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Fichamento do Texto : Fontes, história e historiografia da educação.

Por:   •  24/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.061 Palavras (9 Páginas)  •  252 Visualizações

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Nome: Suzana Beatriz Peters Curso: História – Licenciatura

Data: 13/03/2019 Professora: Cíntia Régia Rodrigues

Matéria: História da Educação Universidade Regional de Blumenau

LOMBARDI, José Claudinei, Fontes, história e historiografia da educação. Campinas: Autores Associados, 2004, XXIV. Ago. 2016.

O texto intitulado História e Historiografia da Educação atentando para as fontes, escrito por José Claudinei Lombardi, se encontra dividido em quatro partes inter-relacionadas. A primeira se concentrando no significado dos termos história e historiografia da educação, já a segunda apresenta o sentindo etimológico da palavra historiografia para depois nos fazer compreender o que seria a história da educação. Na terceira o autor faz um apanhado geral sobre as fontes históricas e as fontes historiográficas. Para encerrar na quarta Lombardi fala dos caminhos seguidos pela pesquisa da história da educação e do grupo HISTEDBR.

1. História e História da Educação

O autor começa este primeiro subcapítulo se atentando para as diferentes definições que podem ser atribuídas ao termo história. Para ressaltar que não demanda muito esforço procurá-las Lombardi traz a definição do dicionário Novo Dicionário da Língua Portuguesa (s/d., p. 729), de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.

Outro artificio apresentado pelo autor é buscar em obras que recuperem o sentido etimológico das palavras, para isso citando o Dicionário de Filosofia, de Nicola Abbagnano, esse mostra que o termo história sofre uma ambiguidade, que persiste em todas as línguas modernas, inclusive a nossa. Na Língua Portuguesa tentamos resolvê-la escrevendo história com “H” para designar o conhecimento dos fatos e com “h” para os próprios fatos. Para Lombardi a saída é utilizar uma terminologia mais adequada, abraçando a proposta feita por Max em relação à construção de uma ciência unitária: a ciência da história.

O autor usa Marx como referência, para esse a ciência deveria ser compreendida não apenas como a “verdade que nos circunda”, mas como “produzida pelo homem”. Marx tendo em vista que a sociedade produz o homem como o homem concluiu que esse também produz a sociedade assim como a natureza. Partindo disso, a natureza e o homem não poderiam mais ser vistas como separadas.

Segundo o autor a conjectura de uma base para a vida e outra para a ciência é falsa, a partir disso Marx teria concluído que existe uma única base para toda a ciência, dessa forma a ciência da natureza integraria a ciência do homem e vice-versa, surgindo assim uma única ciência.

A obra conjunta de Marx e Engels, A ideologia alemã, é uma conhecida proposta de única ciência, que passou a ser concebida como a ciência da história. De acordo com Lombardi essa proposta advêm de uma necessidade lógica, assim o seguinte questionamento é levantado: “Se as relações entre os indivíduos e destes com a natureza são relações que correspondem ao processo da vida real do homem, a que se deve ao fato de suas relações ascenderem à autonomização do conhecimento em conformidade com as relações dos homens?” Assim a reposta dada pelos autores é a “influência da divisão do trabalho”.

O autor ao trazer o tópico de que o resultado da construção do conhecimento histórico se dá através de métodos e teorias acaba por fazer a observação de que nenhum pesquisador é imparcial, assim sendo importante observar os “interesses da sociedade e tempo histórico em que se vive”.

De acordo com Lombardi “nos defrontamos com posturas e posições ainda muito preliminares para responderem ás questões relativas á concepção”, assim ele troca o termo concepção por movimento, nos mostrando que as produções acadêmicas seguem as modas do momento em determinados momentos, “mas que se esvaem assim que passam as motivações”, com isso as comparando a “ondas”.

Para diferenciar movimento de concepção o autor cita a “Escola dos Annales”, que de acordo com Peter Burke “propugnava como um movimento que encorajava várias inovações no âmbito da história”. Assim, para Burke, em lugar de “escola” deveria se usar o conceito “movimento”. Lombardi também caracteriza assim a Nova História, a “terceira geração” dos Annales, essa sendo difícil de caracterizar, já que não se apresenta como “uma concepção homogênea em termos teórico-metodológicos”.

Para encerrar o autor questiona como devemos entender a história da educação, assim nos responde: “Creio que o mais adequado é considerar que a história da educação está indicando que o objeto de investigação -a educação- é estudado a partir dos métodos e teorias próprias á pesquisa e investigação histórica.”

2. Historiografia e Historiografia da Educação

Neste subcapítulo o autor apresenta o termo historiografia, que veio como uma solução para ambiguidade do termo história, assim tendo como significado o próprio conhecimento histórico. De acordo com Abbagnano sua utilização é recente, já que foi criada pelo monge Tomaso Campanella, para ele “o termo história era dedicado aos acontecimentos ocorridos e historiografia era o termo designativo do conhecimento histórico”. Assim foi até o pai do presentismo, Croce, atribuir um novo significado ao conceito historiografia: “designava o conjunto dos conhecimentos em geral, ou o complexo das ciências históricas”.

Segundo Lombardi o termo passou a seguir por diferentes caminhos analíticos, para ele há três possibilidades para a historiografia: “ uma basicamente centrada na descrição da produção histórica; outra que se pauta na análise do próprio discurso produzido por essa produção; e uma terceira que busca demonstrar a produção cientifica a partir de suas pressuposições metodológicas e teóricas.”

Mesmo com as divergências epistemológicas dessas abordagens historiográficas, segundo o autor, elas acabam restringindo- se a apenas duas: na primeira os aspectos formais da produção histórica ou da pesquisa são o foco, já na segunda “prevalece a fundamentação ontológica e gnosiológica que dá sustentação às opções dos pesquisadores, colocando-se ênfase no que se convencionou chamar de problemática dos paradigmas epistemológicos”

Para encerrar o autor nos faz um último questionamento: “O que se deve entender por historiografia da educação?” Esse assim nos responde que a

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