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Considerações Sobre o Conflito Palestina x Israel

Por:   •  31/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  4.021 Palavras (17 Páginas)  •  465 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Este estudo apresenta uma reflexão sobre os conflitos entre Israel e Palestina, buscando, por intermédio de pesquisa bibliográfica e virtual, uma compreensão mais acurada sobre suas motivações religiosas, territoriais, ideológicas, e demais elementos que ao longo das décadas foram historicamente decisivos para o impasse entre judeus e palestinos.

1 - ORIGEM DOS CONFLITOS

A disputa pela Palestina, região que fica entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo tem suas raízes na Antiguidade, isto é, o conflito tem motivações históricas. A presença judaica na Palestina remonta ao segundo milênio antes de Cristo. Já em 635, durante a expansão islâmica, a região da Palestina foi ocupada pelos árabes. (CEFET-SP, s/d, p.1)

No início da Idade Média, a Palestina pertencia ao Império Romano e era habitada, em sua maioria, por cristãos. É considerada sagrada para muçulmanos, judeus e católicos. Somente no século VII que a região foi conquistada pelos muçulmanos e, durante os séculos seguintes, o controle da Palestina variou entre grupos diferentes até que a região fosse incorporada pelo Império Otomano e, naquele tempo era ocupada, principalmente, por muçulmanos e outras comunidades árabes (CEFET-SP, s/d, p.1).

No entanto, uma forte imigração judaica, incentivada por ideais sionistas, começou a gerar resistência entre as comunidades locais (BBC, 2014, p.1). Criado pelo jornalista judeu Theodor Herzl em 1896, o objetivo sionista era criar um Estado para o povo judeu. Este povo começou a colonizar o país e em 1897 fundou a Organização Sionista Mundial que ganhou força no início do século 20, contando com o forte antissemitismo sofrido por judeus na Europa (BBC, 2014, p.1).

Após o fim do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial, o Reino Unido, em 1918, recebeu um mandato da Liga das Nações para administrar o território da Palestina (BBC, 2014, p.1). Um ano antes, o ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Lord Balfour, declarou apoio a fundação de uma pátria nacional judaica na Palestina. Isto aconteceu ao mesmo tempo em que os ingleses haviam prometido aos árabes a independência em troca de apoio para ajudar a expulsar os turcos da região (CEFET-SP, s/d, p.1). Acreditando nas promessas feitas, milhares de judeus foram para a Palestina, adquiriram terras e se estabeleceram em núcleos cada vez maiores. Neste período, começaram os choques entre judeus e árabes, que assistiam os judeus conquistarem boa parte das terras em boas condições para o cultivo (BBC, 2014, p.1).

Os judeus criaram um exército clandestino (Haganah) para proteger suas terras e, à medida que aumentavam numero de judeus para a Palestina, cresciam o numero de conflitos. Durante a 2ª Guerra Mundial - em função da perseguição nazista – a emigração judaica para a região aumentou drasticamente e a tensão chegou a níveis alarmantes: os britânicos, na época, apoiaram os Aliados e os árabes, do Eixo (CEFET-SP, s/d, p.1).

Após a Segunda Guerra Mundial e com o fim do Holocausto, que levou ao extermínio de 6 milhões de judeus, a Organização das Nações Unidas (ONU) cedeu a crescente pressão internacional pela criação de um estado israelense e aprovou em 1947, um plano de divisão da Palestina em dois Estados: um judeu, ocupando 57% da área, e outro palestino (árabe), com o restante das terras. Essa partilha, desigual em relação à ocupação histórica, desagradou os países árabes em geral (KOBAYASHI, s/d, p.1)

Em 1948, os ingleses desocuparam a região e os judeus fundaram, em 14 de maio, o Estado de Israel. Um dia depois, os árabes, insatisfeitos com a partilha, declaram guerra à nova nação, mas acabaram derrotados. O conflito permitiu a Israel aumentar seu território para 75% das antigas terras palestinas: o restante foi anexado pela Transjordânia (a parte chamada Cisjordânia) e pelo Egito (a faixa de Gaza). Em consequência disso, um grande numero de palestinos refugiaram-se em Estados árabes vizinhos, enquanto boa parte permaneceu sob o recém declarado estado israelense (KOBAYASHI, s/d, p.1). A partir deste momento histórico, diversos conflitos, que ainda serão esmiuçados neste estudo, se sucederam agravando ainda mais o impasse.

2 - PRINCIPAIS CONFLITOS

2.1 - Guerra de Suez

Em outubro de 1956, Israel – apoiado pela França e Inglaterra – declarou guerra ao Egito motivado pela nacionalização do canal de Suez e também pelo fechamento do porto de Eilat, no golfo de Ácaba, pelo então presidente egípcio Nasser (BBC, 2014, p.2).

Na ofensiva, Israel conseguiu conquistar a península do Sinai, controlando o Golfo de Ácaba e reabrindo o porto de Eilat (CEFET-SP, s/d, p.2). No entanto, pressões da União Soviética e dos Estados Unidos fizeram com que, sob a supervisão das tropas da ONU, Israel recuasse suas fronteiras de volta a como eram em 1948 (BBC, 2014, p.2).

2.2 - Guerra dos Seis Dias

Em 1967, veio a batalha que mudaria drasticamente o cenário na região: a Guerra dos Seis Dias.

Esta guerra envolveu Israel contra o Egito, a Jordânia e a Síria. A partir de 1959, com a criação do Al Fatah (grupo politico-militar palestino), cresceram os ataques terroristas palestinos às instalações judaicas. Cada ataque era respondido com uma retaliação israelense, quase sempre maior que a investida sofrida e nem sempre dirigida especificamente contra aqueles que realmente o atacavam (ANTUNES, 2014, p. 1)

A tensão na região atingiu níveis críticos em 1966, quando a Síria passou a dar apoio aos guerrilheiros palestinos. Em abril de 1967, a Força Aérea israelense atacou a Jordânia e, no mês seguinte, o Egito colocou suas Forças Armadas em alerta (CEFET-SP, s/d, p.3).

O presidente Nasser ordenou a retirada das tropas da ONU do Egito e as substituiu por divisões egípcias, ocupando o golfo de Ácaba e fechando o porto israelense de Eilat, que recebia suprimentos petrolíferos do Irã (CEFET-SP, s/d, p.3).

No final de maio, Jordânia e Síria firmaram o Acordo de Defesa Mútua com o Egito. Em julho, Israel atacou sem declaração de guerra

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