A Linha do Tempo da Historiografia

CLARETIANO – CENTRO UNIVERSITÁRIO

LICENCIATURA EM HISTÓRIA

Portfólio 1: Historiografia

Caxias do Sul

2022

Historiografia na Antiguidade

Logógrafos (c. 500 a.C ): Escreviam em prosa e demonstravam um certo espírito crítico apesar de misturar mitos com fatos.

Principal intelectual: Hecateu de Mileto.

Heródoto (484-425 a.C.): É considerado o pai da história e além disso e apontado como o primeiro homem a tentar um estudo objetivo e ordenado dos eventos históricos. Foi autor da história da invasão persa a Grécia.

Tucídides (460-395 a. C.): Apesar de contemporâneo de Heródoto, diferenciava-se deste por privilegiar o uso de fontes não orais. Foi o responsável pelo registro da guerra entre Esparta e Atenas.

Historiografia no Medievo

Eclesiática: De cunho religioso, possuía como principal meta transmitir o conhecimento para a posterioridade através do registro dos principais fatos ocorridos. Entre os nomes importantes estão Eusébio de Cesareia (265-339) e Santo Agostinho (354-430).  

Historiografia nos séculos XVIII, XIX

Iluminismo: Tinha como principais características a disseminação do conhecimento e valorização do uso da razão em detrimento do pensamento religioso. Voltaire (1694-1778) é um exemplo de intelectual relevante no período.

Filologia: Procurava o conhecimento mais objetivos das fontes e melhor compreensão das línguas antigas.

Positivismo Historiográfico: História como fato que existe nos documentos. Entre os nomes importantes está o alemão Leopold Van Rank (1795-1886).

Escola Metódica: Era focada na construção da identidade da nação. Historiador relevante: Gabriel Monod (1844-1912).

Materialismo: Considera a história da sociedade como a história da luta de classes. Karl Marx (1818-1883) é o pensador criador desta escola.

Historiografia no Século XX

Escola de Annales: Dividida em três períodos, teve como objetivo principal suprir a narrativa dos fatos por uma história-problema.

1920-1945: Separação entre os conceitos de história e passado, busca por entender a história do passado e não o passado. Entre os nomes mais importantes estão Marc Bloch (1886-1944) e Lucien Febvre (1878-1956).

1945-1968: Abordagem dos campos sociais, econômico, cultural, geográfico e religioso e suas diversas perspectivas. O nome de Fernand Braudel (1902-1985) é o mais importante do período.

1968 em diante: Conhecida como Nova História, esse período é caracterizado pelo estudo não somente pela História, mas também pela relação com outras disciplinas e estudo das mentalidades. Philippe Ariès (1914-1984) e Jacques Le Gof (1924 – 2014) são exemplos de nomes relevantes.