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Estigma

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Por:   •  8/4/2014  •  Seminário  •  1.689 Palavras (7 Páginas)  •  376 Visualizações

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Estigma é um termo presente na sociedade desde a Grécia Antiga, porém, é a partir da década de 60 do século XX, com Goffman, que lhe foi atribuído conceitos que tomam a sociedade como participante do seu processo de formação. Estigmas: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada (1975), de Goffman, é o fundamento e o estímulo de diversos outros trabalhos na intenção de conceituar e refletir estigmas. Desde a publicação de Goffman muitas pesquisas têm sido realizadas em grande profusão, conduzindo elaborações, refinamentos conceituais e repetidas demonstrações do impacto negativo do estigma sobre a vida de pessoas estigmatizadas (Link & Phelan, 2001).

O estigma era a marca de um corte ou uma queimadura no corpo e significava algo de mal para a convivência social. Podia simbolizar a categoria de escravos ou criminosos, um rito de desonra etc. Era uma advertência, um sinal para se evitar contatos sociais, no contexto particular e, principalmente, nas relações institucionais de caráter público, comprometendo relações comerciais.

Na época do cristianismo, as marcas corporais tinham um significado metafórico; os sinais representavam a "graça divina", que se manifestava através da pele. Eram também uma referência médica, representando perturbações físicas.

Na atualidade, a palavra "estigma"representa algo de mal, que deve ser evitado, uma ameaça à sociedade, isto é, uma identidade deteriorada por uma ação social.

O estigma social possui três níveis distintos: deformidades corporais; fraqueza de caráter; e abominações de atos. Em muitas situações , os estigmatizados não seriam considerados humanos ou incluídos em sociedade.

O termo estigma terá sempre referência ao lado negativo ou pessoal abrangendo os transtornos psíquicos ou por raça, religião e nação. Sendo assim, este reduz o ser humano a todos os tipos de discriminações, embasados em uma teoria de inferioridade criada a partir do próprio estigma.

Quando o individuo se torna vítima do estigma, em alguns casos há como corrigir o seu defeito. Assim, observamos o caso de pessoas com alguma deformidade no corpo que podem optar pela plástica para retornar aos seus padrões "normais". Há também aqueles que aprendem a viver com o próprio estigma. Outros que usam do estigma para "ganhos secundários" e assim direcionam a culpa do seu fracasso nas circunstâncias. E até mesmo os que vêem as privações como uma benção.

Cabe então ressaltar que as análises de Goffman sobre a temática aqui abordada se constituem num panorama geral para a compreensão da dinâmica nas relações sociais. Para os profissionais que atuam no trato social, como é o caso do Serviço Social, debruçar-se sobre essa obra é um caminho para entender como as pessoas lidam com a sua condição inferiorizada na sociedade.

No século XX, a palavra foi resignificada por Goffman (1963 à 1988) para se referir ao atributo de uma pessoa que é profundamente desacreditada, reduzindo-a em nossas mentes a um indivíduo maculado que pode ser descartado a qualquer momento.

Assim, um indivíduo estigmatizado possui (real ou imaginariamente) atributos ou características que exprimem uma identidade social que é depreciada em contextos particulares. Vale lembrar que quando falamos em “indivíduo estigmatizado” estamos nos referindo a um papel social e não a características concretas, essenciais ou intrínsecas à determinados seres humanos. Uma pessoa que é estigmatizada é alguém cuja identidade social, ou pertencimento a uma categoria social, questiona sua plena humanidade: a pessoa é defeituosa aos olhos dos outros e está inabilitada para a aceitação social plena (Crocker e cols., 1998).

A possibilidade de ser vítima de preconceito e discriminação existe independentemente do status pessoal ou das conquistas do estigmatizado. Neste sentido, imagens estigmatizantes podem ser comparadas aos estereótipos descritos acima, visto que sua presença contamina as nossas atitudes e comportamentos com relação ao indivíduo estigmatizado, além do fato delas também serem internalizadas por estes últimos. Apesar de que uma determinada característica (física ou mental) possa sinalizar a pessoa como tendo uma identidade social depreciada, esta identidadeé socialmente construída, não natural. Isto significa que os atributos que são estigmatizados em uma determinada sociedade podem não o ser em outra, e que o que é depreciado não é o estigma em si, mas o que ele simboliza.

Sendo assim é possível entender que estigma nada mais é do que os traços caracterizados no fenótipo de um indivíduo que o identifica perante uma sociedade, diferenciando-o dos ditos “normais”. Esse estigma pode ou não ter ocorrido em decorrência de uma ação natural ou causada por outrem.

Segundo o autor, essa categorização do individuo a respeito da sua identidade social se dá de duas maneiras: Uma é a identidade social virtual que seria atributos que se imagina possuir o indivíduo diante de uma primeira impressão feita por outros indivíduos e a identidade social real que seria a realidade possuída realmente provada.

Diante disso é notável que haja uma divergência entre ambas a um atributo depreciativo, seja por deformidades físicas ou por caráter. No século XX, a palavra foi resignificada por Goffman (1963 à 1988) para se referir ao atributo de uma pessoa que é profundamente desacreditada, reduzindo-a em nossas mentes a um indivíduo maculado que pode ser descartado a qualquer momento. Assim, um indivíduo estigmatizado possui (real ou imaginariamente) atributos ou características que exprimem uma identidade social que é depreciada em contextos particulares. Vale lembrar que quando falamos em “indivíduo estigmatizado” estamos nos referindo a um papel social e não a características concretas, essenciais ou intrínsecas à determinados seres humanos. Uma pessoa que é estigmatizada é alguém cuja identidade social, ou pertencimento a uma categoria social, questiona sua plena humanidade: a pessoa é defeituosa aos olhos dos outros e está inabilitada para a aceitação social plena (Crocker e cols., 1998).

A possibilidade de ser vítima de preconceito e discriminação existe independentemente do status pessoal ou das conquistas do estigmatizado. Neste sentido, imagens estigmatizantes podem ser comparadas aos estereótipos descritos acima, visto que sua presença contamina as nossas atitudes e comportamentos com relação ao indivíduo estigmatizado, além do fato delas também serem internalizadas por estes últimos. Apesar de que uma determinada característica (física ou mental) possa sinalizar a pessoa como tendo uma identidade social depreciada, esta identidade é socialmente construída, não natural.

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