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Edgar Allan

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Por:   •  2/11/2013  •  Seminário  •  987 Palavras (4 Páginas)  •  464 Visualizações

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Edgar Allan

Poe (1809-1849) foi um poeta norte-americano, autor do poema “O Corvo”. Escreveu contos sobre mistério, inaugurando um novo gênero e estilo na literatura.

Filho de atores, foi órfão muito cedo, sendo adotado por uma família de Virgínia. Poe teve uma boa educação e entrou para a Universidade de Charlotesville na West Point. Embora fosse bom aluno, era indisciplinado.

Poe enfrentou problemas de ordem familiar depois da morte de sua mãe adotiva e do casamento de seu pai com uma jovem, o que fez com que não tivesse direito aos bens .

Os poemas e contos de Poe eram destaque nos EUA. Chegou a ganhar concursos literários, como o da revista "Southern Literary Messager", cujo dono, Thomas White, o convidou para dirigir a publicação. Porém, por conta de seus problemas com o alcoolismo, Poe corta os laços profissionais com White.

Casou-se com Virginia Clemm, mas com a sua morte, leva às últimas conseqüências o seu já existente problema de alcoolismo.

Suas obras foram um marco para a literatura norte-americana contemporânea, com destaque para o seu mais famoso poeta, “O Corvo” (1845), “Annabel Lee” (1849) e o “Histórias Extraordinárias” (1837), uma coleção de contos que influenciaram várias gerações de escritores de livros de suspense e terror.

Poe Morreu em decorrência do álcool, com apenas 40 anos de vida.

Poema o ‘’O corvo’’

O CORVO *

(de Edgar Allan Poe)

Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,

Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,

E já quase adormecia, ouvi o que parecia

O som de algúem que batia levemente a meus umbrais.

"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.

É só isto, e nada mais."

Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,

E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.

Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada

P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -

Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,

Mas sem nome aqui jamais!

Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo

Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!

Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,

"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;

Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.

É só isto, e nada mais".

E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,

"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;

Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,

Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,

Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.

Noite, noite e nada mais.

A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,

Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.

Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,

E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -

Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.

Isso só e nada mais.

Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,

Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.

"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.

Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais."

Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.

"É o vento, e nada mais."

Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,

Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.

Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,

Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,

Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,

Foi, pousou, e nada mais.

E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura

Com o solene decoro de seus ares rituais.

"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,

Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!

Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."

Disse o corvo, "Nunca mais".

Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,

Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.

Mas deve ser concedido que ninguém terá havido

Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,

Ave ou bicho sobre o busto que há por

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