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Historia do cotidiano

Por:   •  20/10/2015  •  Resenha  •  1.256 Palavras (6 Páginas)  •  201 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA

COTIDIANO E CULTURA

NOME: Marcos Kennedy da Silva

TURMA: 1 semestre de 2014, Módulo IV – Turma A

OBRA: MATOS, Maria Izilda Santos de. Cotidiano e cultura: história, cidade e trabalho. Bauru, SP: EDUSC, 2002.

CARACTERÍSTICAS DA OBRA: História do Cotidiano.

AUTOR: Maria Izilda Santos de Matos é Doutora em História pela USP e Coordenadora do Programa de Lato-sensu em Historia. É Professora Titular do Programa de Pós-Graduação em História da PUC/SP. Autora de vários livros e estudos sobre o cotidiano, gênero e da cidade de São Paulo.

PROPOSTA DA OBRA: A obra tem como proposta fazer a análise da história do cotidiano em suas diferentes formas. Quebrando muitos paradigmas da história tradicional, buscando assim novos elementos para construção de uma história nova, destacando novos sujeitos dessa trama histórica.

QUESTÕES:

  • Destaque as trajetórias e contribuições da história do cotidiano.

A história do cotidiano traça uma trajetória nova para os estudos da História, ela surge de uma necessidade de buscar novas fontes de análise. Como a própria Maria Izilda diz:

                

“A expansão dos estudos sobre o cotidiano na historia localiza-se no quadro de transformações por que vem passando a historia nos últimos tempos [...] os estudos históricos do cotidiano emergiram da crise dos paradigmas tradicionais da escrita da historia, que requereria uma completa revisão dos instrumentos de pesquisa.”  (MATOS, 2002 p. 21)

Uma crise de identidade da historia levou à procura de “outras historias”, nesse contexto, a historia do cotidiano se insere como proposta de pesquisa onde outros temas até então não aprofundados ou deixados de lado ganham voz na historiografia.

Essa trajetória não é tão nova assim, já existiam pesquisas e trabalhos que tinham como base o cotidiano, mas centrados na mentalidade, nos hábitos físicos, gestuais, alimentares e afetivos. Como no caso da Escola do Annales, que destacava a importância desses estudos.

Foi esse colapso que possibilitou a procura por estudos diferentes e inovadores. No entanto, os estudos históricos do cotidiano também foram favorecidos por obras de grandes historiadores bem como de teóricos como Derrida e Foucault,

Por fim, Maria Izilda destaca a influência do “relativismo pós-moderno” na erupção dos estudos do cotidiano. Esse campo de pesquisa conhecido como Nova História, ampliou muito a investigação desses novos sujeitos, partindo de uma abordagem não muito tradicional, se utilizando de uma metodologia e conceitos renovados,

Ultrapassou a esfera do publico e privado na construção dessa historia do cotidiano, descobriu-se outras perspectivas, no âmbito cotidiano surge a figura do político, antes não levado em consideração.

A contribuição da historia do cotidiano, trouxe a toma uma história mais rica, com temas renovados e outras fontes de pesquisa. Como destaca Maria Izilda:

“O personagem histórico universal cede lugar a uma pluralidade de protagonista, e o método único e racional do conhecimento histórico foi substituído pela multiplicidade de histórias...” (MATOS, 2002 p, 28)

  • Como o processo de urbanização transformou o cotidiano porta a dentro?

No processo de urbanização da cidade as transformações eram mais explicitas, acompanhavam as tendências do mundo europeu, essas mudanças vão afetar de maneira lenta e silenciosa as relações cotidianas “porta a dentro”, que ficavam veladas e guardadas no espaço privado.

No período que vai de 1880 a 1930, destaca-se um aumento considerável de pessoas na cidade de São Paulo, motivado pelo surto cafeeiro, muito dessas pessoas procuravam empregos ou algum tipo de ocupação, principalmente no porto de Santos.

A vida portuária afetava diretamente a vida de homens e mulheres que moravam geralmente perto, possibilitando um ir e vir do porto para casa e vice-versa.

Essa relação refletia muito na vida desses trabalhadores principalmente das mulheres, por que muitas delas alem do trabalho no porto tinha uma rotina diária e exaustiva no lar, muitas dessas mulheres desempenhavam uma jornada dupla para ajudar na renda da família, já que com o crescimento urbano a disponibilidade de mão-de-obra era grande, os salários eram baixos.

A crescente urbanização da cidade de São Paulo, também gerou novas possibilidades de comercio, como por exemplo, estabelecimentos de médio e pequeno porte. Muitos desses estabelecimentos eram situados nas próprias casas, geralmente era utilizado o quarto da frente dessas casas para algum tipo de comercio, que eram mantidos e administrados por mulheres. Esses estabelecimentos eram conhecidos pelo nome de suas proprietárias, marcando assim um papel muito fundamental da mulher nesse tipo de negocio, onde o espaço familiar e dividido com o espaço público, gerando relações de trocas culturais muitas vezes.    

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