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A EDUCAÇÃO NO PERIODO DA CONTRARREFORMA

Por:   •  29/3/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  674 Palavras (3 Páginas)  •  200 Visualizações

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A EDUCAÇÃO NO PERIODO DA CONTRARREFORMA

Quando fala-se sobre a Idade Média, logo pensamos em uma época em que o pensamento religioso predominava nas mais diversas esferas da existência, sendo todos fenômenos atrelados a desígnios divinos. Dessa forma, a Igreja tinha um total papel social ao influenciar fortemente na forma em que os homens dessa época deveriam compreender a realidade em que viviam. Avançando pelo tempo começaram as especulações sobre outras formas de ver o mundo, surgindo um grande movimento: O Renascimento, que nada mais foi que o renascer da cultura Greco-romana; que acabou por influenciar o humanismo: a razão de tudo deixava de ser TEO= Deus como centro; para HELIO=Homem como centro.

O espírito inovador do renascimento demonstrou-se inclusive na religião, com a crítica extrema à autoridade da igreja centrada no papa. A crise maior da igreja veio à tona no século XVI, com a Reforma Protestante, a qual liderada por Lutero contra as práticas duvidosas da igreja. A reforma atingiu vários aspectos da vida humana, mas um determinante foi a educação. Foram criados os primeiros colégios, pois antes disso a educação de segmentos populares em geral, era apenas à aprendizagem de ofícios. Entretanto a meta dos primeiros colégios não se restringia a transmissão de conhecimento, mas apenas a formação moral do individuo, que inclusive para protegê-los de “más influencias” possuíam rigorosos castigos; a grade escolar baseava-se nos clássicos trivium e quadrivium, ou seja, a educação formal de gramática e retórica. Mas a tentativa de secularização do humanismo não se cumpria na maioria dos casos, os colégios continuavam liderados por ordens religiosas. Criaram-se então pelos leigos, escolas mais adaptadas ao humanismo, onde se ensinava não só a parte física, mas o desenvolvimento da sociabilidade e o autodomínio. Lutero trabalhou para a implantação da escola para todos, com uma distinção: para a classe trabalhadora uma educação primária e para as classes privilegiadas o ensino médio e superior; apesar disso ele defendia a educação universal e pública como responsabilidade do Estado, e de acordo com o humanismo criticava os castigos e o verbalismo da escolástica.

No entanto a igreja ameaçada com a expansão da reforma desencadeou uma forte reação: a contrarreforma, a fim de recuperar o poder perdido; incentivou-se entre outros pontos a criação de ordens religiosas: a Companhia de Jesus, iniciada com Inácio de Loyola (1491-1556) que foi uma grande influência nas escolas tradicionais europeias assim como também na formação do brasileiro. A ordem estabelecia rígida disciplina militar e tinha como objetivo inicial a propagação missionária da fé, e a luta contra infiéis e heréticos. Logo perceberam a intolerância dos adultos, e que o alvo, portanto seriam os jovens, assim foram criadas as escolas, que tiveram enormes repercussões; eram aplicados dois tipos de cursos desenvolvidos pelos Jesuítas a partir de experiências avaliadas: Studia inferiora: letras humanas e filosofia e ciências; Studia superiora: teologia e ciências sagradas. Estudando os antigos autores greco-romanos, mas com um olhar religioso, para evitar desvios pelo livre pensar dos humanistas. Os jesuítas tornaram-se famosos pelo empenho em fazer o colégio local de excelência religiosa, intelectual e moral de crianças e jovens, sendo considerados os primeiros professores, contudo para atingir esses objetivos instauraram rígidas disciplinas. Foram excepcionais em formar de modo amplo o gentil-homem, culto e polido. Duzentos anos depois, em 1759, os jesuítas foram expulsos pelo marquês de Pombal, pois a coroa portuguesa percebeu a dominação dos jesuítas não só no ensino, já não atendiam suas metas que eram: ensinar, catequizar e explorar. A Companhia de Jesus foi acusada nesta época de ultrapassada e decadente pelo ensino universalista e formal o que distanciava os alunos do mundo, tornando-os ineficazes para uma vida prática. Baseado na premissa da insuficiência desse modelo de educação, Pombal tirou o comando da educação das mãos destes e passou para as mãos do Estado, queria que a educação deixasse de ser voltada apena para a formação do homem gentil, para algo mais funcional. Extintos os colégios jesuítas, o governo não poderia deixar de suprir a enorme lacuna que se abria na vida educacional tanto portuguesa como de suas colônias.

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