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Fichamento de Bibliografia para Teatro do Oprimido

Por:   •  12/9/2018  •  Bibliografia  •  3.484 Palavras (14 Páginas)  •  234 Visualizações

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 ORMEZZANO, Graciela; POTRICH, Cilene Maria; SITTA, Marli Susana Carrard. TEATRO DO OPRIMIDO E TEATRO-EDUCAÇÃO: CONSTRUINDO CAMINHOS NA EDUCAÇÃO DO SENSÍVEL.

Esse arsenal de jogos e exercícios de teatro foi dividido em cinco categorias, as quais, de acordo com a proposta de Boal (1998) em seu livro Jogos para atores e não atores, partem do princípio de que o ser humano é uma unidade, é um corpo, um todo indivisível onde os cinco sentidos estão todos interligados, fazendo com que todas as atividades físicas, intelectuais ou emocionais sejam do corpo inteiro. (p.2)

Fala da professora Solange: Essas atividades humanizam o trabalho, seja em que disciplina for. Faz a gente perceber que não está trabalhando com coisas, com objetos, mas sim com pessoas que pensam e têm sentimentos. Os alunos, assim como nós educadores, podem se perceber dentro de um contexto, de um mundo e que existem muitas possibilidades, boas e ruins, mas que podem escolher. (p.4)

Por isso, as experiências estéticas com jogos e exercícios teatrais foram se construindo como espaço para uma prática educativa de qualidade, permitindo às participantes terem uma visão inovadora sobre o ato de educar em si, rompendo com os limites das práticas pedagógicas tradicionais vigentes. (p.4-5)

Seu objetivo é sempre o de dinamizar, e nesse movimento dinâmico é que vemos um aspecto pedagógico novo, capaz de acompanhar as mudanças rápidas do mundo. (p.5)

        Bentley (1981) afirma que, nos jogos teatrais, desejos são realizados, medos são desmistificados, emoções são ensaiadas; mente e corpo entram no jogo, exercitando-se, ganhando massa e agilidade, preparando-se para enfrentar desafios futuros. Jogando sozinho ou em grupo, o sujeito aprende a conviver, a ouvir os outros e fazer-se ouvir, a assumir responsabilidades e permitir que os outros também assumam. Conflitos afloram naturalmente e são enfrentados sem culpa e sem temores, dando origem a um precioso banco de dados, que será consultado mais tarde, quando o indivíduo tiver de tomar decisões complexas.

Boal (1998), em sintonia com Bentley, deixa anotado que o teatro é capaz de gerar um registro muito mais consciente na memória ao atingir quem dele participa como ator ou espectador em três níveis: racional, emocional e, conseqüentemente, estético. (p.6)

Foi possível experimentar, por meio de uma construção lógica, o desenvolvimento de histórias- reais ou metafóricas- que falassem de cada uma, daqueles ligados a elas de alguma maneira: de alunos, de colegas, de amigos, de inimigos, de nosso país e da situação atual do educador e da educação. As experiências teatrais proporcionadas nos encontros possibilitou que elas se colocassem no papel do outro, conhecendo melhor a si mesmas e aos “outros” e aprendendo a aceitar e conviver com as diferenças ao invés de tentar eliminá-las. (p.7)

O teatro mostra-se fundamental, como oportunidade na tentativa de um aprendizado mais humano. (p.9)

 Simpósio de Educação Ambiental e Transdisciplinaridade UFG / IESA / NUPEAT - Goiânia, maio de 2011.

 SERRADOURADAL, Renata Nasser. ESPAÇO O TEATRO DO OPRIMIDO COMO INSTRUMENTO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA CONSTRUÇÃO DE UM MODELO DE ENSINO TRANSDICIPLINAR. In: Simpósio de Educação Ambiental e Transdisciplinaridade UFG / IESA / NUPEAT - Goiânia, maio de 2011.

Citando Boal: “... Ensino é transitividade, democracia, diálogo, o T.O. (teatro do oprimido) cria o diálogo, busca a transitividade, interroga o espectador e dele se espera uma resposta. O teatro do oprimido procura o desejo de criar espaço no qual se possa criar aprender; ensinar...transformar (1980; p. 58)”.(p.3)

Hoje alguns autores trabalham para que essa realidade seja transformada, Brandao (2007, p.13) no livro “O que é Educação” nos leva a questionar a que, e a quem serve a educação. Segundo o autor, “Educação é um dos principais meios de realização de mudança social ou, pelo menos um dos recursos de adaptações das pessoas, em um mundo em mudança. ”, podendo na atualidade inclusive ser vista como um investimento, mas ela ainda continua a provocar desigualdades. (p.5)

Com efeito, ao enfatizar o caráter contemplativo da teoria, Paulo Freire garante a inserção do homem na realidade. Ele deixa claro que teoria é sempre a reflexão que se faz do contexto concreto, isto é, deve-se partir sempre de experiências do homem com a realidade na qual está inserido, cumprindo também a função de analisar e refletir essa realidade, no sentido de apropriar-se de um caráter crítico sobre ela. Esse caráter de transformação tem uma razão de ser, pois provém antes de tudo, da sua vivência pessoal e íntima numa realidade contrastante e opressora, influenciando fortemente todas as suas ideias. (p.6)

“Teatro do Oprimido”, de acordo com o próprio Boal, pretende transformar o espectador, que assume uma forma passiva diante do teatro aristotélico, com o recurso da quarta parede, em sujeito atuante, transformador da ação dramática que lhe é apresentada, de forma que ele mesmo, espectador, passe a protagonista e transformador da ação dramática. A ideia central é que o espectador ensaie a sua própria revolução sem delegar papéis aos personagens, desta forma conscientizando-se da sua autonomia diante dos fatos cotidianos, indo em direção a sua real liberdade de ação, sendo todos “spect-atores”. (p.10)

Entre as técnicas do Teatro do Oprimido, a mais praticada é o Teatro Fórum, um espetáculo baseado em fatos reais, na qual personagens oprimidos e opressores entram em conflito de forma clara e objetiva, na defesa de seus desejos e interesses. Neste confronto, o oprimido fracassa e o público é convidado a entrar em cena para substituir o oprimido e buscar alternativas para o problema encenado. (p.10)

O teatro do oprimido entra como instrumento da EA por fazer a ligação necessária que precisamos do ser com o meio em que vive, acreditando que só é possível existir transformação se compreendermos de que maneira estamos inseridos no mundo, de que maneira o espaço nos comporta e para isso se faz necessário uma visão crítica local dando um retorno a totalidade que nos reflete. (p.10)

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