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Analise do Livro Tempo da História Uma Criança Descobre a Historia de Phelippe Aries

Por:   •  11/11/2020  •  Dissertação  •  1.321 Palavras (6 Páginas)  •  167 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

ISABELE PEREIRA MORAES

ATIVIDADE AVALIATIVA 01 de Introdução aos Estudos Históricos

Doscente: Magda Ricci

BELÉM

2020

  1. INTRODUÇÃO

No texto a seguir será trabalhada minha compreensão individual a respeito do Capítulo I do texto de Philippe Ariés “Uma criança descobre a história” in “O tempo da história”, logo em seguida será feito o paralelo entre o capítulo citado e o texto complementar de Renato Pinto Venâncio “Onde estão os aquivos pessoais? Uma sondagem”.

Já na conclusão, farei uma breve reflexão a cerca dos textos e depois direi como eles se unem na disciplina de Introdução aos Estudos Históricos.

  1. O BERÇO MONARQUISTA DE PHILIPPE ARIÉS

No início de seu texto, o autor conta que no momento em que viveu sua primeira infância, não precisava se preocupar com a história pois o mundo em que vivia ainda era o paraíso da monarquia, com uma família católica e monarquista, teve no início, não a formação de um pensamento próprio sobre a história, mas a formação de uma fantasia de passado ditada por seus familiares. (ARIÉS, 1989, p. 22).

Para Ariés (1989, p. 23) “Porque havia um oásis, eu vivia fora da história, mas, também, por causa deste mesmo oásis, a história não me era estranha”, cita isso para dizer que a história sempre foi muito presente em sua vida, que por conta de viver em um meio monarquista, a história que lhe era contada era romantizada, mas, ainda assim, o deixava intimo e curioso quanto ao passado.

Quando diz “Isso explica como não nasci na história; mas ao refletir, compreendo a sedução do materialismo histórico sobre as pessoas da minha geração que não foram preservadas da imersão prematura no mundo do social”, (ARIÉS, p. 23) se refere as pessoas que não viveram no mesmo “oásis” que ele, para estas pessoas era mais difícil se interessar em conhecer fatos históricos, pois para elas, o mundo não era o mesmo paraíso – por assim dizer – que era para Ariés, porque para elas era mais importante sobreviver ao presente que se atentar ao passado.

Por conta dessa forte apreciação de sua família ao passado, ele considerava que vivia fora da história, como se vivesse em um mundo diferente do que os republicanos viviam e isso juntamente a sua imensa vontade de aprender o fez aproximar-se da história, como o autor cita; “Logo que pude conceber a ideia de tempo histórico, ela foi acompanhada de nostalgia do passado.” (ARIÉS, p. 24), confirmando a ideia de que se via, enquanto criança, como alguém que vivia mais no passado monárquico que no próprio presente. Isso faz com que durante todo o texto, Ariés faça fortes citações quanto ao período histórico em que vivia, descrevendo assim uma espécie de capítulo de sua biografia, um conjunto muito forte de suas memórias as quais o levaram a entender o passado. Ele deixa muito claro que sua memória esta diretamente ligada a sua criação monarquista, que foi vendo o apresso de sua família pelo passado que ele tomou gosto pela história, para de certa forma, tirar a limpo a história romântica que lhe foi ensinada.

  1. IMPORTÂNCIA DO TEXTO PARA A DISCIPLINA

O texto do Ariés esta diretamente ligado a disciplina de Introdução aos Estudos Históricos por se tratar propriamente disso, um historiador contando como foi seu processo de imersão e introdução em seus estudos sobre a história, tudo de um ponto de vista pessoal, mas com questões extremamente relevantes, conta a história de um ponto de visa humano, como acredito que tenha que ser, mas sem perder sua singularidade e objetividade.

  1. DAS MEMÓRIAS DE PHILIPPE ARIÉS AOS ARQUIVOS PESSOAIS DE RENATO PINTO VENÂNCIO

Renato Pinto Venâncio em sua pesquisa sobre onde estão os aquivos pessoais, procura fazer uma análise não sobre o lugar físico em que se encontram tais arquivos, mas quais instituições detêm a custódia oficial de tais documentos, bem como a formulação e utilização de um critério unificado para classificá-los, de modo a levantar dados e refletir de fato pelo prisma legal da situação, apontando os problemas e também apresentando suas soluções.

  1. PROBLEMAS E SOLUÇÕES LEVANTADAS

O primeiro problema encontrado pelo pesquisador foi a dificuldade de encontrar os documentos, já que, tanto os arquivos pessoais quanto os aquivos públicos não tem uma localização certa; para isso, Venâncio propõe que criem-se politicas públicas que trabalhem mais com redes que com sistemas. (VENÂNCIO, 2016, p. 2)

Em seguida, quando cita o texto de Viviane Tessitore publicado em 2002, “Os arquivos fora dos arquivos”, trás ao texto a dificuldade de identificar as instituições que detêm a efetiva custódia dos aquivos, no entanto, para conseguir levantar tais dados é necessário diferenciar “informações pessoais” de “arquivos pessoais”, e é neste ponto que se encontra o problema, já que o conceito de arquivo pessoal que encontraram nas instituições não eram claros, pois não esclareciam uma série de critérios que para Venâncio, deveriam ser seguidos. (VENÂNCIO, 2016, p. 3)

Outra problemática importante é a falta de representatividade dentre os arquivos públicos registrados, como citada a disparidade entre os arquivos públicos no CODEARQ e os Arquivos Públicos no Facebook, que por sua vez, somam um maior número. Para isso, Venâncio propõe aprimorar a base de dados por meio do estabelecimento de contato com as instituições cadastradas solicitando dados dos acervos. (VENÂNCIO, p. 5-8)

Acredito que estas são algumas das problemáticas e soluções mais relevantes apontadas no texto, pois pondo tais soluções em prática, poderíamos não só facilitar a pesquisa da história, quanto organizar e preservar tais documentos para as gerações futuras.

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