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Carlos Drumond Andrade

Artigo: Carlos Drumond Andrade. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  6/5/2014  •  944 Palavras (4 Páginas)  •  442 Visualizações

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Biografia

Nasceu em Minas Gerais, numa cidade cuja memória viria a permear parte de sua obra, Itabira. Seus antepassados, tanto do lado materno como paterno, pertencem a famílias de há muito tempo estabelecidas no Brasil 2 3 . Posteriormente, foi estudar em Belo Horizonte, no Colégio Arnaldo, e em Nova Friburgo com os jesuítas no Colégio Anchieta.4 Formado em farmácia, com Emílio Moura e outros companheiros, fundou "A Revista", para divulgar o modernismo no Brasil.5

Em 1925, casou-se com Dolores Dutra de Morais, com quem teve dois filhos, Carlos Flávio, que viveu apenas meia hora (e a quem é dedicado o poema "O que viveu meia hora", presente em Poesia completa, Ed. Nova Aguilar, 2002), e Maria Julieta Drummond de Andrade.

No mesmo ano em que publica a primeira obra poética, "Alguma poesia" (1930), o seu poema Sentimental é declamado na conferência "Poesia Moderníssima do Brasil"1 , feita no curso de férias da Faculdade de Letras de Coimbra, pelo professor da Cadeira de Estudos Brasileiros, Dr. Manoel de Souza Pinto, no contexto da política de difusão da literatura brasileira nas Universidades Portuguesas. Durante a maior parte da vida, Drummond foi funcionário público, embora tenha começado a escrever cedo e prosseguindo até seu falecimento, que se deu em 1987 no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua filha.6 Além de poesia, produziu livros infantis, contos e crônicas.

Drummond e o modernismo brasileiro[editar | editar código-fonte]

Drummond, como os modernistas,segue a libertação proposta por Mário e Oswald de Andrade; com a instituição do verso livre, mostrando que este não depende de um metro fixo.1 Se dividirmos o modernismo numa corrente mais lírica e subjetiva e outra mais objetiva e concreta, Drummond faria parte da segunda, ao lado do próprio Oswald de Andrade.1

A poesia de Drummond

Estátuas Dois poetas, na cidade de Porto Alegre. Em pé, Carlos Drummond de Andrade. Sentado, Mário Quintana. Drummond tinha um livro de bronze nas mãos, que foi roubado. As pessoas agora colocam sempre um livro nas mãos do poeta. Na foto, o livro que está com ele é "Diário de um Ladrão", do Jean Genet.

Quando se diz que Drummond foi o primeiro grande poeta a se afirmar depois das estreias modernistas, não se está querendo dizer que Drummond seja um modernista. De fato herda a liberdade linguística, o verso livre, o metro livre, as temáticas cotidianas.1

Mas vai além. "A obra de Drummond alcança — como Fernando Pessoa ou Jorge de Lima, Herberto Helder ou Murilo Mendes — um coeficiente de solidão, que o desprende do próprio solo da História, levando o leitor a uma atitude livre de referências, ou de marcas ideológicas, ou prospectivas", afirma Alfredo Bosi (1994).

Affonso Romano de Sant'ana costuma estabelecer a poesia de Carlos Drummond a partir da dialética "eu x mundo", desdobrando-se em três atitudes:

Eu maior que o mundo — marcada pela poesia irônica

Eu menor que o mundo — marcada pela poesia social

Eu igual ao mundo — abrange a poesia metafísica

Sobre a poesia política, algo incipiente até então, deve-se notar o contexto em que Drummond escreve. A civilização que se forma a partir da Guerra Fria está fortemente amarrada ao neocapitalismo, à tecnocracia, às ditaduras de toda sorte, e ressoou dura e secamente no eu artístico do último Drummond, que volta, com frequência, à aridez desenganada dos primeiros versos: A poesia é incomunicável / Fique quieto no seu canto. / Não ame.1 Muito a propósito da sua posição política, Drummond diz, curiosamente, na página 82 da sua obra "O Observador no Escritório", Rio de Janeiro, Editora Record, 1985, que "Mietta Santiago, a escritora, expõe-me sua posição filosófica: Do pescoço para baixo sou marxista, porém do pescoço para cima sou espiritualista e creio em Deus."

No final da década de 1980, o erotismo ganha espaço na sua poesia até seu último livro.

Obra literária

Poesia

Foto do Memorial Carlos Drummond de Andrade, em Itabira.

Alguma Poesia (1930)

Brejo das Almas (1934)

Sentimento do mundo (1940)

José (1942)

A Rosa do Povo (1945)

Claro Enigma (1951)

Fazendeiro do ar (1954)

Quadrilha (1954)

Viola de Bolso (1955)

A vida passada a limpo (1959)

Lição de Coisas (1962)

Boitempo (1968)

A falta que ama (1968)

Nudez (1968)

As Impurezas do Branco (1973)

Menino Antigo (Boitempo II) (1973)

A Visita (1977)

Discurso de Primavera e Algumas Sombras (1977)

O marginal Clorindo Gato (1978)

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