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Da Colonização à República

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Por:   •  19/11/2014  •  4.169 Palavras (17 Páginas)  •  774 Visualizações

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1 - Da colonização a Republica e a raiz histórica da doença

• O dilema sanitário no período colonial

Os colonizadores e os escravos africanos que chegavam ao Brasil, no séc. XVII, logo descobriam que o lugar não era bem um “paraíso” tropical, pois chances deles sobreviverem em territórios brasileiros eram pouco devidas principalmente doenças desconhecidas que eram bem freqüentes, dificultando a estadia de muitos deles na região. Com o aparecimento das doenças foram criados vários conselhos ultramarinos, e alguns cargos, como o de bispo mor e cirurgião mor, pessoas que eram responsáveis por cuidar da saúde pública dos colonizados, fazendo controle das doenças que estavam aflorando no Brasil. Sendo criado com intuito de cuidar da mão de obra (índios e negros), objetivando o aumento das riquezas do colonizadores. Porém os médicos europeus não queriam vir para o Brasil, pois além de não terem as expectativas de altos salários, corriam o risco de adoecer e morrer. O tratamento era feito a base de sangrias, quando doente era preciso fazer aquela pessoa sangrar para tirar o mal de dentro dele, para ele ficar bom, mas na maioria das vezes levava o doente à morte, tinha também o tratamento com purgantes, com ervas (eram as mais aceitas, pois já era uma prática empregada pela população indígena).

Uma prática bem interessante era colocar pus de feridas de doentes em convalescência, em um paciente em início da doença, por mais mirabolante que seja foi daí que surgiram as vacinas, só que a população fugia com medo dessa prática.

• O Império Enfermo

Houve uma necessidade de transferências de médicos para o Brasil a fim de tentar amenizar o surto de doenças que aqui se estabelecia. Mas eram poucos os que aceitavam uma vez que eles eram desestimulados pelos baixos salários e aterrorizados pelos perigos que viriam a enfrentar. Por estas razões pouco podia se fazer em relação ao surto de varíola que se disseminou em grande escala durante este período. Houve a necessidade de se criar centros de formação médica para capacitar pessoas que atuassem de forma satisfatória no sistema de saúde, tentando amenizar assim, os surtos de doenças existentes na época. Na capital do império, todos os anos irrompiam epidemias, variando os índices de morbidade e mortalidade conforme os fatores biológicos e sociais, que se associava no curso de cada doença. Os médicos que cuidavam da higiene pública descrever os componentes insalubres do ambiente natural e urbano com a ajuda das novas ciências físico-químicas e sociais, conservando conceitos da medicina que floresceu na Grécia antiga, a chamada medicina hipocrática.

• A civilização contra a barbárie

• Nasce a política de saúde brasileira

A política de saúde no Brasil, ao longo dos anos, caracterizou-se por ser um eficaz instrumento de controle político e social do Estado sobre a classe trabalhadora formal. Objetivando, entre outras medidas, dar suporte à implantação do sistema produtivo nacional, o seu desenvolvimento tem sido direcionado para relativizar as contradições inerentes ao próprio sistema, contribuindo, dessa forma, para minimizar os efeitos nocivos das atividades econômicas sobre a sociedade industrial contemporânea.

O novo estado luso-brasileiro foi aparelhado com várias instituições novas: Imprensa Régia, Academia Real Militar, Biblioteca Real etc. Praticada por uma constelação de tipos sociais e raros médicos com formação universitária, a medicina tornou-se instituição à parte, com os cursos de cirurgia e anatomia nos hospitais militares do Rio de Janeiro e de Salvador (1808), que se transformaram, em 1832, nas duas únicas faculdades de medicina que o país teve até o século XX.

Os conflitos das doenças eram convulsionados principalmente pelo colapso da escravidão e a enxurrada imigratória.

Naqueles anos, em meio a desafios sanitários, despontou uma nova geração de médicos com

conhecimento mais seguro das teorias e técnicas microbiológicas. Em São Paulo, foi criado o Instituto Bacteriológico (1892) e sua direção foi entregue a Adolpho Lutz, que tinha considerável experiência nas disciplinas da nova era da medicina e da saúde pública: bacteriologia, imunologia, helmintologia (vermes), entomologia (insetos

transmissores de doenças) e outros ramos da zoologia médica.

2 - Na República o Brasil "civiliza - se"

• As oligarquias e a saúde pública

O Brasil foi governado pelas oligarquias dos estados mais ricos durante a República Velha, período de (1889-1930). As oligarquias da República Velha buscavam apoio na ciência da higiene para examinar o ambiente das populações urbanas, com isso foram montados os primeiros laboratórios de pesquisa médico - epidemiológicas.

Criado em 1892 o serviço sanitário Paulista se tornou a mais sofisticada organização de prevenção e combate às enfermidades, onde dispôs de equipamentos e funcionários especializados. O serviço sanitário pôde fiscalizar praticamente tudo, onde se tornou obrigatória notificação oficial dos casos de doença infecto-contagiosa.

Apenas os médicos diplomados poderiam tratar da saúde da população. A polícia foi convocada para punir os curadores que cuidavam dos enfermos mais pobres.

• As doenças dos brasileiros

As doenças ameaçam e modificam as coletividades, muitas vezes de maneira dramática. Os diferentes grupos sociais sofrem e reagem desigualmente às doenças.

No Brasil não foi diferente: quadros patológicos distintos dominam cada época. No século XIX foi a cólera, a varíola, a tuberculose, a peste bubônica e a febre amarela.

Hoje prevalecem os cânceres, as doenças cardiovasculares, a obesidade, a AIDS - que traz de volta a tuberculose.

Alguns males ressurgem, outros são novos; mas a busca pelo conhecimento e pelos meios de prevenção e cura permanece. O médico Miguel Pereira retratava o Brasil como um imenso hospital, em que se poderia perceber a dramaticidade de um quadro social de pânico dominado pelas doenças e pelo total abandono do interior do Brasil.

• O saneamento das cidades

Em 1902-1906, a capital da República passou por uma reforma urbanística e sanitária, onde começou a expulsão de trabalhadores pobres que viviam

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