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Fechamento do Livro "Chico Buarque" do Fernando de Barros e Silva

Por:   •  1/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.220 Palavras (9 Páginas)  •  166 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DO SERTÃO CENTRAL

FICHAMENTO – Chico Buarque / Fernando De Barros e Silva

NOME – Rodrigo Galdino Dos Santos

Quixadá

Agosto de 2019

1. DE OSCAR A SÉRGIO: UTOPIA NO AR

“ O presente então parecia capaz de redimir o passado e antecipar o futuro.” (P – 15)

- O autor está se referindo à construção da nova capital do Brasil, Brasília, na década de 50 e toda a expectativa em seu entorno.

“Aquele Brasil foi cortado evidentemente em 64.” (P – 16)

- Fala do próprio Chico Buarque, demonstrando que toda esperança de um país melhor com a construção da nova capital ficou suspensa no ar com o golpe de 64.

“Chico, mais do que qualquer outro, será em cada momento o grande intérprete dessa epopéia às avessas.” (P – 17)

- Chico aparece no cenário nacional neste momento (após o golpe de 64). Chico retrata bem, nas suas músicas o momento vívido no país.

“Atraído pela curiosidade, o jovem [aos 14 anos] aluno [Chico Buarque] foi aliciado pelo professor de história geral da escola, que agia sem conhecimento da direção, ligada à ala progressistas da igreja. Quando percebeu, estava frequentado com mais 16 colegas um movimento religioso com todas as características de uma seita. Chamava-se ultramontanos e seria um dos embriões da TFP – a Tradição, Família e Propriedade - , organização de extrema-direita que se destacaria pelas mobilizações a favor do golpe de 64.” (P – 19)

- Ao perceber o comportamento diferente de chico, seu pai, Sérgio Buarque transferiu ele para um internato no interior de Minas, em Cataguases – projeto de Oscar. Chico retornou depois de um semestre.

“[...] delineando o que se pode chamar de uma utopia social que o filho herdou do pai.” (P – 24)

- O autor refere-se ao livro de Sérgio Buarque, Raízes do Brasil, que deve ter influenciado o filho.

“Chico nunca aceitou ver sua figura pública atrelada à política institucional. Como ele mesmo disse numa entrevista, ‘eu sempre me vi integrado a movimentos mais amplos, de mudanças amplas, não apenas partidários’.” (P – 27)

2. DE TOM A NOEL: ILUSÕES PERDIDAS.

- Em 1966, aos 22 anos, chico ficou conhecido nacionalmente quando “A Banda” explodiu no 2° festival da música Popular Brasileira da TV Record.

“É dessa época da faculdade a primeira composição de Chico gravada em disco por Maricene Costa – e que ele próprio nunca gravaria. Chama-se ‘Marcha Para Um Dia de Sol'. [...] Um amigo logo identificou no desejo angelical de comunhão social os ecos do progressismo Cristão das encíclica do Papa Angelo Roncalli. E a música ficou conhecida como ‘Marcha Para João 23'.” ( P – 32)

- Chico estreou como Compositor oficial em 1964 sobre influência tanto de Tom Jobim quanto Noel Rosa.

“O Golpe de 64 criaria uma situação muito peculiar no país ao poupar a cultura do arbítrio e da censura até o AI-5, de Dezembro de 1968, quando então o cerco se fechou e a ditadura desembestada se impôs sem peias.” (P – 36)

- Antes do AI-5 a esquerda brasileira mantinha uma grande liderança na área da cultura do país. Boa parte dessa energia havia se inserido na música.

“Em apenas três dias, o compacto com a música [a banda] lançado por Nara vendeu cerca de 50 mil cópias; uma semana depois já era mais de 100 mil. A agenda de Chico ficou atulhada de shows e por diversas vezes ele se viu obrigado a desfilar em carros de bombeiro nas cidades por onde passava.” (P – 39)

“O contraste entre utopia e realidade não poderia ser mais nítido.” (P – 41)

“Em ‘o ‘olê, olá’, do primeiro disco, ele implora a sua amiga que adie o choro, pois ele ainda tem um violão e a impressão de que o samba vem aí.” ( P – 42)

“Em ‘sonho de um carnaval', também incluída em seu disco de estréa, o poeta deixa a dor em casa para buscar no Carnaval sua alegria.” (P – 42)

“Em ‘Quem Te Viu, Quem Te vê', do segundo disco, na qual a cabrocha trai suas origens populares e se afasta do samba, para cair seduzida pelo mundo dos grã-finos.” (P – 43)

“Funciona como uma espécie de oposto simétrico de 'Ela Desatinou', do terceiro disco. Aqui, a mulher não traí, mas é, por assim dizer, traída pelo fim da folia e segue sambando, fiel à invasão do Carnaval.” (P – 43)

“É de um Brasil idealmente singelo e delicado, interrompido pelo golpe de 64, que falavam essas canções.” ( P – 44)

3. “NEM TODA LOUCURA É GENIAL”

“A trajetória da peça[Roda Viva] termina assim, com todos os atores retirados da hotel e embarcados de volta para São Paulo. Tais fatos, que já prenunciavam o terror do AI-5, contribuíram para deixa Roda Viva inscrita na história do país.” (P – 48)

- Roda Viva é o momento tropicalista na carreira de Chico Buarque. Virou peça e acabou sendo vista mais como uma obra de José Also Martinez Corrêa do que sua. Alguns atribuíam somente ao diretor da peça os exageros e deboches nela presente. Tanto a direita quanto a esquerda estavam empenhados para salvar Chico de sua própria obra.

“Vendo a si mesmo como a esquerda da esquerda, o tropicalismo abusava dos paradoxos de peito aberto, sem lenço nem documento.” ( P – 52)

-Tinha como principais representantes Gilberto Gil e Caetano veloso, os tropicalistas chegaram a fazer críticas ao Chico Buarque.

“Além do mais, o figurino de adversário do movimento [tropicalista] não lhe servia bem: ele nunca havia se enturmado com o grupo nacionalista da MPB, não havia aderido à passeata contra a guitarra elétrica, da qual o próprio Gil participava, e nunca havia manifestado reservas em relação à Jovem Guarda

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