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ARTE E PROPAGANDA EM REGIMES TOTALITÁRIOS: O culto à personalidade por meio da propaganda no fascismo italiano

Por:   •  9/12/2019  •  Relatório de pesquisa  •  2.546 Palavras (11 Páginas)  •  277 Visualizações

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ARTE E PROPAGANDA EM REGIMES TOTALITÁRIOS: O culto à personalidade por meio da propaganda no fascismo italiano

Beatriz Galdino, Heyttor G, Reginaldo Junior, Victor Hugo e Yan Gustavo

Resumo: O presente artigo relata como a propaganda foi importante para o culto á personalidade do líder Mussolini durante o período do fascismo italiano. O objetivo da pesquisa foi conhecer os métodos de culto á personalidade, que foi utilizado por líderes que marcaram a história, como Hitler no nazismo Alemão, Mussolini no fascismo italiano, Stalin na URSS e etc. Após a análise dos dados coletados durante a pesquisa percebeu-se atos comuns utilizados como forma de exaltação dos governantes. Constatou-se que Mussolini teve sua imagem construída por um método que mais tarde ficou conhecido como Duce, que foi utilizado durante seu regime governamental na Itália nos anos de 1922 a 1945.

Palavras-chave: Mussolini. Itália. Fascismo. Duce. Propaganda

  1. 1 INTRODUÇÃO

Um dos mais fortes e usuais meios de controlar um povo é fazendo com que ele acredite em suas ideias e confie em seu próprio governante, enaltecendo-o como um deus, salvador ou herói. Em todos ou em quase todos os regimes totalitários que mantêm um lugar de destaque na história tiveram uma população que acreditava nos ideais de seu ditador. Mussolini durante a 1° guerra mundial, dirigia o jornal “popolo d' Itália” onde defendia a intervenção italiana em favor dos aliados e contra a Alemanha, e antes disso, fora redator-chefe do “Avanti”, portanto quando assumiu o poder, sabia muito bem da importância da mídia para poder governar. Uma vez firme no poder, deu sequência ao projeto “Itália Fascista”, silenciando a oposição e vozes dissentes, ao mesmo tempo um intensivo programa de culto à personalidade, o colocando como “Duce”(líder). Essa prática ganhou destaque principalmente após o desenvolvimento da fotografia, gravação, cinema e até mesmo a educação pública, mas, já era realizada desde o antigo Egito e pelo império romano, aonde seus líderes eram considerados deuses reis. Agora veremos quais métodos o fascismo se utilizou e utiliza até os dias de hoje para se consagrar.

  1. 2 DESENVOLVIMENTO

“A primeira metade do século XX foi marcada pela ascensão e consolidação dos regimes que utilizaram os meios de comunicação de massas como instrumentos de propaganda política e de controle da opinião pública.”[1].

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  2. .1 O Fascismo Italiano

        A Itália no início do século vinte estava desestruturada social, política e economicamente. Ela havia acabado de passar pela maior guerra do mundo até então, a Primeira Guerra Mundial, e mesmo estando entre os países vencedores, não recebeu compensações pela guerra no acordo pós-guerra. O desemprego e miséria era abundante.

        Cenário que tornava propício para a propagação de partidos de esquerda, como os comunistas, socialistas e anarquistas, que estavam ganhando força após a Revolução Russa. É nessas circunstâncias que surge o Fascismo, regime autoritário com poder concentrado nas mãos do líder, liderado por Benito Mussolini.

        Após pressão sobre o Rei da Itália, Vitor Emanuel III, o fascismo chega ao poder, com o convite do rei para Mussolini para fazer parte do governo. Dois anos depois ⅔ das cadeiras do Congresso era de fascistas. Com essa chegada ao poder se inicia a ditadura fascista, com “Duce” Mussolini sendo o líder. O poder legislativo foi enfraquecido, os meios de comunicação foram fechados, e criação de partido único. E também passou a ser controle do Estado a economia e as organizações trabalhistas. Oposições ao governo foram enfraquecidas e desorganizadas. (SOUZA, 2018)

De acordo com Souza (2018)

Para garantir a manutenção de seu governo, os líderes fascistas controlavam os meios de comunicação de massa, por onde divulgavam sua ideologia e controlavam todas as informações disseminadas. Qualquer crítica ao governo era aniquilada mediante uso da violência e do terror. Aqueles considerados inimigos do governo eram punidos com prisão ou morte.

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  2. .2 Culto a Personalidade

Segundo Maltez (2004) o culto a personalidade é a exaltação metódica de um líder de um país, através da propaganda. Essa expressão foi utilizada, pela primeira vez, por Nikita Khrushchov, em 1956, para falar do poder de Stalin. A prática foi muito desenvolvido nos regimes totalitarista do século XX. No fascismo italiano, surgiu o Duce, Benito Mussolini. No nazismo, o Fuhrer. Na Espanha, surge o caudillo. Marcante no comunismo soviético e exportado para líderes como Mao Tse Tung. Esse culto transforma o líder num pai da pátria,  dotado de poderes, como um super-homem, principalmente no quesito coragem, e também muito se exaltam as qualidades sobretudo a compaixão.

        Tais medidas de propaganda política foram permitidas graças a desenvolvimento de tecnologia como fotografia e pôster gigantesco, e também o cinema. Com efeito, quanto mais legitimada racionalmente uma ideologia é, mais ela necessita de compensação pelos recursos à legitimidade carismática artificiosa, onde o encanto inventado do chefe também apela para as memórias da legitimidade tradicional.

De acordo com Betoni [entre 2000 e 2019]

O conceito de culto à personalidade se remete a uma forma de propaganda que eleva a figura de líderes político a dimensões quase religiosas. Os discursos desse tipo de propaganda procura promover de forma exagerada os méritos e qualidades dos líderes em questão, ocultando sempre quaisquer críticas ou defeitos que possam fazer parte de sua personalidade e história. O culto à personalidade parte da concepção equivocada de que a história não é feita pela sociedade em si, mas unicamente pelas ações de grandes figuras capazes de manifestar a vontade geral. Essa concepção não é um erro acidental, mas uma forma estratégica de legitimar a dominação exercida pelo líder, pré-justificando suas ações e criando uma atmosfera de adoração e medo.

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