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Hobsbawm Analisa A Obra De Marx: Formações Pré-Capitalista

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Por:   •  17/12/2014  •  1.338 Palavras (6 Páginas)  •  1.064 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO UFMT

INSTITUTO DE CIENCIAS HUMANAS E SOCIAIS

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

DISCIPLINA: HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA II

PROFESSOR: DR. JOÃO ANTON IO

ALUNA: CLAUDIA L. P. OLIVEIRA

Estudo Dirigido: E. HOBSBAWM, Introdução. In: MARX Karl. Formações Pré-Capitalistas. São Paulo, Paz e terra, 1985, pp.13 a 64.

Hobsbawm analisa a obra de Marx: Formações Pré-Capitalistas e diz que é totalmente errado tentar compreender o materialismo histórico como uma concepção econômica e sociológica da história. A dificuldade de se entender a formulação de Marx, pode levar a simplificação, ou seja, tentar dividi-los é uma maneira de simplificar demais, e, pode, “conduzir a generalizações vagas sobre a dialética ou a observações tais como a de que a super-estrutura não é mecanicamente, ou a curto prazo, determinada pela base, mas reage contra essa e pode as vezes dominá-la” ( HOBSBAWM, 1985, p. 21)

De acordo com Hobsbawm, nas FORMEN (Formações econômicas pré-capitalistas) encontra-se um aprofundamento da questão do mecanismo geral de todas as transformações sociais, isto é:

A formação das relações sociais de produção que correspondem a um estágio definido de desenvolvimento das forças produtivas materiais; o desenvolvimento periódico de conflitos entre as forças produtivas e as relações de produção; ‘as épocas de revolução social’ em que as relações de produção se ajustam novamente ao nível das forças produtivas (1985, p. 15).

Desta forma, Hobsbawm diz que se trata da base do método materialista de Marx, mas sem levar em consideração a classificação dos tempos históricos, já que na “teoria geral do materialismo histórico requer apenas a existência de uma sucessão de modos de produção, e não a existência de modos específicos, nem que haja uma ordem pré-determinada para esta sucessão” (1985, p.22). A partir do material histórico disponível, Marx distinguiu formações econômicas e sociais. É a partir destes estudos que Marx define que o materialismo histórico é uma teoria sobre toda e qualquer forma produtiva criada pelo homem de acordo com seu ambiente ao longo do tempo, onde se evidencia que os acontecimentos históricos são determinados pelas condições materiais e econômicas da sociedade, ou seja, é a revelação das forças produtivas e relações de produção. Marx observava a formação socioeconômica de uma forma complexa, total, sendo o sistema cronológico apenas para identificar uma fase de transição entre um período e outro. Segundo Hobsbawm, Marx faz a periodização da formulação do materialismo e o modelo teórico da evolução econômica ao descrever os modos de produção: asiático, antigo, feudal e burguês moderno, sem, contudo discutir tais conceitos no prefácio da Critica da Economia Política. Desta forma, no entendimento de Marx, a “Teoria geral do materialismo histórico requer apenas a de uma sucessão de modos de produção, e não a existência de modos específicos, nem que haja um a ordem existência pré-determinada para esta sucessão” (1985, p.22).

Marx analisa a propriedade comunal, em que o sustento é adquirido através da caça, pesca e criação de animais e um pouco de cultivo, é uma divisão interna do trabalho, onde os grupos familiares destacam um chefe. No segundo modo de analise, Marx estuda a estrutura da sociedade comunal e estamental da antiguidade, com o surgimento das cidades e da propriedade privada, onde já não há mais só a divisão entre rural e urbano, mas entre comércio e indústria, entre livres e escravos, e dá com exemplo a sociedade romana (1985, p.29-30). Já a terceira forma diz a respeito da propriedade feudal ou por seus estamentos, onde a organização social se dá a partir da área rural, onde os senhores feudais organizavam em grupos, apoiados por guerreiros militares que controlava a classe explorada de servos, e paralelamente nas cidades se desenvolvia as corporações de oficio e reforçava a classificação social em estamentos: nobres, artesão e comerciantes, e servos (IDEM, p 31).

Na quarta fase de analise tem-se a transição do feudalismo para o capitalismo, onde o capitalismo aparece como uma evolução do feudalismo, que nas cidades ocorreram uma divisão entre a produção e a comercialização, e a divisão do trabalho. Surge assim a classe burguesa, que se transforma ao longo do tempo conforme as condições de trabalho e a absorção de outras classes vão se manifestando, mas ainda não é o capitalismo para Marx, já que para isso depende da integração comercial a nível mundial, e não apenas regional ou em contato comercial com algumas regiões. Também se necessita de maior produção industrial para tal acontecimento. Ocorreu uma primeira divisão do trabalho nesta fase: as manufaturas independentes de corporações de oficio e a concentração de capital fora destas organizações, destacando-se a tecelagem que já possuía máquinas, ainda que rústicas, e surge assim o mercantilismo a nível nacional. Acontecimentos históricos como a expansão do comércio, a descoberta da América, rota marítima para a Índia, importação de produtos além mar e do ouro, trouxe transformações

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