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A Importância Do Ensino De História

Por:   •  10/10/2023  •  Artigo  •  4.281 Palavras (18 Páginas)  •  29 Visualizações

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REFLEXÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE HISTÓRIA

 

RESUMO

O conhecimento histórico tem como principal objetivo a compreensão dos processos e dos sujeitos históricos, desvendando as relações que se estabeleceram entre os grupos humanos em diferentes tempos e espaços. O ensino de História objetiva a orientar os discentes para a formação de um senso crítico, a fim de discernir as diferentes correntes ideológicas existentes, para que possam tomar decisões e formar uma opinião pautada no conhecimento dos fatos históricos da humanidade pregressa.  Outro intuito do ensino de história é proporcionar às crianças e adolescentes o conhecimento da sua própria história, da sua comunidade, para que possam valorizar a própria identidade cultural, social e até mesmo religiosa. O presente artigo encontra-se organizado em duas partes, onde inicialmente são apresentados a importância do ensino de História e premissas básicas contidas nos Parâmetros Nacionais Curriculares (PCN). Em seguida, partimos para uma contextualização de conceitos aplicados a situação atual do ensino e as questões problemáticas que envolvem o processo de ensino e aprendizagem oriundos dos novos tempos, incluindo a capacidades básicas que são necessárias para um educador atuar como mediador do conhecimento, contribuindo para uma formação de senso crítico perspicaz.  O foco desta argumentação incide na elucidação da importância de se valorizar os conhecimentos históricos, e assim, ressaltar a sua identidade cultural. No decorrer da argumentação, são apresentadas e comentadas algumas das questões problemáticas do tradicional ensino de História, que são: o uso massivo de conceitos em sala de aula e situações problemas oriundos da tecnologia, citando. Para finalizar, acredita-se que este artigo esteja oferecendo um debate saudável, partindo da importância de se estudar e conhecer os dados históricos, permear o contexto histórico social até a importância das habilidades técnicas necessárias para um educador transmitir o conhecimento com o mínimo de interferência possível no posicionamento do discente frente às diversas correntes de ideológicas, permitindo escolhas livres de ideais pré-estabelecidos.

Palavras chaves: Ensino. História. Cultura. Sociedade.

I. INTRODUÇÃO

A palavra História tem origem do grego antigo histoire, que histor possui significado de “testemunha” no sentido de “aquele que vê”; historien em grego antigo é “procurar saber”, “informar-se”, segundo o conceito dado por Le Goff (1996, p. 17).

Na maioria das escolas, o Ensino de História é compreendido apenas como o estudo do passado e antiguidades como o surgimento da escrita, os primeiros meios de comunicação, o modo de vida da humanidade pregressa dentre outros. No entanto, não devemos esquecer que o contexto histórico está sempre em modificação e que o homem é o ser pensante que interage transformando constantemente o seu tempo e espaço.

 A História é a ciência humana básica com a finalidade de compor um pensamento sobre o antepassado da humanidade na formação de um aluno; observando ainda a vida do homem no espaço e tempo, investigando o que os resultados das atitudes que homens fizeram, os meios utilizados e suas consequências, permitindo fazê-lo compreender os fatos para posterior formação de um senso crítico da realidade de sua sociedade em que este indivíduo está inserido.

Estudar história concede noção daquilo que é diferente no mundo e dos processos que foram necessários para a construção de uma realidade atual ou passada objeto de interesse de conhecimento. Essa percepção fica evidenciada nos discursos curriculares onde os anseios e indagações do presente dos alunos seriam o ponto de inicial e não o final de uma produção de conhecimento histórico dentro e fora do ambiente escolar:

O comando das noções de diferença, semelhança, transformação e permanência possibilita ao discente estabelecer associações e, no modo de distinção e análise, adquirir novos aumenta o seu conhecimento sobre si mesmo, seu grupo, sua região, seu país, o mundo e outras formas de viver e outras hábitos sociais, culturais, políticas, econômicas e ideológicos construídas por diferentes povos [...].

A maneira como o ensino de história se dá, deve favorecer com que o aluno assuma papel de real participação na comunidade, definindo os limites e as possibilidades de sua atuação, estadia e o processo de mudança da realidade histórica na qual este, está inserido (PCN, História, 1998, p. 36)

A intencionalidade das percepções trazidas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), visa promover a valorização das ações do indivíduo, não somente no âmbito do passado, mas como também o período presente como edificadoras de sua história. É preciso trabalhar os diversos elementos de ensino, a fim de contextualizar o aluno ao seu ambiente de origem, favorecendo o seu desenvolvimento intelectual, e promover uma visão do passado como algo que possa edificar, assim como pondera Freire (1996, p. 136).

Segundo SILVA e SANTOS ( 2012, p.09), partindo da ideia de que a História reflete também na formação do sujeito, ele vai progredindo em relação aos conhecimentos que aos poucos vão sendo mudados, possibilitando uma transformação da sociedade.

O modo com que os relatos históricos são repassados e entendidos, possibilita a valorização da vida, isto é, em alinhamento com a visão de Durval Muniz de Albuquerque Júnior que

A história, dependendo da forma como é ensinada e entendida, nos leva a valorizar o período presente, trazendo a percepção básica com pujança que temos de viver, não ficando a margem do dos fatos que se passam na vida, procurando nela intervir, trazendo um sentido de harmonia e significado para existência, que não lhe foi dado (ALBUQUERQUE JÚNIOR, 2012, p.35).

                Compreender os fatos ocorridos no passado é crucial e serve como ponto de partida para um cidadão atuar de forma consciente na construção de percepções sensoriais do mundo externo. Para tal, a escola deve construir um conhecimento de significativa relevância para a comunidade e não abrir mão de apontar algo sobre as situações problemáticas contemporâneas (Fernando Penna, 2014, p.51).

                Se observarmos de maneira geral e objetiva os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), notamos a recorrente preocupação da necessidade de construir uma autonomia e um senso de espírito crítico e intelectual dos discentes.

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