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Historia da Idade Moderna

Por:   •  21/1/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.790 Palavras (8 Páginas)  •  197 Visualizações

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“A Sociedade de ordens e as revoluções que determinam os alvores da contemporaneidade”

“A história de todas as sociedades que existiram até hoje é a história da luta de classes.” [1] O séc. XVIII constitui um período de transição na história da Europa. Nessa época quando imperavam graves injustiças, e a sociedade de ordens estava submetida a um poder real absoluto e a pressões religiosas, surgem ideias sobre a igualdade inata dos indivíduos. Uma serie de movimentos populares na Europa e nos Estados Unidos, significaram o final do Antigo Regime, e dos privilégios da aristocracia, cuja origem estava a ascensão da classe burguesa. O antigo Estado absolutista foi transformado em Estado liberal, tornando-se instrumento de uma nova classe ascendente, que se fundava na inteira liberdade de exploração dos recursos económicos.

Com a Revolução Industrial a burguesia ascende e consequentemente o marxismo exerceu grande influência no desenvolvimento do crescente operário dos países industriais Europeus. Revolução Industrial Segundo Nicolau Maquiavel, “ num governo bem organizado, o Estado deve ser rico e os cidadãos pobres” Na prática, esta doutrina não era aplicada, porque na época do Renascimento, verifica-se um desenvolvimento do enriquecimento da burguesia mercantil e do poder dos Estados Europeus. O séc. XVIII, foi uma época de grande esplendor para as ciências naturais. Profundas alterações na produção dos bens pela grande renovação dos processos industriais, pela automatização e invenção de poderosas máquinas influenciam a velha sociedade agrária e rural, sofrendo uma transformação económica e social. Essas transformações conhecidas por Revolução Industrial, produziram-se ao longo dos anos a partir do séc. XVIII. A população aumentara, consequentemente aumentaram também as dificuldades nas quais o artesanato e a indústria caseira tropeçavam para poder atender à crescente procura de artigos. A produção artesanal foi substituída pela exploração com máquinas, sucedendo primeiramente na produção têxtil. Caminhava-se, para uma sociedade de consumo. O fenómeno iniciou na Inglaterra, exercendo extrema importância no comércio mundial. A Inglaterra dispunha de capital e dos demais recursos necessários para uma expansão industrial. Matérias-primas básicas como o ferro e o carvão existiam no país e as demais eram conseguidas nas colónias. Novas máquinas e meios de transporte facilitaram a produção e a distribuição. As principais consequências dessa mecanização foram mudanças radicais nas condições de trabalho, na acumulação de capital, e na expansão do imperialismo económico. A nova sociedade industrial, apresentava cada vez mais traços capitalistas[2]. A revolução Industrial[3] dissolveu a comunidade de trabalho que existia no tempo dos artesanatos e da família mercantil. A grande indústria aumentou a distância entre empresários e trabalhadores. Quanto mais avançava o processo de industrialização mas incompatível se tornavam os interesses de ambas as partes. Os empresários começaram a exigir livre associação e, livre concorrência, encontrando apoio teórico no liberalismo económico[4].A classe burguesa converteu-se num fator ponderável na sociedade, graças à Revolução Francesa de 1789, pelo seu poder económico, começaram a ter ambições políticas. Quiseram suprimir a antiga sociedade, tradicionalmente hereditária, e criar uma em que tivesse direito de voto todos os que tivessem recursos económicos. Ao mesmo tempo, foram suprimidas as leis do mercantilismo. O poder económico acabou por se concentrar nos industriais mais poderosos, que dominavam a maior parte do mercado. Após o aparecimento do industrialismo, do estabelecimento da classe burguesa e, do desenvolvimento do capitalismo no seio do Estado liberal, surgiu uma classe de trabalhadora poderosa e uniforme; o proletariado. Às atraentes zonas industriais chegam trabalhadores[5] que abandonavam o trabalho agrícola para encontrar fortuna na indústria. As condições de trabalho eram duras[6], perigosas, e mal pagas. Nesse ambiente, com o aumento do desemprego crescia o desespero. Quando os operários se começaram a organizar, reivindicando melhores condições de vida, tiveram mais peso, até se converteram num importante problema social. Assim cresceu um movimento social, que pretendia reformar a sociedade segundo o socialismo, evoluindo em organizações nacionais. A necessidade levou também a uma cooperação que ultrapassava fronteiras, formando-se as internacionais políticas.