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A HISTÓRIA DO BRASIL COLONIAL

Por:   •  25/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.145 Palavras (17 Páginas)  •  220 Visualizações

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS

JOSÉ LUIS CAETANO FILHO

HISTÓRIA DO BRASIL COLONIAL

FERNANDÓPOLIS

2013

JOSÉ LUIS CAETANO FILHO

HISTÓRIA DO BRASIL COLONIAL

Trabalho apresentado sob forma de síntese para a obtenção de conceito na disciplina de História do Brasil Colonial.  

FERNANDÓPOLIS

2013

SUMÁRIO

01        MINERAÇÃO: MINAS GERAIS, ENTRE A OPULÊNCIA E MISÉRIA............................................................................................................03

02        CONCLUSÃO ....................................................................................... 07

03        COTIDIANO E CONFLITOS NA COLÔNIA: VIDA PRIVADA E VIDA PÚBLICA ......................................................................................................... 08

3.1      Socidade colonial .................................................................................. 09

04        CONCLUSÃO ....................................................................................... 11

05        CRISE DO ANTIGO SISTEMA COLONIAL: MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS ............................................................................................ 12

06        CONCLUSÃO ....................................................................................... 13

07        BIBLIOGRAFIA .................................................................................... 13

MINERAÇÃO: MINAS GERAIS, ENTRE A OPULÊNCIA E A MISÉRIA


         O primeiro momento da mineração nas minas gerais, veio em 1663 com Antonio Rodrigues Arzão, que se deparou com um ribeiro que lhe pareceu conter cascalho aurífero, Arzão que já tinha experiência na atividade mineradora paulista, conseguiu extrais três oitavos de ouro, sendo obrigado interromper o trabalho devido aos ataques dos índios da região. Ao voltar a São Paulo comunicou sua descoberta a Bartolomeu Bueno da Silveira, sertanista veterano que já havia encabeçado muitas expedições, Bueno não perdeu tempo organizando uma bandeira e descobrindo ouro em Itaverava.
         Unido ao entusiasmo paulistas mamelucos se lançaram a busca de novos ribeirões auríferos. Levas sucessivas de paulistas se concentraram ao longo dos ribeirões: Miguel Garcia e seus companheiros no Gualaxo do Sul (1694), na mesma época Belchior da Cunha Baregão e Bento Leite da Silva começavam a catar ouro em Itacolomi. A partir de 1698 quando Antonio Dias de Oliveira encontrou as formidáveis minas de Ouro Preto, que começou a ocorrer uma quantidade maior de pessoas às Minas.                        
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         Desesperados, os comandantes recorriam ás autoridades locais reclamando da situação critica, com os soldados das guarnições, que desprezavam o soldo garantido deixavam as praças a mercê de piratas e iam à busca de ouro. A deserção de soldados tomou proporções tão alarmantes que o rei reconhecendo a dificuldade em deter as fugas, que ordenou que todos que fossem capturados tivessem a pena de galés, trabalharem a força na construção de fortificações, já os que não desertassem e fosse bons soldados teriam a licença a cada três meses para irem às Minas buscar seu pouco de ouro. A migração foi tão grande que segundo dados da coroa cerca de 10 mil indivíduos deixaram anualmente Portugal destino colônia nos primeiros 60 anos.
         Nos anos de 1697-98 e de 1700-1 ocorreram crises de fome que chegaram a tingir proporções catastróficas, os mineiros morriam de fome “com uma espiga de milho na mão sem terem outro sustento” como disse o jesuíta Antonil. Devido a essa escassez de alimentos os poucos que chegavam, vinham super inflacionados alcançando preços fantásticos.                    
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          A fome provocou o abandono de arraiais, os moradores que desertavam davam origem a novos arraiais, então as lavras auríferas passaram a ter roças de mantimentos, procurando-se não mais descuidar das plantações e da criação de animais domésticos. Para resolver esse problema de abastecimento das Minas articularam três principais centros comerciais São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Bahia. São Paulo fornecia milho, marmelada, frutas em geral. Rio de Janeiro fornecia escravos africanos, e produtos de luxo como pelúcia, louças, vidros. De Salvador viam os escravos da áfrica e das regiões açucareiras do nordeste. Bahia fornecia animais como o boi, e também roupas, tecido, sal e ferro.                                              
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         As minas eram formadas por dois grupos: o dos paulista, formados pelos descobridores dos primeiro ribeirões; e dos emboabas, que agrupavam portugueses e colonos vindos de regiões outras que não São Paulo, maior parte Bahia. Paulistas se achavam detentores de cuidados especiais e assim hostilizavam os emboabas.                                          
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         Uma série de incidentes fez com que o confronto se tornasse inevitável, em 1707 dois chefes paulista foram linchados por emboabas no arraial novo. Essa confusão envolveu o chefe dos emboabas o Manuel Nunes Viana que desafiou o poderoso paulista Jerônimo Pedroso para um duelo, esse episodio cresceu a raiva entre Nunes e Borba Gato, que era Guarda Mor das Minas.
