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A Revolução Mexicana

Por:   •  16/4/2021  •  Trabalho acadêmico  •  557 Palavras (3 Páginas)  •  138 Visualizações

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Análise do texto “A Revolução Mexicana” in PRADO, Maria Ligia História da América Latina/ Maria Ligia Prado e Gabriela Pellegrino. - São Paulo: Contexto, 2014.

A Revolução Mexicana, é sem dúvida, um dos mais importantes processos históricos da América Latina no Século XX. Talvez por ser das primeiras insurreições populares, protagonizada pelas classes subalternas, tais como camponeses, indígenas, mineiros, com apoio de setores intelectuais, entusiastas de correntes políticas como o liberalismo, o socialismo e em menor medida o anarquismo. Fato que configurou seu caráter amplo.

Maria Ligia Prado e Gabriela Pellegrino trazem luz ao contexto do México na virada do Séc XIX para o XX para explicar um dos elementos primordiais para o impulsionamento do processo revolucionário: o desenvolvimento econômico em contraste com a pobreza gritante da maior parte da população. Para isso, as autoras resgatam a chegada de Porfírio Diaz e suas ações em direção da modernização do México.

Em contrapartida, o texto também aponta o perfil das classes subalternas. Uma massa expressiva de camponeses cuja relação de trabalho era assalariada, mas também uma significativa parcela de indígenas destinados ao trabalho forçado, além de incontáveis mineiros parados por conta das precárias condições nas minas mexicanas. É neste contexto que o Porfiriato, termo que as autoras utilizam para demarcar o legado de Porfírio Diaz, dá um salto de modernização no país, utilizando-se das relações político-econômicas com os Estados Unidos, então principal parceiro comercial do México.

No entanto, como dito anteriormente, tais avanços não significaram melhorias para maioria da população. Entre os trabalhadores da cidade, sucessivas greves, todas elas massacradas pelo governo. No campo, indígenas e camponeses perdiam as posses coletivas de terras e a agricultura de subsistência dava lugar ao trabalho compulsório pelo pagamento de dívidas contraídas com alimentos adquiridos em mercadinhos instalados em fazendas.

É neste contexto de caos social, como bem apresentam as autoras, que novas eleições se avizinham no México. Neste sentido, é importante frisar que havia também a insatisfação de setores da elite latifundiária, que, apoiadas em ideais da democracia burguesa liberal, eram contra a reeleição de Porfírio Díaz, vindo de sucessivas vitórias eleitorais desde anos 1880.

A partir desta análise social, as autoras relatam a fraudulenta eleição de 1910 e o levante conclamado por Madero, oriundo das elites, para derrubar o governo de Porfírio. Emerge deste processo a liderança do Emiliano Zapata, que organizara a resistência ao sul do País.

Embora esta ação tenha garantido a ascensão de Madero, com as promessas de reforma agrária e melhores condições para as classes subalternas, seu governo não cumpriu com a promessa, aprofundando ainda mais a insatisfação popular e é a partir deste ponto que as autoras debruçam-se sobre o futuro incerto do México com a resistência protagonizada por Zapata ao Sul e Villa ao Norte ante as ações contrarrevolucionárias de Huerta.

Um processo de dez anos, mergulhado em reviravoltas, atravessado pelas grandes mudanças do início do Séc XX e a chegada da Gripe Espanhola. Com as mortes de Zapata e Villa, a revolução perde força

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