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A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Por:   •  27/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.480 Palavras (10 Páginas)  •  92 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO        2

2 DESENVOLVIMENTO        3

3 PROPOSTA DE TRABALHO DOCENTE        8

4 CONCLUSÃO        10

REFERÊNCIAS        11


  1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem a intenção entender  o que é ensino-aprendizagem na  modalidade Educação de Jovens e Adultos, fatores sociais e históricos que ocasionaram a busca pelo ensino fora da idade própria, a função social da escola como agente deste processo, a importância da utilização de técnicas como o  desenvolvimento e o planejamento didático de metodologias de ensino direcionadas para este grupo, a possibilidade de formação especializada de pedagogos para atuar nesta modalidade de ensino.


  1. desenvolvimento

Uma modalidade de ensino que passou por diversas transformações, e por muitos processos econômicos, sociais e culturais. A educação direcionada para Adultos é relatada desde o processo de colonização, com  a chegada dos padres jesuítas, em 1549. Sua principal intenção era a catequização e “instrução” de adultos e adolescentes, tanto indígenas quanto colonizadores. Por outro lado a Coroa Portuguesa com o objetivo de formação de trabalhadores para servirem como serviçais da corte e para cumprir as tarefas exigidas pelo Estado. Como os jesuítas estavam a serviço da fé, contrariando o interesses econômicos de Portugal, os mesmos foram expulsos em 1750. A partir daí a educação de jovens e adultos ficou inerte por longos anos.

Um fato muito revoltante foi a retirada do direito ao voto em 1881, pois além do governo não proporcionar a oportunidade de alfabetização a população, ainda usa esta ausência de direito, para a retirar mais outro direito, que é a participação na escolha de seus governantes. Já marginalizados do processo educacional por fatores econômicos e sociais,  esta parcela da população que na época era bem considerável, agora estava mais afastada da sua cidadania, porque eram vistos como incapazes para gozar do direito ao voto, porém não de seus deveres. Somente 104 anos depois de muitas lutas esta parcela da população pode novamente escolher seus governantes. A história da educação demonstra que somente a elite da época e que tinha acesso a escola. A educação era tratada com um certo desinteresse pelo ente político, mantendo assim uma minoria privilegiada com domínio sobre a maioria de desfavorecidos.

Ideias sobre educação começaram a surgir a partir da Primeira Guerra Mundial, onde políticos e intelectuais, qualificavam o analfabetismo como vergonha nacional, visto como o resultado de um povo submetido a injustiça e a desigualdade. Uma campanha para a erradicação do analfabetismo, surge nesse cenário de primeiros “profissionais da educação” com a proposta de um ensino de qualidade. Após Segunda Guerra Mundial e do Estado Novo, surgem as primeiras políticas públicas nacionais destinadas à instrução dos jovens e adultos porque no Brasil os índices de analfabetismo eram altíssimos, mais da metade da população com 15 anos ou mais. Este fator direcionou Campanhas para a Educação de Adolescentes e Adultos. No final dos anos 50, inúmeras críticas foram dirigidas à estas campanhas, devido ao caráter superficial deste tipo de aprendizado por motivo do tempo ser muito curto sem considerar a individualidade e a cultura regional destes adultos. Aqui começa a preocupação não só da alfabetização, mas também em gerar novos métodos para esta proposta, que em sua maioria adotaram a filosofia e o método de alfabetização proposto por Paulo Freire. Em 1964 a educação sofre um novo blecaute, pois esteve submetida ao regime militar servindo de instrumento para o controle da população. Intelectuais e seus projetos de uma educação libertadora, foram as primeiras vítimas da famigerada fúria da repressão gerada pela ditadura militar, eram vistos como suspeitos de ideias subversivas “comunistas”. Professores e estudantes universitários foram expulsos das instituições de ensino. Interventores eram nomeados, considerando suspeitos de subversão, todos os candidatos ao magistério e todos os professores, até que provassem o contrário. Com a democracia, novamente movimentos educacionais de base, traziam em suas pautas, a alfabetização vinculada à problematização e conscientização da população sobre sua realidade de vida e de sua participação como agente de transformação dessa realidade.    

No Brasil, o mercado de trabalho ficou bastante concorrido nas últimas 2 décadas, motivo este que faz com que um numero crescente de  pessoas busquem se qualificar e estudar. Muitas nunca frequentaram a escola ou não conseguiram completar seus estudos, por motivos como a necessidade de desenvolver uma atividade remunerada para auxiliar no sustento da família, ainda que em idades precoces. Com esta rotina, o cansaço físico e a sobrecarga de responsabilidades acaba resultando em desinteresse e dificuldades de aprendizagem, outro fator  que pode ser apontado são localidades de difícil acesso, escolas muito distantes ou mesmo a sua inexistência, sem falar na falta de motivação do grupo familiar, dentre outros fatores.

Vóvio (2004), ao refletir sobre o analfabetismo e a baixa frequência de brasileiros nas escolas, afirma que passos fundamentais com o intuito de reparar esta dívida social foram dados no aspecto legal, tais como: o direito à educação para todos pontuado na Constituição Federal de 1988, as metas de erradicar o analfabetismo, apresentadas pelo Plano Nacional de educação, e a garantia de atendimento a jovens e adultos no ensino fundamental e médio.

O Ensino de jovens e adultos, é uma excelente proposta para quem quer ingressar novamente aos estudos, por ter conteúdos e horários mais flexíveis, geralmente as aulas ocorrem em horário noturno possibilitando o ingresso de alunos que trabalham em jornadas integrais, o ensino fundamental é dividido em quatro períodos, podendo ser concluído em dois anos. Já o ensino médio tem três períodos e é realizado pelo aluno em um ano e meio. Além da competitividade no mercado de trabalho, a volta a escola, pode estar ligada a uma realização pessoal, a conquista de um direito, a sensação de vencer as barreiras  da exclusão. Somente a educação e capaz de colocar o cidadão como produtor de sua própria história, e não somente como espectador dos interesses dominantes, assim deve ser a educação libertadora. Conforme define os estudos de Paulo Freire, com um legado inspirador de diferentes experiências em uma educação de caráter progressista, “[…] que buscam trabalhar na perspectiva da emancipação social a partir dos oprimidos”.

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