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As Três Ondas do Feminismo

Por:   •  6/7/2016  •  Trabalho acadêmico  •  731 Palavras (3 Páginas)  •  9.128 Visualizações

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O contexto histórico do feminismo é divido em três ondas:

Primeira onda

Ocorreu no Reino Unido e nos Estados Unidos entre o século XIX e o fim do século XX. Seus objetivos iniciais foram marcados pela foco de promover a igualdade nos direitos contratuais e de propriedade para homens e mulheres e oposicionar casamentos arranjados e a propriedade de mulheres casadas por seus maridos(mulheres só trabalhavam com a autorização de seus maridos), porém no final do século XIX a primeira onda do feminismo passou a focar principalmente na luta pela poder político e o direito ao voto. É importante ressaltar que nomes como Voltairine de Cleyre e Margaret Sanger nessa época já se mobilizavam pelos direitos sexuais, reprodutivos e econômicos femininos(a mulher não possuía nenhum recurso legal contra o estrupo dentro de seu próprio casamento).

A escritora e filósofa francesa Simone de Beauvoir  é uma das maiores herdeiras da primeira onda. Em 1949, o livro O Segundo Sexo, desnaturaliza o gênero, mostrando que não seria possível atribuir às mulheres certos valores e comportamentos sociais como biologicamente determinados

Segunda onda:

No início da década de 60, durante o período de crise na democracia surge a segunda onda do feminismo, que durou até o final da década de 80, marcado por lutar não somente pela valorização do trabalho, direito ao prazer, violência sexual mas também contra a ditadura militar. A segunda onda pode ser caracterizada como uma continuação da fase anterior, preocupando-se com questões de igualdade e discriminação. Em 1972 forma-se o primeiro grupo de professoras universitárias e em 1975 surge o movimento feminista pela Anistia(no mesmo ano surge no Brasil um jornal voltado para o público feminino( Jornal Brasil Mulher, que circulou até 1980).

Como ícone desse momento, deve-se citar a jornalista, escritora e dramaturga brasileira Patrícia Galvão, conhecida como Pagu. Foi responsável por desafiar a sociedade da época e provocar uma revira volta no perfil da mulher brasileira à partir da luta pela libertação sexual e pela autossuficiência amorosa.

Terceira onda:

Marcado como uma resposta às falhas da segunda onda, a terceira onda do feminismo surge no início da década de 90, com o objetivo de discutir paradigmas  estabelecidos nas outras ondas sobre o que é e o que não é bom para as mulheres  e buscando enfatizar e discutir a micropolítica. Ainda na década de 70, mulheres negras como Beverly Fisher começaram a reivindicar uma maior visibilidade para a participação da mulher negra dentro do movimento feminista, visto que o feminismo da primeira e segunda onda colocava em ênfase as experiências das mulheres brancas de classe média- alta. O feminismo negro ganha força no Brasil no fim da década de 70, lutando para que as mulheres negras tornem-se sujeitos políticos.

 Judith Butler é uma importante figura dentro da terceira onda, alavancando críticas com o incentivo de mostrar que o discurso universal das ondas anteriores é excludente, porque as opressões atingem a mulheres de modos diferentes, sendo necessário discutir gênero com recorte de classe e raça, para evar em conta as especificidades de cada mulher.

Por exemplo, trabalhar fora sem a autorização do marido não era uma reivindicação de mulheres negras e pobres, assim como a universalização da categoria mulheres tendo em vista a representação política, foi feita tendo como base a mulher branca, de classe média. 

Imagens:

[pic 1]

[pic 2]

[pic 3]Pagu

[pic 4] 

[pic 5] Alice walker

[pic 6] Judith Butler

Fonte: http://movfeministas.blogspot.com.br/2010/09/importantes-ondas-feministas.html

http://www.cartacapital.com.br/blogs/escritorio-feminista/feminismo-academico-9622.html

Letra da música “Pagu” por Rita Lee

Pagu

“Mexo, remexo na inquisição

Só quem já morreu na fogueira

Sabe o que é ser carvão

Hum! Hum!

Eu sou pau pra toda obra

Deus dá asas à minha cobra

Hum! Hum! Hum! Hum!

Minha força não é bruta

Não sou freira, nem sou puta

...

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