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Fortaleza dos Reis Magos e a sua importância para a fundação da cidade de Natal-RN

Por:   •  24/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  6.458 Palavras (26 Páginas)  •  763 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

Centro de Ciência Humanas e Sociais Aplicadas – CCHSA

Faculdade de História

Projeto de Pesquisa em Arqueologia


Fortaleza dos Reis Magos e a sua importância para a fundação da cidade de Natal-RN

Maíra Thamires Lopes – RA 15052376

Professor Dr. Fábio Augusto Morales

CAMPINAS

Julho de 2016

1. RESUMO

        Realizarei minha pesquisa a fim de mostrar em meus estudos a contribuição da construção da Fortaleza de Natal para a fundação da cidade de Natal. Com isso, vou analisar um conjunto de imagens atuais da Fortaleza como fonte arqueológica para meu estudo. Baseando-me em bibliografias e analises de como fazer a interpretação dessas imagens e sobre edificações militares, pretendo levantar as questões mais importante spbre a Fortaleza de Natal, sua história (construção, motivos e entre outros) e a colonização do Brasil na época, sendo assim, levantar o maximo de dados possiveis para o estudo a ser realizado em questão.

        A questão proposta será do porque da construção do forte e sua ligação com o surgimento e desenvolvimento da cidade de natal. O por que do forte ser construído antes da cidade, suas implicações históricas (como a colonização daquela região naquele período) e entre outras questões a serem levantadas e discutidas durante a elaboração da pesquisa.

        

2. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA HISTORIOGRAFICA

        Sua historia começa em 6 de janeiro de 1598 (data marcada pelo dia de reis[1] no calendário católico). O forte foi um marco inicial para a cidade de Natal (fundada em 25 de dezembro de 1599). A fortaleza fica então localizada no lado direito da barra do rio Potenji

        Tudo começou a partir da Dinastia Filipina[2], quando estes estavam conquistando o litoral nordeste do Brasil. Durante a conquista, estes estavam ameaçados pelos corsários[3] franceses (o qual ali trancafiavam o "pau-brasil"), na barra do Rio Grande (do Norte).

        Alcançados então pelas tropas portuguesas, sob o comando do capitão-mor da capitania de Pernambuco, Manuel de Mascarenhas Homem[4], este ordenou que iniciassem a construção de uma fortificação.

        Durante a construção e defesa do acampamento, foi iniciada uma paliçada[5] de estacada e taipa, com planta no formato circular (em 6 de janeiro de 1598, dia de santos reis). Este ainda não era o local definitivo do forte, esperava-se ainda que a Coroa informa-se qual seria o local para o levantamento da fortificação.

        A planta do forte, foi traçada no Reino em 1597 pelo padre jesuíta Gaspar de Samperes[6] (conhecido como "mestre nas traças de engenharia na Espanha e Flandres", o qual também era discípulo do arquiteto militar italiano Giovanni Battista Antonelli[7]). O forte apresentava uma forma clássica marítima seiscentista, um polígono estrelado com o ângulo reentrante voltado para o Norte. Suas obras ficaram a cargo de seu primeiro comandante, Jerônimo de Albuquerque Maranhão (1548-1618). O segundo comandante das obras foi João Rodrigues Colaço, e a fortificação já estava em condições de defesa no inicio de 1602. Nessa data, já contava com duzentos homens para sua artilharia. 

        A fortificação encontra-se representada por João Teixeira Albernaz – o velho[8], na obra atribuída a Diogo de Campos Moreno (Livro que dá Razão ao Estado do Brazil, c. 1616Biblioteca Pública Municipal do Porto), no canto superior esquerdo do mapa do Rio Grande, como "Planta do Forte que defende a barra do Rio Grande", artilhado com 10 peças em suas carretas, atirando à barbeta[9].

        

        Esta iconografia já reflete as obras de reconstrução executadas a partir de 1614, com planta do Engenheiro-mor e dirigente das obras de fortificação do Brasil, Francisco de Frias da Mesquita (1603-1634). Na ocasião, as suas muralhas foram melhoradas, recebendo contrapiso e contrafortes de reforço pelo lado do mar, bem como obras internas de habitação em edifícios de dois pavimentos, que ficaram concluídas em 1628.

        Durante as segundas invasões holandesas no Brasil (1630-1654), a memoria de 20 de maio de 1630, oferecida aos dirigente da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais[10] de Pernambuco, por Adriaen Verdonck[11]; este refere-se:

"Da cidade do Rio Grande (Natal) ao forte chamado os Três Reis Magos há apenas a distância duma pequena meia milha (2 quilômetros), e esse forte é o melhor que existe em toda a costa do Brasil, pois é muito sólido e belo e está armado com 11 canhões de bronze, todos meios-canhões, muitas colubrinas e ainda 12 ou 13 canhões de ferro, estes porém imprestáveis; na entrada do mesmo forte há também 2 peças e daí chega-se ao paiol da pólvora; as muralhas podem ter de 9 a 10 palmos de espessura e são dobradas, tendo o intervalo cheio de barro; ordinariamente há poucos víveres no forte, porque entre esses portugueses não reina muita ordem; a guarnição consta habitualmente de 50 a 60 soldados pagos e com a maré cheia o forte fica todo cercado d'água, de modo que ninguém dele pode sair nem nele pode entrar."

        Em dezembro de 1631, foi feito uma primeira tentativa de assalto frustada ao forte, comanda por Vandenbourg (neerlandês), porém em dezembro de 1633 iniciou-se uma nova invasão neerlandesa, vindos do Recife em quinze navios. Essa invasão contava com uma tropa de 800 soldados que desembarcaram na praia de Ponta Negra sob o comando do Tenente-coronel Bymacercando o forte numa operação combinada terrestre e naval. Guarnecido por 85 homens sob o comando do Capitão Pedro Gouveia e artilhado por 9 peças de bronze e 22 de ferro, após uma semana de batalha, o comandante do forte é ferido, sendo assim é negociada a rendição por alguns ocupantes.

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