posições irreconciliáveis, o congresso optou pela independência. Thomas Jefferson liderou o grupo que redigiu a declaração da Independência, em 4 de julho de 1776. Ela expressava ideais de liberdade e igualdade, além do direito de rebelião contra o autoritarismo, embora não entendesse seus benefícios a negros e índios. Em 1781os ingleses foram derrotados na batalha de Yorktown e acabaram reconhecendo a independência dos Estados Unidos pelo Tratado de Paris, assinado em 1783. Os franceses receberam o Senegal e recuperaram parte das Antilhas, e os espanhóis recuperaram a florida perdida na Guerra dos Sete Anos. A constituição dos Estados Unidos da América foi aprovada e promulgada em 1787. Washington foi eleito presidente dois anos depois, para um mandato de quatro anos, e reeleito para o mesmo período. Com a constituição passava a vigorar um contrato social gerido pelo congresso eleito por voto direto e dividido em senado e câmara dos representantes, uma corte suprema, um presidente eleito por voto direto e referendado pelo colégio eleitoral e ministros responsáveis perante ele. No entanto com a adoção do voto censitário, só os mais ricos votavam. Comerciantes, industriais e grandes fazendeiros não desejavam compartilhar o poder com escravos e trabalhadores livres. A independência dos Estados Unidos estimulou o liberalismo na Europa ocidental, onde ocorreram manifestações contra o absolutismo.

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