         Para poder explorar as minas coroa então decide dividir as terras, ela dividia da seguinte forma: a primeira de todas cabia ao descobridor do ribeiro, que tinha o direito de escolher o local; segundo era destinada à Fazenda Real, sendo vendida pelo maior preço em um leilão público; a terceira também era dada ao descobridor para explorá-la e nela efetuar trabalhos de mineração; as demais eram distribuídas entre os pretendentes, conforme o numero de escravos. Quem tinha mais escravos ganhava mais datas.
         Dessa forma a coroa acreditava que fazia uma divisão justa expressa no quinto capitulo do Regimento, constava que se devia agir de modo a que “todos, assim, ricos, como pobres. Fiquem acomodados, e extraiam ouro”. Ouvidor Geral da Comarca do Rio das Mortes notou muitos anos depois que acontecia exatamente o contrario, os ricos fazendo “seleiros de terras minerais, em prejuízo dos Reais Quintos. Não era pobreza dos pequenos mineradores que doía para a metrópole, mas o fato de ser impossível aos pobres pagar pesados tributos.                                                
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         Antonio de Albuquerque foi o primeiro a lançar impostos sobre o ouro, então definiu a cobrança por bateia, onde cada escravo que trabalhasse nas minas devia pagar uma determinada quantia ao Fisco, fazendo que isso correspondesse ao quinto. Esse sistema criou muita revolta, pois pagavam igual aos que extraiam e os que não extraiam ouro, então Albuquerque adotou um novo sistema, onde o quinta era extraído apenas quando deixa a capitania.
         Entretanto nas escondidas os funcionários coloniais proviam tudo para que fosse instala as Casas de Fundição; para onde deveria encaminhar todo ouro em pó, então após serem fundidos era retirado 20% correspondente ao quinto real, e recebiam um carimbo para mostrar que dali já foi retirado o quinto da colônia, então esse procedimento foi nomeado quintar o ouro.
O primeiro grande sinal de insatisfação ante o fisco veio com levante ocorrido em Vila Rica no ano de 1720.                                                                            
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         Mas em junho de 1720 em Vila Rica ocorreu um levante de grandes proporções, articulado pelos principais senhores de lavras da capitania; entre eles Pascoal da Silva Guimarães imigrante que enriquecera com a mineração, e também Manuel Mosqueira da Rosa, antigo ouvidor da Comarca da Vila Rica, e o líder do levante era o minhoto Filipe dos Santos. Dizem que sob sua liderança chegaram a planejar a morte do governador. Após a tragédia de Filipe dos Santos, os mineiros concordaram em pagar anualmente 37 arrobas de ouro. Mas durou pouco em 1725 o novo governador colou em funcionamento a casa de fundição.                                          
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         A estrutura econômica colonial era simultaneamente escravista e mercantil. Como já se viu o critério de concessão para as datas colaborava para a economia fosse mais escravistas, afinal quantos mais escravos mais datas se conseguia, assim monopolizando as terras para os grandes senhores. Par estes senhores o luxo e ostentação, era uma maneira de status, era um instrumento de dominação.                                                                    
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         No final do período minerador senhores se viram impossibilitados de manter tantos escravos, então se tornou comum o recurso da alforria, pois apenas uma pequena parcela de escravos eram designados a atividade domésticas, e com a alforria o senhores se viam livres da responsabilidade de alimentar os escravos. Apesar de toda miséria das Minas a formação social foi menos desigual á de região açucareira, mas essa comparação não é muito justa porque nas minas essa igualdade era nivelada por baixo, uma expressão resume essa “igualdade”; um maior número de pessoas dividiam a pobreza.
         Um dos poucos homens a construírem riqueza através da mineração que me 1739 o João Fernandes de Oliveira conseguiu o mais alto contrato da colônia, ele conseguia extrai quantidades fantásticas de gamas preciosas. Mas para isso ele se usava de meios muito arriscados, fazendo com que seus escravos fossem a lugares perigosos fazer a mineração, alguns por vezes chegavam até morre, fato que pouco importava.                            
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        A camada dominante de funcionários da administração de Minas era geralmente conferida a pessoas de famílias nobres, que apesar do nascimento raramente possuíam fortunas. Por minas ser uma parte muito lucrativa do império seus governantes eram escolhidos com cuidado, o que não os impedia que se entregasse a corrupção.                                                                          
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         A classe intermediaria das Minas eram formadas por pessoa de todas as áreas, nos primeiros tempos praticamente toda a população participava da mineração. Com tem aparece a figura do faiscador, que eram geralmente escravos que cuidavam garimpar a terra já removida.                                        
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Tinha também a figura dos roceiros que era os responsáveis pela plantação de mandioca, feijão, arroz, mas para isso o espaço era muito pequeno, pois toda a terra era usada para mineração, então as poucas terras que sobravam eram disputadas, chegando a alguns casos a morte. É nesse ambiente que ganha espaço a criação de porco, que não precisava de muito espaço e sua criação era muito barata. Outras atividades comuns na região era a de carpinteiros, alfaiates, sapateiros, que em geral eram pobres, há documentos e cartas que mostram que quando eles eram penalizados não tinha condição de pagar sua multa.

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