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Diferença Entre História e Historiografia Historiografia do Século xix

Por:   •  30/9/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  7.940 Palavras (32 Páginas)  •  306 Visualizações

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CONCEITOS

Diferença entre História e Historiografia: História como Ciência, é o campo de estudos e de conhecimentos que visa estudar as sociedades humanas no tempo. E a historiografia diz respeito à escrita da História, é o produto do ofício do historiador, constituindo-se inclusive como um campo da História (pode-se fazer uma história da historiografia), a historiografia está preocupada com a forma de escrever e construir a História e dessa forma também é mutável ao longo do tempo. O conjunto de idéias, concepções, reflexões e produções que dão formato ao discurso histórico é a historiografia. A história depende da ação do historiador sobre os vestígios do passado e sua interpretação sobre eles. A historia é então, produzida.

A formação do conhecimento histórico se baseia nos mecanismos teóricos e metodológicos necessários ao desenvolvimento da pesquisa, como a seleção de um objeto de estudo, a definição de uma problemática, a elaboração de um recorte espacial e temporal, o tratamento dado aos resquícios que permitem a reconstituição critica e interpretativa do passado.

A compreensão histórica se dá de forma processual, envolvendo a desconstrução de pressupostos anteriores, o estudo da historiografia e suas correntes. É assim, uma analise critica de sua historia. Não é a busca de uma historia estática, mas dinâmica e fluida.

HISTÓRICO DA HISTORIOGRAFIA

Primeira designação de história é como experiência dos homens no tempo, vivendo em sociedade, relacionando-se entre si e com a natureza, criando modos de viver. A segunda conceituação refere-se a um campo de conhecimento, a História que resulta do trabalho de pesquisa e interpretação desenvolvido pelo historiador.

Antiguidade: já haviam relatos históricos, mas sem apuração dos fatos, com constantes modificações.

Idade Média: preocupação com a historia e com unificação cultural, povos se unificam, surgimento de reinos, construção de um projeto comum. A história política é vista como sucessão de personagens, em especial aqueles que tiveram notoriedade.

Iluminismo: Há a invenção da nação e o problema do Estado moderno na institucionalização da historia cientifica (criação de universidades, centros de pesquisa e organização e financiamento da do estudo histórico, criação da pedagogia da historia).  Conforme Estado vai adotando modelo racional, a historiografia também vai aos poucos abandonando a narrativa histórica e passando ao modelo naturalista-cientificista: métodos sistemáticos, busca de provas documentais, e uma interpretação com legitimidade científica. Acham que há uma única verdade na historia, que deve ser provada por uma técnica especifica. Ocorre positivação da história. influencia racionalização de tudo.

Essa positivação da história começa com afastamento do que propunha os antiquários e sua visão da historia como coleta de vestígios do passado e a repetição das narrativas clássicas. Eram contra a exaltação de mitos, tradições, folclorização do passado, em que a ficção se mesclava a realidade. Isso ajudava na elaboração da identidade de um povo, mas atrapalhava para entender o passado.

Historia passa a ser um oficio especializado, que demanda um treinamento, que passa por premissas de validação cientifica (saber técnico, narração e verdade, testemunho autêntico).  São perspectivas que filtram o passado e impedem que tradições e

Romantismo (Goethe)- inicio sec XIX: no contexto da unificação alemã, há busca de identidade entre a ideia de civilização (Kultur) e de povo (Volk). Valorização da cultura popular, da língua, da terra (land) e da ‘essência da nação’. Trabalhava com a identidade entre a idéia de civilização e de povo de um lugar determinado, não toda a civilização humana. Pensava suas particularidades, cultura e tradição (repertorio folclórico do povo). Há uma valorização da cultura popular, da terra, da essência da nação. Individualização de diferentes grupos humanos marca um projeto de povo comum. Na verdade, a Alemanha, assim como todos os outros países, era composta por diferentes povos, mas o projeto nacional que tendia a unificar isso, diminui diferenças e busca elementos comuns a todos dentro de um lugar. Primeiras narrativas históricas. Ainda se prendem a linha de eventos cronológicos. 

Com a consolidação dos repertórios culturais nacionais a historia se torna um saber do monopólio estatal. São ficções criadas num momento por seu povo, fortalecidas pela historiografia, que ajuda a fortalecer a solidariedade desse povo, abafando os localismos.

História Contemporânea: trata dos processos históricos ocorridos a partir da Revolução Francesa até hoje. Historiografia Contemporânea é a forma como se escreveu história do século XIX até hoje. 

Ate o sec XIX, a historiografia se baseava em uma perspectiva política convencional com narrativa factual, focada nos eventos políticos dos Estados-nação, em outras instituições e nos sujeitos históricos. A historiografia foi por muito tempo entendida como registro dos grandes homens e de seus feitos. No BR durante a ditadura, sob uma perspectiva de ensino tecnicista, houve um retorno à esse formato; a historia enaltecia grandes feitos e personagens, ligados ao Estado e outras instituições.

HISTORIA NO SEC XIX

No humanismo dos séculos anteriores, os antiquários exerciam importante papel para a historia, com sua coleta e estudo de vestígios do passado, bem como o estudo sistemático de sua memória e tradição. Mas os antiquários não estudavam o passado, pois so queriam resgatar a essência do passado com base em seus vestígios materiais e na repetição das narrativas clássicas.

Nesta época, assistimos a uma redefinição do universo político-territorial europeu, e se afirmam os Estados-nações que saem fortalecidos após o fim das guerras napoleônicas. Muitos historiadores são contratados para escreverem a história de seus países de acordo com uma perspectiva particular e única, e outros são chamados para liderar a constituição de Arquivos Nacionais que deveriam guardar a documentação importante para o estabelecimento da própria memória nacional. O Historicismo se fortalece diante destas novas demandas, e os países de língua alemã tornam-se seus principais focos, que depois são difundidos para outros países como a Inglaterra, a Itália, a Espanha, Portugal.

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