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A ética do conhencimento

Por:   •  29/3/2016  •  Resenha  •  1.170 Palavras (5 Páginas)  •  181 Visualizações

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A Ética do Conhecimento

A Ética é uma área de estudo da filosofia que reflete as ações humanas à luz máxima da concepção do que seria perfeito, isto é, analisa as ações humanas e com base na mesma dirá se determinadas ações são boas ou más, viáveis ou inviáveis para a conduta humana. A ética tem o objetivo de cada vez mais humanizar a raça humana sempre espelhando o mais perfeito possível.

O senso comum está demasiadamente presente na ciência. Por não trabalhar com a dúvida e o questionamento, o senso comum é um artifício bastante usado pelos homens para encontrar respostas fáceis. Aplicado á ciência o senso comum se encontra no fato de as pessoas considerarem os resultados de pesquisas, isto é, teorias e teses como verdades absolutas, mas as verdades científicas são falíveis, superáveis, duram enquanto não surge uma melhor explicação para o real. Isto se dá por que os elementos que compõem a ciência são: Objeto e Sujeito. Estes elementos possuem vários atributos que vão tornar a objetividade da ciência uma Utopia.

No caso do Objeto as teses não podem ser totalmente objetivas por que precisaria para isso esgotar totalmente o Objeto de estudo, e isso é impossível para os humanos neste tempo e condições. No caso do Sujeito, ele depende de instrumentos tecnológicos, da sua faculdade cognitiva, orientações metodológicas e inúmeras características quanto à capacidade de conhecer.

Além de tudo isso o ser humano é de ordem social, afetiva e biológica, é perecível e conhece através dos sentidos que são limitados, tem sentimentos e interesses e geralmente age em prol destes, sendo assim duvidamos também da neutralidade da ciência já que envolve interesses.

 Muitas pessoas detentoras do conhecimento se aproveitam do senso comum da ciência para lucrar em cima das pessoas “iludidas”, isto se dá por que as pessoas que vivem no senso comum têm estas teses como verdades absolutas e acreditam nelas plenamente se tornando assim vulneráveis àqueles que conhecem a realidade dos fatos. Principalmente na politica e religião essa prática é bem comum.

É impossível negar o fato de que a ciência está estritamente ligada ao poder, pois um depende do outro. No caso da ciência necessita de condições para se desenvolver, e cada vez mais aparelhos tecnológicos sofisticados para propiciar o melhor resultado das pesquisas. Já o poder, ou os poderosos necessitam dos produtos da ciência para poder satisfazer ou propiciar a satisfação dos seus desejos. Este é mais um fato que comprova a não neutralidade da ciência.

Assim, geralmente são os poderosos, os que têm mais poder aquisitivo que financiam pesquisas científicas. Sempre há interesse por trás de pesquisas científicas, alguns citam o fato de pesquisar para distanciar-se da ignorância, de certo isto acontece, mas na verdade sempre é algo mais forte que demanda estas pesquisas. Tudo isto é visto no dia a dia de empresas privadas e do estado.

As empresas privadas geralmente financiam pesquisas de grupos renomados para obter mais tecnologia, novos produtos enfim, algo que lhe deixe á frente da concorrência. Já o Estado, que em alguns países é o maior financiador de pesquisas, também tem seus interesses no financiamento de pesquisas, os recursos enviados ás universidades para o financiamento estão agregados à política de desenvolvimento do mesmo. Portanto, pensar que pesquisas científicas são feitas apenas com o interesse de sair da ignorância é engano.

As pesquisas científicas têm alguns limites que advém do objeto de estudo. São três estes limites, o primeiro é a possibilidade de acidentes por falha humana ou eventos da natureza e a consequente perda de controle do objeto de estudo, o segundo limite encontra-se no enigma do desconhecido, isto é, manipular um objeto desconhecido que pode se revelar em adversas formas inesperadas, isto também pode acarretar a perda de controle do objeto. Por fim, o ultimo limite das pesquisas cientificas é a manipulação de humanos como objeto de estudo. Cabe a ética do conhecimento refletir sobre essas ações e decidir o que deve ser feito.

Sabendo que pesquisas científicas são demandadas por interesses de terceiros, por depender de investimentos, os cientistas tornam-se vulneráveis aos poderosos e ficam de mãos atadas com relação ao uso do seu conhecimento, que geralmente é usado para a dominação dos mais fracos ou a queda de concorrência, enfim, interesses capitalistas.

É natural do homem a ideia de perfeição, mais é algo inalcançável. É impossível para o homem alcançar a perfeição porque no próprio homem ela é um processo em construção. É certo que o homem alcança alguns dos seus objetivos, mas ao alcançá-lo ela já terá um novo e mais complexo. Assim, o Utópico será a máxima concepção de perfeição que o homem imaginar ou desejar.

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