Fichamento De Os Sete Saberes Necessários à Educação Do Futuro

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Tradução Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya. 2. ed. São Paulo: Unesco, 2000.

Os sete saberes necessários à educação do futuro de Edgar Morin, tem como princípio abordar temas fundamentais para a educação atual, pois o texto introduz nova e criativa reflexão sobre a educação contemporânea, que por diversas vezes é ignorada ou deixada a margem de debates sobre a politica educacional.

“O conhecimento não é um espelho das coisas ou do mundo externo. Todas as percepções são, ao mesmo tempo, traduções e reconstruções cerebrais com base em estímulos ou sinais captados e codificados pelos sentidos” (p. 20).

O conhecimento é a capacidade real do homem sair do contexto da ignorância. Porém, de acordo com o texto de Morin esse mesmo conhecimento é construído através das interpretações e reconstruções cerebrais percebidas da realidade, comportando riscos de erro e ilusão danificando a mente humana. Assim, a educação deve mostrar que não existe conhecimento que não corra riscos, tendo em mente que o conhecimento não é de todo acabado, sempre sendo aberto a novos conhecimentos.

“As sociedades domesticam os indivíduos por meio de mitos e ideias, que, por sua vez, domesticam as sociedades e os indivíduos, mas os indivíduos poderiam, reciprocamente, domesticar as ideias, ao mesmo tempo em que poderiam controlar a sociedade que os controla” (p. 27).

O autor na sua concepção argumenta que os indivíduos precisam lutar para controlar a sociedade e não serem controlados por ela. Para isto acontecer, o homem precisa ter consciência de seus domínios e ideias percebendo a carência e o perigo de uma ideologia imposta. Portanto, a educação reflete ideologias da sociedade em que está inserida, mas, também é potencialmente capaz de transformá-las.

“O conhecimento do mundo como mundo é necessidade ao mesmo tempo intelectual e vital. É o problema universal de todo cidadão do novo milênio: É o problema universal de todo cidadão do novo milênio: como ter acesso às informações sobre o mundo e como ter a possibilidade de articulá-las e organizá-las? Como perceber e conhecer o Contexto, o Global (a relação todo/partes), o Multidimensional, o Complexo? Para articular e organizar os conhecimentos e assim reconhecer e conhecer os problemas do mundo, é necessária a reforma do pensamento” (p. 35).

Para o autor faz-se necessário o empenho na busca por uma educação baseada em conhecimentos que inclua a totalidade do universo, emparelhando o conteúdo global com as particularidades de cada realidade tanto educacional, como social e cultural. Desta forma, é importante aprender a conhecer, para poder questionar verdades impostas e buscar a comprovação do conhecimento imposto levando a solução de problemas no meio social.

“A educação do futuro deverá ser o ensino primeiro e universal, centrado na condição humana. Estamos na era planetária; uma aventura comum conduz os seres humanos, onde quer que se encontrem. Estes devem reconhecer-se em sua humanidade comum e ao mesmo tempo reconhecer a diversidade cultural inerente a tudo que é humano” (p. 47).

De acordo com o texto acima Morin nos diz que a condição humana é constituída por