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A Queda Do Gabinete Olinda

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Por:   •  13/9/2014  •  2.029 Palavras (9 Páginas)  •  208 Visualizações

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A Queda do Gabinete Olinda:

Os eventos ocorrido no cerco de Uruguaiana marcaram o limite de vida ao gabinete Olinda.Com a volta do imperador a corte,a vida politíca retomava suas atividades normais e o gabinete começava a sofrer pressões de diversas origens,em grande medida relacionadas com os problemas que a guerra desnudara,sobretudo na mudança estratégica da defensiva para ofensiva.(imperador constrangido em Uruguaiana no tocante dos escravos,

Se até o desfecho de Uruguaiana o Gabinete conseguiu evitar maiores enfrentamentos com a camara, foi muito mais em virtude de medidas excepcionais do que as situações geradas pela própria guerra(como o adiamento de reuniões da câmara pela viagem do Imperador),por outro lado,outros episódios decorrentes do mesmo cerco começaram a minar o gabinete,como a apuração de responsabilidades no tocante da invasão do RS e a intensificação do recrutamento que irritava os liberais,favoráveis as limitações originais aos voluntariados especiais.

A alteração do sentido dos voluntários da pátria permitiu que os que possuíssem posses pudessem não ir a guerra,sendo substituído por dinheiro ou pessoa idônea,na maioria das vezes escravos aos quais se dava a liberdade.Tal sonho de liberdade por si só foi um estímulo a fugas individuais de escravos.(ae ngm queria obedecer os destacamentos de guardas nacionais por província com medo de rebeliões de escravos).A escravidão estreitava a base de recrutamento

A extensão dos privilégios ao voluntariado,expressava a dificuldade do Estado em mobilizar os cidadãos,na ausência de instrumentos que garantissem o monopólio legitimo da violência,era uma maneira de fazer a guerra sem construir exércitos,usando um contingente privilegiado e de duração estabelecida,iludindo ao mesmo tempo a oposição liberal e a opinião pública(muitos q entravam como voluntariados na verdade eram recrutas forçados.

O recurso contudo começou a ser oneroso demais,e de eficiência discutível,principalmente a partir da tomada da ofensiva que exigia continentes maiores,assim o Gabinete Olinda Suspendeu a chamada de Voluntários em outubro de 1865.

Entre tantas situações equivocas que irritavam ambos os partidos e até mesmo o imperador,como a questão do comando chefe em Uruguaiana,que constrangeu a dignidade do Império e da coroa sendo o marco da crise ministerial foi a partir do movimento em direção à ofensiva estratégia que denotou as dificuldades do gabinete Olinda em conciliar a política e a guerra levando em conta o relacionamento ambíguo entre o Estado Imperial e a força armada e entender os limites estruturai de tal Estado e de uma ordem escravista.

Em julho de 1866 o gabinete segundo seus próprios membros,se dizia despreparado para a luta parlamentar e coibido pela feição apolítica que ele próprio se empenhara em sustentar,e que se apresentava inadequado para enfrentar a luta entre facções.

O Gabinete Zacarias e o Revés de Curupaiti

O gabinete Zacarias sucede o gabinete Olinda a menos de um mês da maior derrota dos aliados na guerra do Paraguai,e durante seus 3 anos de gestão acabou se tornando a primeira vitíma involuntária da colisão entre a racionalidade da guerra e do sistema político do Brasil Império.

Assim como o Gabinete Olinda,era um gabinete ligueiro tanto que manteve Ângelo Muniz da Silva Ferraz no ministério da Guerra.Porém o modo como conduzia o governo se diferenciava de seu antecessor ao não hesitar em confrontar os caprichos da camara,que já derrubara Zacarias duas vezes anteriores,para tanto se escorava na proteção do trono imperial.

Mal se iniciara o seu período de governo em 66,o Gabinete se deparou com o revés de Curupaiti. Animado pela queda do Forte de Curuzú, o 2º Corpo do Exército brasileiro, sob o comando do General Guilherme Xavier de Sousa, voltou-se para o Forte de Curupaiti que, como o primeiro, também se constituía numa defesa avançada da Fortaleza de Humaitá. O comandante Mitre aproveitou as reservas de dez mil homens trazidos pelo barão de Porto Alegre e decidiu atacar as baterias do Forte de Curuzú e do Forte de Curupaiti, que guarneciam a direita da posição de Humaitá, às margens do rio Paraguai. Atacada de surpresa, a bateria de Curuzu foi conquistada em 3 de setembro pelo barão de Porto Alegre. Não se obteve, porém, o mesmo êxito em Curupaiti, que resistiu ao ataque de 20 mil argentinos e brasileiros, guiados por Mitre e Porto Alegre, com apoio da esquadra do almirante Tamandaré. Em 22 de setembro, os aliados foram dizimados pelo inimigo: cinco mil homens morreram em poucas horas. Este ataque fracassado criou uma crise de comando e deteve o avanço dos aliados.

Na tentativa de reverter a situação o Gabinete Zacarias,já desenvolvia o recrutamento forçado de forma explicíta sem o disfarce do voluntariado,suspenso por Olinda.O processo chegou até mesmo a adiar as eleições parlamentares de forma que não at4rapalhassem o recrutamento.

Porém o recrutamento não conseguia levantar os efetivos necesasários,e nesse contexto, reafirmando também sua boa vontade com os desejos do monarca e à partir dos estudos de Piemnta Bueno que o Gabinete decidiu apelar para a libertação dos escravos para o serviço do exército(discussão,contras- armas na mão de escravos,admitir a impotência do império ante o mundo civilizado,excitação gerando caos civil,diferença entre escravos da iniciativa privada e libertos pelo governo,)(a favorrecrutamento nãi era qualitativo- escravos estariam mais animados,,facilitar a emancipação-exercito= disciplina e cidadania).

No dia 6 de Novembro daquele ano,a libertação dos escravos para servir o exercito foi posta em pratica,ainda que limitada aos escravos da nação e estimulava-se a compra de escravos particulares para o mesmo fim.

Após o fracasso das forças aliadas em Curupaiti,ficou decidido a criação de um comando unificado para as forças brasileiras devido a demanda de coordenação de esforças em uma ofensiva. Os desentendimentos entre Osório (comandante das forças brasileiras) e o presidente argentino, que se opunha às perseguições aos paraguaios fez com que o governo brasileiro escolhesse outro nome capaz de exercer o novo cargo criado.Assim foi designado para o comando das forças brasileiras, o marechal Luís Alves de Lima e Silva, marquês e, posteriormente, Duque de Caxias.

Se do ponto de vista da lógica militar tal escolhia fazia todo o sentido,já que Caxias podia supor-se entre sãs rivalidades políticas e pessoais de Osório e Porto Alegre,por sua experiência em comando e por ser conservador,do ponto de vista político tal escolha era contestada.O Duque era um dos principais

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