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ESTUDO SOBRE ARQUITETO REVOLUCIONÁRIO ÉTIENNE-LOUIS BOULLÉE E O CENOTÁFIO PARA ISAAC NEWTON

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Por:   •  22/2/2015  •  1.839 Palavras (8 Páginas)  •  1.831 Visualizações

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Os Arquitetos Revolucionários, O Estilo da Época e as Categorias Estéticas

Estilo da época – Iluminismo, movimento cultural dos principais intelectuais europeus, que foi consolidado como a “época da luz”, mobilizando o poder da razão, com intuito de reformar a sociedade e a sua herança de tradição da idade média , com isso acabaram criando um ideal que ia contra a intolerância da igreja e do Estado. Um desses intelectuais que vale a pena destacar no nosso estudo é o matemático Isaac Newton, sendo este o homenageado com o nome da obra estudada.

Néoclassicismo, foi um outro movimento focado na arte e na cultura, dentre essas raízes, foram objetos de estudo também as artes plástica, pinturas, esculturas, música, interiores mobiliários, teatro e claramente a arquitetura. Utilizavam-se de técnicas de instrumento racional e não do virtuosismo individual, ou seja, uso adequado da lógica em relação a sua função (mais específico e necessário), destacava-se também da sobriedade do ornamento. Também teve como sua base o Iluminismo.

Surgiu também o movimento Romântico, que era uma oposição violenta ao Classicismo e a época da ilustração.

Agora, dois fatos que aconteceram nesse período de grande importância foram a Revolução Industrial e a Revolução Francesa. A primeira foi um divisor na realidade, em que quase todos de certa forma sofreram um processo de transformação na sua vida cotidiana, principalmente por obter um crescimento sustentado. Já a segunda foi uma época intensa tanto na política, como no social, tendo um período duradouro e amplamente impactante para todo o continente europeu, derrubando em apenas três anos uma monarquia absolutista que governava a França durante séculos.

Dentre esses fatos, surgiram arquitetos revolucionários, como por exemplo, Étienne-Louis Boullée, de origem Francesa, arquiteto, teórico e professor, projetou diversas residências particulares, famosos hoteis em Paris, desenvolvendo um estilo germétrico e abstrato de inspiração em formas clássicas, eliminando o excesso de ornamentos e abusando da repetição das colunas de forma colossal. Usou-se muito em seus projetos o uso da luz e da sombra, algo inovador para a época, e influenciou vários arquitetos com seu estilo visionário.

Temos também um outro arquiteto, que já foi funcionário público trabalhando como inspetor e em um cartógrafo até a sua aposentadoria, estamos falando de Jean-Jacques Lequeu (1757 – 1825), francês, com uma abordagem visionária semelhante. Suas pesquisas foram mais heterodoxas e imaginativas, com projetos excêntricos e combinados com diferentes peças de estilos diferentes, sendo assim, completamente reinventado. Porém, suas habilidades projetuais foram direcionadas para uma “arquitetura de papel”, devido aos seus projetos imaginativos e extravagantes. A maioria de seus desenhos, podem ser encontrados hoje na Biblioteca Nacional de Paris.

Outro francês revolucionário foi Claude Nicolas Ledoux (1736 – 1806), arquiteto, que não só projetava a arquitetura doméstica, mas também o planejamento de uma cidade, visando uma cidade ideal. Seus projetos foram muito variados, como por exemplo, Ledoux fez reconstrução de castelos, aquedutos, casas, redecorações, igrejas, pontes, poços, fontes, escolas, hotéis, pavilhões. Muitos dos seus projetos foram destruídos devido a Revolução Francesa no séc XIX, prejudicando muito na sua carreira, para amenizar um pouco do impacto, ele publicou uma coleção de seus projetos, com o título ”Arquitetura considerado em relação à arte, a moral e a legislação”, no qual aproveitou e pode rever seus projetos anteriores, tornando-os mais neoclássicos.

2 – Nota Biográfica: Étienne-Louis Boullée

Foi um arquiteto visionário utópico francês, nascido em 12 de fevereiro de 1728, na cidade de Paris, falecido na data de 04 de fevereiro de 1799, adotando um estilo neoclássico, um propósito para uma ruptura com o classicismo. Porém estudou a arquitetura clássica no século XVII com Jacques-François Blondel, Germain Boffrand e Jean-Laurent Le Geay. Sua formação e vocação inicial era a pintura. Como era teórico e professor na École Nationale des Ponts et Chaussées, ele desenvolveu um estilo geométrico totalmente abstrativo inspirado em suas formas clássicas, removendo todos os ornamentos que não eram necessários a existencia, dando mais ênfase nas formas geométricas em uma escala grandiosa e repetindo vários elementos, nas quais destacam-se suas colunas em grandes intervalos. Ele considerava a simetria, a variedade e a regularidade como regras inquebráveis da arquitetura.

Ele era um homem de grande cultura e de grande aprendizado. Um estudante de disciplinas como física ou matemática, leitor incansável de livros de viagem, e um conhecedor de mineralogia e cristalografia. Cada uma das visões incorporadas em seus projetos visionários refletia um profundo estudo e meditação sentada em sua vasta cultura.

Há uma frase de Boulée que diz “antes de conceber o projeto arquitetônico, o arquiteto tem que ter uma imagem do projeto”. Esta é a primeira vez que um arquiteto separa com clareza o processo de execução prática, ou seja, a resolução dos problemas funcionais e técnicos da arquitetura, de uma imagem pré-existente à execução do projeto. Boullée discordava da definição de Vitrúvio de que a arquitetura é a arte de construir.Pois considerava ser isso, a parte científica da arquitetura e não artística.Acreditava que por não haver distinção entre a ciência e a arte, a arquitetura estaria ainda em sua infância. Achava que os artistas da arquitetura não adquiriram o grau de perfeição das outras artes.Já que os poetas e pintores têm a vantagem de escolher livremente suas temáticas e como estão mais perto da natureza , suas obras agem mais sobre nossa alma.

Dentre suas obras, podemos citar o Cenotáfio Sir Isaac Newton (Obra estudada), o Hotel Alexandre na 16 rue de la Ville l'Eveque, construído no ano de 1763-1766; que ainda sobrevive em Paris, o Hôtel de Monville na rue de la Ville l'Eveque, Paris, 1764 (demolidos), Château de Chaville, 1764 -1766 (demolida), o Hôtel de Pernon, Chaussée d'Antin, Paris, 1768-1771 (demolida), o Hôtel de Thun, Chaussée d'Antin, Paris, 1779-1771 (demolido) Brunoy Hôtel, rue du Faubourg Saint- Honoré, Paris, 1775-1779 (demolido)., que ainda sobrevive em Paris, a Biblioteca Nazionale di Parigi, um desenho de Farol Marítimo, pirâmide e templos juntos, necrópole fúnebre, capelas, fachadas para cemitérios. . Projetou ao longo de sua carreira várias casas particulares, mas a sua grande maioria já

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