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História De Pinheiros

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Por:   •  26/3/2015  •  3.290 Palavras (14 Páginas)  •  191 Visualizações

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Atividades econômicas e outras

Desde a sua fundação em 1560, século XVI, até depois da segunda metade do século XIX, Pinheiros continua sendo um aldeamento indígena e vai se transformando com o tempo num povoamento caipira, acolhendo brancos, indígenas e mestiços que se dedicavam à agricultura, utilizando-se de tração animal para o transporte de produtos até o centro de São Paulo.

A região foi sítio bastante usado durante o ciclo bandeirista e suas expedições, devido à proximidade com o rio Pinheiros, afluente do rio Tietê, sendo o centro de penetração de Fernão Dias Paes e seus bandeirantes.

Com a perda das concentrações em minas, os paulistas se dedicaram ao comércio de bens e construções, dando início a um período, o tropeirismo, caracterizado pelo intenso movimento de mulas entre os centros de mineração, o Sul, Sorocaba, São Paulo e o Nordeste.

Por volta de 1750 (século XVIII) desenvolvemos, aos poucos, uma importante entrada e saída de São Paulo para todos que tentavam vir ou ir ao Sul. A antiga igreja, hoje Nossa Senhora do Monte Serrat, muito colaborou para o desenvolvimento do bairro. Ele era o pólo de atração de povoados e passantes e se transformou em local de romarias.

Café e Ferrovias

Na verdade, até o fim do século XVII, Pinheiros era aldeia e núcleo modestíssimo, completamente desligado do centro da cidade, tinha não mais que duzentas casas ao redor do Largo de Pinheiros, onde localizava-se a antiga igreja.

Hoje pouca coisa restou desse período, além de traçado urbano. Com a independência brasileira, em 1822 (século XIX), o café avança sobre o território paulista e toma praticamente todo o Estado em 100 anos, criando a base econômica que permitiria à cidade um rápido desenvolvimento até o final do século XIX e início do século XX.

Da necessidade de escoar o café surgem as ferrovias, quer as ferrovias de carga, quer os trens de passageiros e os trens urbanos e bondes. Rapidamente São Paulo deixa seu perfil colonial, trocando-o por um novo perfil arquitetônico de áreas mais avançadas e uma crescente vida urbana que se espelha pelos bairros, um deles, Pinheiros.

Imigração e urbanização

No início do século XX alguns fatores possibilitaram um primeiro período de efetivo desenvolvimento de Pinheiros: o prolongamento da linha de bondes até o largo de Pinheiros, feito a partir da então Avenida Municipal, hoje Dr. Arnaldo e a abertura da rua Teodoro Sampaio. Em 1907 foi inaugurado o Entreposto, atualmente Mercado Municipal de Pinheiros. Dessa forma, a região converteu-se em núcleo receptor da produção agrícola oriunda de áreas ao longo das estradas para Itapecerica, Cotia e Itu. Talvez resida aí, na precocidade da presença do Mercado, a própria origem de Pinheiros como centro de comércio atacadista.

Sistema Viário

Nesse período praticamente estabeleceu-se o esqueleto de Pinheiros, baseado principalmente na presença de uma série de radiais, que se definiam em função de antigos caminhos. Seu eixo principal, uma seção da antiga estrada de Sorocaba, compreendia as Ruas dos Pinheiros e Butantã. Cruzava-o um caminho de boiadas, que ligava a Lapa à Vila Clementino. Esse, ao passar por

Pinheiros, compreendia, principalmente a Estrada Grande das Boiadas, (atual Av. Diógenes Ribeiro de Lima), a Rua Fernão Dias, a própria Rua dos Pinheiros, a Rua Groenlândia, a Rua das Boiadas (Vila Nova Conceição). O conjunto completava-se com a Rua Paes Leme em direção ao Porto do Veloso, a atual Rua Cardeal Arcoverde, que chegava até o Araçá, e a Rua Teodoro Sampaio, em função dos bondes. A sede da Subprefeitura está no Distrito de Pinheiros.

Vila Madalena

Nascida como Vila dos Farrapos no ano de 1910 (século XX), a Vila Madalena levou muitos anos para chegar ao "status" de bairro moderno. Somente na década de 50, as ruas de terra começaram a ceder lugar ao asfalto e a Vila foi ganhando, em seu arruamento, os contornos de um bairro planejado. A existência dos cemitérios de São Paulo e do Araçá movimentou a região por muitos anos,integrando-a à rotina da cidade.

Com sua localização privilegiada, pela proximidade do bairro de Pinheiros e com a tranquilidade de suas ruas, a Vila Madalena passou nos últimos anos por grandes transformações. De bairro ocupado predominantemente pela classe média, evoluiu com o surgimento de muitas incorporações de prédios de apartamentos de padrão médio alto e mesmo de altíssimo padrão.

Uma característica marcante do bairro foi o surgimento, num ritmo crescente e espontâneo, de restaurantes e bares charmosos que começaram a atrair a presença de artistas e intelectuais que os elegeram como pontos preferidos para seus encontros de boemia. Aos poucos esses bares e restaurantes foram se tornando lugares famosos e de interesse turístico e cultural. É hoje, um ponto do encontro da boemia paulista. Vila Madalena está hoje no distrito de Pinheiros.

Em época recente, mais precisamente no ano de 1999, a Cia. do Metrô inaugurou uma moderna estação do transporte subterrâneo, a Estação Vila Madalena, integrada à linha Verde que vai até o bairro de Ana Rosa, atravessando ao longo da avenida Paulista, até cruzar com a linha azul, mais conhecida como norte- sul.

Infraestrutura e Industrialização

Todavia as crescentes e continuas exportações de produtos agrícolas, expressivamente o café, permitiram o aglutinamento das primeiras indústrias de São Paulo, favorecidas com o excesso de mão-de-obra imigrante disponível, alocadas junto as margens do rio, perto dos ramais ferroviários. As fabricas vão desenhar um novo perfil urbano e econômico na cidade, acelerando seu crescimento e ampliando sua infraestrutura de transportes e energia.

Esse processo de industrialização vai se acelerando nos anos 30, com a crise do café e da bolsa de Nova York, consolidando sua importância na economia paulista. A cidade amplia velozmente sua mancha urbana, atingindo os limites dos rios Tietê e Pinheiros, estruturando nela extensa rede de bondes elétricos e melhoramentos urbanos.

As exportações crescentes de café levaram a capitalização de recursos que permitiram a formação das primeiras indústrias de São Paulo, favorecidas com o excesso de mão-de-obra imigrante disponível. Implantadas ao longo dos terrenos das várzeas dos rios, como o rio Pinheiros e Tietê, por onde passavam as ferrovias, as fábricas irão criar o novo perfil urbano e econômico da cidade,

acelerando seu crescimento e ampliando

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