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A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E ARTE-EDUCAÇÃO NO BRASIL

Por:   •  7/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.595 Palavras (7 Páginas)  •  357 Visualizações

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A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E ARTE-EDUCAÇÃO NO BRASIL

A Educação no Brasil Colonia inicialmente foi dada pelas missões jesuítas com os padres da companhia de Jesus, era destinada a catequese e a instrução dos índios (Oliveira).

Segundo Luiz Carlos Villalta(2) o ensino Jesuíta tinha base nos ensinos de Aristóteles e São Tomaz de Aquino, onde a teologia e as tradições católicas ocupavam o lugar central no ensino, o que divergia a esses conceitos não era enfatizado.

Em 1759 o Marques de Pombal, primeiro ministro do reino de Dom José I, influenciado pelo pensamento iluminista dissolve em todas as colonias e em Portugal as escolas Jesuítas, por um fator de crise entre os colonos e a falta de escravos (OLIVEIRA), mas também pela mudança no pensamento da sociedade portuguesa “uma mentalidade de cunho mais capitalista e empreendedora...”(Villalta). Instituindo um ensino publico, que no Brasil foi chamado de Aulas Régias (OLIVEIRA)

Entretanto no Brasil a substituição do modelo jesuítico pela reforma pombalina foi marcada pela ruptura e trouxe um atraso na educação.

“Contudo, a brusca paralisação do modelo educacional jesuítico, causou um transtorno irreparável na medida em que o espaço de tempo que tivera que esperar a sociedade brasileira para “reiniciar” o modelo imposto por Marquês de Pombal, foi longo. E quando surgiu, surgiu fragmentado, incoerente e esfacelado em substituição ao sistema anterior.” (OLIVEIRA)

“O que sofreu o Brasil não foi uma reforma de ensino, mas a destruição pura e simples de todo o sistema colonial do ensino jesuítico. Não foi um sistema ou tipo pedagógico que se transformou ou se extinguiu sem que essa destruição fosse acompanhada de medidas imediatas, bastante eficazes para lhe atenuar os efeitos ou reduzir a sua extensão...”. MIRANDA (1975: 34)

Segundo Stori é com o Marques de Pombal que o Neoclassissimo se instala em Portugal, esse estilo vem com influências iluministas, mas diferente do sentido revolucionário burguês dos Franceses, os fidalgos portugueses eram fiéis ao absolutismo real e o estilo é seguido como uma tendência estética sem mais aprofundamentos.

Em 1808 devido ao avanço de Napoleão contra Portugal o Brasil sofre uma mudança que segundo Barbosa(1995) difere de outras colônias seja na América do Sul, seja nos demais continentes. Após três séculos de dominação o Brasil passa a ser a capital do reino Português.

Esta mudança da corte faz com que sejam criadas as primeiras universidades no Brasil: Faculdade de Medicina, Direito, Escola Militar e Academia de Belas Artes.

Com a vinda da corte, e um anseio dos portugueses por uma renovação na arte, vem para o Brasil em 1816 as missões Francesas que segundo Barbosa, desconsideram a arte brasileira (barroco brasileiro etc) por uma reprodução da arte burguesa europeia contemporânea.

Barbosa esclarece:

“Aqui chegando, a Missão Francesa já encontrou uma arte distinta dos originários modelos portugueses e obras de artistas humildes. Enfim uma arte de traços originais que podemos designar como Barroco brasileiro. Nossos artistas, todos de origem popular, mestiços em sua maioria, eram vistos pelas camadas superiores como simples artesãos, mas não só quebraram a uniformidade do barroco de importação, jesuítico, apresentado contribuição renovadora, como realizaram uma arte que já poderíamos considerar como brasileira.” (1994, p19).

Stori explica que o modelo francês nas academias de arte foi perpetuado na academia brasileira sem adaptação a nossa cultura. Seguindo esta descrição dada por Wicki:

“Primeiramente, o estudante desenhava a partir de outros desenhos, depois a partir de modelos em gesso e, finalmente, de modelos vivos. Do ponto de vista estético, a Antiguidade, Rafael e Poussin serviam como exemplos e eram obrigatórios. [...] Os temas que podiam ser tratados estavam claramente hierarquizados: num nível mais inferior estavam as naturezas mortas e as paisagens, seguidas pelas representações de animais e de formas humanas: no topo de tal hierarquia encontravam-se as representações de temas históricos, mitológicos e alegóricos.” (WICK, 1989 apud OSINSKY, 2001, P. 38).

Com o a revolução industrial surge em 1870 o Liceu de artes e ofícios de São Paulo com enfoque mais o tecnicista, para formar profissionais para a indústria, e no campo da arte há uma ruptura de modelos, na cidade do Rio de Janeiro algo mais voltado a arte pela arte, pela expressão individual, e em São Paulo pelo desenho geométrico e técnico com função mais prática, baseado na escola americana de Walter Smith com visão para uma arte popular voltada para o Design e a Indústria.

O movimento modernista de 1922 trouxe uma nova visão a arte, que a princípio não era voltada a educação, mas em 1927 traz novas discussões sobre o ensino de arte, contrapõem a idéia de ensino técnico com base na didática de John Dewey:

“...Defendia-se, então, o mesmo princípio liberal de arte integrada no currículo, ou melhor, de arte na escola para todos. Entretanto, enquanto os liberais tinham como objetivo o ensino dos aspectos técnicos do desenho para preparar para o trabalho, a ‘escola nova’ defendia a ideia da arte como instrumento mobilizador da capacidade de criar ligando imaginação e inteligência.” (BARBOSA 2011, p.15)

Segundo Barbosa:

“A contribuição de Mário de Andrade foi muito importante para que se começasse a encarar a produção pictórica da criança com critérios investigativos e à luz da filosofia da arte. O estudo comparado do espontaneísmo e da normatividade do desenho infantil e da arte primitiva era o ponto de partida de seu curso de filosofia e de história da arte, na Universidade do Distrito Federal…. Seus artigos de jornal muito contribuíram para a valorização da atividade artística da criança como linguagem complementar, como arte desinteressada e como exemplo de espontaneísmo expressionista a ser cultivado pelo artista. As atividades das escolas ao ar livre do México parecem ter influenciado grandemente sua interpretação do desenho infantil e sua atuação cultural.” (2011,p.21)

Na década de 30 surge a proposta da Escola Nova que tinha em sua base o texto de John Dewey, e seu maior representante no Brasil foi Anísio de Teixeira. O conceito constituia em se desenvolver uma pedagogia democrática, que simulasse a sociedade, onde expunha o aluno a fazer experiências,

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