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Cultura brasileira: Utopia e Massificação é Uma Obra do Autor Marcos Napolitano

Por:   •  15/9/2015  •  Resenha  •  1.138 Palavras (5 Páginas)  •  1.525 Visualizações

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1 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

NAPOLITANO, Marcos. Cultura Brasileira: Utopia e Massificação (1950-1980). Contexto, São Paulo: 2001.

2 CREDENCIAIS

Cultura brasileira: Utopia e massificação é uma obra do autor Marcos Napolitano, Doutor em História Social pela USP e professor do Departamento de História da USP na qual leciona História do Brasil Independente. Foi professor da Universidade Federal do Paraná. Possui vários livros de sua autoria sendo que todos foram publicados pela Editora Contexto.

O autor faz um estudo acerca da cultura brasileira entre os ano de 1950 e 1980, período em que o populismo se fortalece juntamente com os diversos meios e expressões artísticas que estendeu sobre a sociedade tornando-a mais próxima dos conceitos de cidadania, necessários ao combate à Ditadura Militar presente em grande parte deste período. O estudo para construção desta obra foi realizado pelo próprio Marcos Napolitano na qual concluiu no ano de 2011 para melhor compreensão da sociedade brasileira à sua cultura que vêm se tornando maior e com qualidade de cultural escassa.

A obra é escrita abordando toda a cultura do país, principalmente nas cidades metropolitanas como Rio de Janeiro e São Paulo em que a cultura de massa teve o seu desenvolvimento rapidamente.

A obra está dividida em cinco capítulos onde faz um estudo que relaciona os meios de comunicação e artísticos à população, nomeando assim como “cultura de massa”. Esta mesma cultura que contribuiu com a revolução contrária à política brasileira na qual se destinava ao regime militar onde muitos autores,músicos dentre outros personagens do cenário cultural ganhavam adeptos junto ao protestos tornando-se um estilo a ser seguido.

A resistência dava continuidade nos ”anos de chumbo” em que a cultura brasileira vivia um momento difícil onde o exílio e a censura se faziam presentes na vida principalmente de músicos populares que aderiam ao movimento radical em protesto ao governo ditatorial. Caetano Veloso, Gilberto Gil dentre outros personagens musicais sentiram o poder da censura. Os anos de 1970, a população universitária cresce e com ela a mentalidade crítica  na qual uns reagiam ao poder ditatorial, outros buscavam a clandestinidade e ainda havia uma terceira opção que seria o “desbunde”, ou seja, a busca de uma vida fora da sociedade estabelecida.

Entre os anos de 1969 e 1974 parava sobre a cultura brasileira  a MPB. Eram diversos compositores que iam surgindo e muitos traziam uma bagagem diversificada do exterior, ampliando a cultura na sociedade brasileira, e, em seguida o rock brasileiro ganhou destaque com sua letras que criticavam o autoritarismo em sociedade. Muitas foram as letras dos diversos estilos musicais compostas por músicos que resistiam às ações da ditadura mascados pela rearticulação criativa e político-cultural da MPB.

Abordado de maneira clara e objetiva, o assunto retoma aos anos da inserção cultural no Brasil provocado pela necessidade de expressão e direitos da sociedade contrária ao governo brasileiro. A obra retrata com simplicidade toda a trajetória da televisão do rádio, cinema, teatro, dentre outros meios de comunicação e artísticos articulados pela burguesia e população que não necessita de conhecimentos anteriores para ser compreendida.

A televisão surgiu no Brasil no ano de 1950 deixando a década de 70 conhecida como “era de ouro” da televisão brasileira na qual várias emissoras construíram seu poder conquistando a sociedade brasileira através da propriamente dita “cultura de massa”. O telejornalismo se infiltrou gerando audiência onde gerava discussões pela formação de opinião pública, mas foram as novelas que revolucionou o cenário nas telas onde abordava de maneira mais clara e popular temas que vão desde corrupção à problemas amorosos.

Afirmada por Marcos Napolitano como televisão de entretenimento, estas obtiveram concorrentes com o surgimento das emissoras públicas que laçavam programas educativos como exemplo a TV Cultura que como afirma o nome trazia uma proposta cultural para o telespectador.Mesmo com a explosão da televisão na sociedade cultural brasileira, o teatro resistiu principalmente ao regime militar, pois muitos atores já eram conhecidos pela sociedade através da televisão garantindo então público nas apresentações, mas no final dos anos de 1970 o teatro ressurge com uma inovação na ficha técnica. O cinema brasileiro também sofreu uma crise no final dos anos de 1969 e início de 1970,mas se reergueu com o gosto do “povo” pelo lazer já conhecido, onde  apartir de 1975 o cinema teve seu público fiel.

Tendo como último capítulo a abordagem sobre a cultura contra todas as ditaduras, onde mostra uma nova cultura popular de massa em que a MPB deixa de ser literalmente uma “cultura de massa”, pois novos elementos vão surgindo inovando a cultura no país. O que era adquirido pelo “povo” durante a década de 70, sobretudo no âmbito musical, tornou-se no cotidiano uma cultura apurada e não massificada.

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4 CONCLUSÃO DO AUTOR

Marcos Napolitano apresenta no final da obra as considerações finais afirmando que a cultura de massa existente entre os anos de 1950 e 1980 são consideradas atualmente o modelo de cultura brasileira tracejada pelos ideais vividos em um período de censura, além de mostrar que a sociedade brasileira não deve esquecer que os direitos de cidadãos foram conquistados através de manifestos da cultura, onde esta é enfatizada como um dos elementos de grande importância para a sociedade.

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