“ Proletários de todos países, uni-vos” (Manifesto Comunista) A Revolução Francesa e Americana. A França era das principais potências europeias; dispunha de uma administração bem organizada, de uma brilhante vida cultural, e mantinha a sociedade de ordens no séc XVIII. Sob o reinado do chamado “Rei-Sol” o absolutismo[7] atinge o seu auge; “L`Etat c´est moi”, despotismo iluminado de Luis XIV, caraterizou-o. “O povo se adaptará facilmente a um déspota desde que ele seja esclarecido.” (Voltaire). O poder da burguesia foi conquistado num processo lento devido à sua limitação política e social. O despotismo real reduziu a influência política da Nobreza. A Economia do Estado nesse século sofreu uma derrocada devido as guerras e à fogosa vida da corte. Os camponeses já estavam oprimidos pelos pesados impostos e os esforços para persuadir o Clero e a Nobreza a contribuir nas despesas do estado deparavam com uma forte resistência. A classe dirigente do terceiro Estado, reclamava maior participação no poder. O Antigo regime estava a ruir. A instabilidade social aumentou com a difusão das ideias revolucionárias sobre igualdade e justiça fundamentadas pelos filósofos de ilustração[8]. A Enciclopédia Francesa, constituía uma crítica radical das ideias e conceções e, quando as colonias norte-americanas se tornaram independentes da Inglaterra, a europa assistia ao nascimento de um liberalismo. Uma das ideias fundamentais desse socialismo utópico era que os meios de produção deviam ser coletivos[9]. A monarquia Francesa não soube adaptar-se às exigências dos novos tempos. As mais tentativas de reforma fracassaram e inicia-se a Revolução Francesa que foi, antes de tudo, uma grande vitória da Burguesia contra o domínio dos nobres. Durante a revolução o terceiro Estado transformou o parlamento em assembleia de uma só câmara. A Nobreza e o Clero tiveram que se conformar nessa Assembleia Nacional. Paralelamente crescia a tensão social e económica rebentando num motim com a tomada da Bastilha. O estado confisca os bens do clero e o descontentamento da aristocracia aumenta. A Revolução foi-se tornado gradualmente violenta[10]. Durante o Diretório, a burguesia converteu-se na nova classe dominante. O Terror que tinha esmagado os membros da aristocracia, haviam dado à Burguesia vantagens, consolidando sua posição de grupo social hegemônico. Em contraste com o luxo burguês, generalizava-se a pobreza entre a classe trabalhadora à mercê da subida consecutiva de preços. O regime teve de lutar contra as tendências revolucionárias dos menos favorecidos e das tentativas de golpe de Estado por parte de grupos monárquicos. A desordem e a debilidade do regime ascenderam o jovem general Napoleão Bonaparte[11] convertendo-se no primeiro cônsul do país. Quando Napoleão abdica, a Europa sofria com as consequências de guerras e revoluções. Através do Congresso de Viena estabelece-se as garantias para a manutenção da ordem e da estabilidade. A monarquia francesa foi restabelecida quando, Luís XVIII, sob ao trono. França tinha sofrido transformações políticas e sociais, e no séc. XIX, aquando reunidas as condições necessárias capitalistas, a Revolução Industrial arranca. As colónias[12] Inglesas, apoiadas pelos Franceses, levantaram-se contra a metrópole e proclamaram a independência como nome de Estados Unidos da América do Norte, e com uma forma de governo Republicana. Na América do Sul as ideias revolucionárias dos franceses e o exemplo dos E.U.A, não tardaram a encontrar eco nos círculos coloniais. Assim, sucessivamente, as colónias foram alcançando a independência[13]. Com a industrialização da Europa os impérios coloniais aumentaram o seu poder[14].

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